Duas décadas após a ida de Dennis Tito ao Espaço, o turismo espacial está agora pronto para se tornar mais comum. Virgin Galactic, Blue Origin e SpaceX estão na linha da frente.
Para a maioria das pessoas, chegar às estrelas nada mais é do que um sonho. Em 28 de abril de 2001, Dennis Tito atingiu esse objetivo de vida — mas ele não era um típico astronauta. Tito, um empresário rico, pagou 20 milhões de dólares por um lugar numa nave russa Soyuz para ser o primeiro turista a visitar a Estação Espacial Internacional.
Apenas sete pessoas seguiram o exemplo nos 20 anos que passaram desde então, mas este número deve dobrar nos próximos 12 meses.
A NASA hesita, há muito tempo, em receber turistas espaciais e a Rússia tem sido a única opção disponível para quem procura este tipo de aventura extrema. No entanto, parece que o surgimento de empresas espaciais privadas tornará, para as pessoas comuns, mais fácil vivenciar o Espaço.
Com empresas como a SpaceX e a Blue Origin à espera de construir um futuro para a humanidade no Espaço, o turismo espacial é uma forma de demonstrar ao público em geral a segurança e a fiabilidade das viagens espaciais.
O desenvolvimento do turismo espacial
Voos para o Espaço como os de Dennis Tito são caros por um motivo. Um foguetão tem de queimar muito combustível caro para viajar alto e rápido o suficiente para entrar na órbita da Terra.
Outra possibilidade mais acessível será um lançamento suborbital, com o foguetão a voar alto o suficiente para alcançar a borda do espaço e voltar logo para baixo. Numa viagem suborbital, os passageiros sentem leveza e continuam a ter vistas incríveis.
A dificuldade e o custo de qualquer uma das opções significam que, tradicionalmente, apenas os Estados-nação foram capazes de explorar o Espaço. Isto começou a mudar na década de 1990, quando uma série de empreendedores entrou na arena espacial.
Três empresas lideradas por CEOs bilionários surgiram como os principais jogadores: Virgin Galactic, Blue Origin e SpaceX. Embora nenhum tenha levado clientes particulares para o espaço, todos antecipam isso num futuro muito próximo.
Perspetivas para o futuro
Agora, a SpaceX é a única opção para quem deseja ir ao espaço e orbitar a Terra. Atualmente, tem dois lançamentos turísticos planeados: o primeiro está programado para setembro de 2021, financiado pelo empresário bilionário Jared Isaacman; o outro, previsto para 2022, está a ser organizado pela Axiom Space.
Estas viagens serão caras, custando 55 milhões de dólares para o voo e uma estadia na Estação Espacial Internacional. O alto custo levou alguns a alertar que o turismo espacial — e o acesso privado ao Espaço de forma mais ampla — pode reforçar a desigualdade entre ricos e pobres.
As viagens suborbitais da Blue Origin e da Virgin Galactic têm um custo muito mais razoável, com preços entre 200 mil e 250 mil dólares. A Blue Origin parece ser a mais próxima de permitir clientes a bordo, dizendo, após um lançamento recente, que as missões tripuladas aconteceriam “em breve”.
A Virgin Galactic continua a testar a SpaceShipTwo, mas nenhum calendário específico foi anunciado para voos turísticos.
Embora estes preços sejam altos, vale a pena considerar que a passagem de 20 milhões de dólares de Dennis Tito em 2001 poderia pagar 100 voos na Blue Origin em breve. A experiência de ver a Terra do Espaço, entretanto, pode ser inestimável para uma nova geração de exploradores espaciais.
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