segunda-feira, 21 de março de 2022

Forças ucranianas recusam rendição de Mariupol, a cidade mártir da guerra !


Autoridades ucranianas recusaram a proposta russa que permitiria a abertura de corredores humanitários. Estima-se que 300 mil pessoas permaneçam na cidade, sem água, energia e alimentos.

A proposta surgiu durante a tarde de ontem, domingo: a Rússia ordenou às forças ucranianas que abandonassem a cidade de Mariupol e depusessem as armas até às 5h da manhã desta segunda-feira para que, em troca, fossem abertos corredores humanitários que possibilitassem a saída de civis de uma das cidades mais massacradas pelos ataques russos desde há 25 dias e onde há muito começaram a escassear bens essenciais.

Iriana Vereshuchuk, vice-primeira-ministra do país invadido, respondeu pouco depois, recusando a rendição. “Não se pode falar em rendição e deposição de armas. Já informámos o lado russo sobre isso. Eu escrevi: em vez de perderem tempo em oito páginas de cartas, abram o corredor“, disse, citada pelo Público.

Segundo havia noticiado a agência de notícias espanhola EFE, Mikhail Mizintsev, chefe do centro de controlo da Defesa Nacional Russa, anunciou que todos os elementos do exército ucraniano poderiam abandonar a cidade entre as 10h e as 12h locais, assim como os “mercenários estrangeiros”.

Para além da falta de alimentos, água e energia, o cenário de total destruição Mariupol é visível em todas as imagens que surgem do território, com relatos de cadáveres espalhados pelas ruas e tiroteios em vários bairros.  

Em declarações à BBC, Yaroslav Zhelezniak, deputado ucraniano, descreveu que a sua cidade natal é atualmente “o inferno na terra” e que 300 mil pessoas estão impedidas de sair e subjugadas às condições de desumanas impostas pela guerra.

As últimas horas também ficaram marcadas por um escalar das tensões na capital Kiev, que havia sido poupada pelos russos nos últimos dias — o que pode indicar uma mudança de estratégia. De madrugada, um bombardeamento matou pelo menos seis pessoas que se encontravam recolhidas num centro comercial. O ataque atingiu o parque de estacionamento e provocou uma cratera de vários metros de largura.

Outra das notícias que está a marcar a atualidade relacionada com o conflito na Ucrânia tem que ver com a fuga de amoníaco da central química de Sumy. Na sequência do acidente, o governador da região, Dmytro Zhivitskii, apelou à população que procurasse “abrigos, caves e pisos baixos” e explicou que a fuga terá afetado uma área correspondente a cinco quilómetros.

De acordo com o Público, a dimensão e as causas do acidente ainda estão por apurar. O responsável local adiantou ainda que as equipas de emergência se deslocaram ao local e que a cidade vizinha de Sumykhum não corre perigo. Sumy fica a 350 quilómetros de Kiev e há semanas que tem sido de palco de vários confrontos.

https://zap.aeiou.pt/forcas-ucranianas-recusam-rendicao-mariupol-a-cidade-martir-da-guerra-468512


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