O regime de Kim Jong-un está disposto a regressar às negociações nucleares com os Estados Unidos, mas com condições.
De acordo com a agência de espionagem da Coreia do Sul, citada pelo The Wall Street Journal, a Coreia do Norte tem algumas exigências para reiniciar as conversações nucleares com os Estados Unidos, entre elas o relaxamento das sanções de modo a permitir a exportação de minerais e a importação de combustível mais refinado. Na lista de exigências estão também fatos e licor de primeira qualidade.
O diário escreve que, na terça-feira, a agência de espionagem de Seul informou os legisladores sobre as exigências de Pyongyang, sem revelar como ou quando os funcionários dos serviços secretos tomaram conhecimento das mesmas.
As relações entre a Coreia do Norte e os Estados Unidos estão amenas: os dois países não realização reuniões formais de desnuclearização desde outubro de 2019.
Para voltar à mesa das negociações, a Coreia do Norte quer um abrandamento da proibição das importações de minerais, que proíbem os carregamentos de carvão e ferro, e a eliminação das limitações de importação até 500 mil barris de combustível refinado por ano.
Outra condição é que a elite de Pyongyang tenha a capacidade de importar diariamente o que considerar essencial, citando como exemplo o licor.
Em junho, depois de o líder norte-coreano ter anunciado estar a preparar-se para negociações ou um confronto, os Estados Unidos, a Coreia do Sul e o Japão convidaram Pyongyang a retomar o diálogo sobre armamento nuclear na península coreana.
O regime de Kim Jong-un tem acesso limitado ao comércio internacional, devido às sanções económicas instituídas após os vários testes nucleares e de mísseis. Estas restrições incluem a proibição das importações de bens luxemburgueses.
Ainda que a Coreia do Norte tenha encontrado formas elaboradas de desrespeitar as sanções durante vários anos, o comércio norte-coreano abrandou durante a pandemia de covid-19. O país tem mantido as suas fronteiras fechadas desde janeiro de 2020.
A economia caiu 4,5% no ano passado, o pior declínio em mais de duas décadas, segundo uma estimativa anual produzida recentemente pelo banco central da Coreia do Sul.
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