Outros 182 túmulos sem nome foram encontrados numa terceira escola para indígenas no Canadá. Os especialistas localizaram o que acreditam serem os corpos de alunos de entre sete e 15 anos na antiga Escola St. Eugene’s Mission, na Columbia Britânica.
A nova descoberta ocorre após serem encontrados, em maio, os corpos de 215 crianças em sepulturas sem identificação perto de Kamloops. Na semana passada, outras 751 covas foram localizadas na antiga Escola Residencial Indígena de Marieval, em Saskatchewan. Com os túmulos descobertos esta semana, o total passa de mil, noticiou a agência AFP.
A comunidade indígena de Lower Kootenay disse que, em 2020, foi iniciada uma busca nos terrenos de Cranbrook, onde a Igreja Católica administrou uma escola em nome do governo federal, entre 1912 e o início da década de 1970. Alguns dos túmulos estavam a apenas um metro de profundidade, segundo o relatório.
Acredita-se que são os corpos de membros de vários grupos da nação Ktunaxa, que inclui a Lower Kootenay e outras comunidades indígenas vizinhas.
Até a década de 1990, cerca de 150.000 jovens indígenas, inuítes e mestiços foram matriculados à força em 139 dessas escolas residenciais, onde os estudantes foram abusados física e sexualmente por diretores e professores, que os separaram de sua cultura e idioma.
Mais de 4.000 morreram por doenças e negligência, de acordo com uma comissão de investigação que concluiu que o Canadá cometeu um genocídio cultural.
Na sexta-feira passada, o primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, pediu desculpas pelas “políticas governamentais tóxicas” de apropriação indígena e não descartou uma investigação criminal.
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