quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

Norte-americana morre após receber transplante de pulmões infetados com covid-19 !

Uma norte-americana do Michigan morreu após receber um transplante de pulmões infetados com o SARS-CoV-2, sendo este o primeiro caso de transmissão comprovada de doador para recetor.


Segundo avançou na segunda-feira o IFL Science, um relatório sobre caso – divulgado pelo American Journal of Transplantation – mostrou que apesar dos exames negativos aos órgãos, a mulher testou positivo para a covid-19 três dias após o transplante. Um dos cirurgiões que participou na intervenção foi também infetado, tendo entretanto recuperado.

Esses incidentes, lê-se no artigo, são extremamente raros, com a transmissão de infeções de doador para recetor a ocorrer em menos de 1% de todos os transplantes.

A norte-americana, que tinha doença pulmonar obstrutiva crónica e estava em ventilação assistida, foi medicada com metilprednisolona, para prevenir a rejeição dos órgãos. Recebeu os pulmões de outra mulher, que morreu num acidente de carro. Um teste à covid-19 não mostrou sinais de infeção, nem esta tinha relatado sintomas antes da morte.

Dois dias após o transplante, os médicos notaram que a paciente estava com o índice cardíaco baixo (medida do desempenho do coração em relação ao tamanho do corpo), desenvolvendo febre no terceiro dia. Depois de as amostras serem enviadas para teste, a mulher testou positivo para a covid-19.

Apesar das tentativas para combater o vírus, a mulher continuou a piorar e, 61 dias após o transplante, morreu por falência múltipla de órgãos e dificuldade respiratória.

Embora este seja o primeiro caso do género, os autores afirmam que um teste pode não ser suficiente para garantir que os órgãos estão totalmente livres do SARS-CoV-2, sendo necessário um segundo, obtido após 24 a 48 horas.

https://zap.aeiou.pt/mulher-transplante-pulmoes-covid-382787

 

EUA - Legisladores da Virgínia aprovam projeto de lei que acaba com a pena de morte !

Os legisladores aprovaram na segunda-feira um projeto de lei que acabará com a pena de morte na Virgínia, num estado que executou ao longo dos anos mais pessoas do que qualquer outro nos Estados Unidos (EUA).

Segundo noticiou o jornal britânico The Guardian, a legislação que revoga a pena de morte seguirá agora para o governador democrata, Ralph Northam, que já avançou que a aprovará, tornando a Virgínia o 23.º estado a impedir as execuções.

A nova maioria conquistada nas últimas eleições pelos democratas no estado da Virgínia tem defendido que a pena de morte foi aplicada desproporcionalmente a negros, doentes mentais e indigentes.

Já os republicanos expressaram preocupações sobre a justiça para as vítimas e os seus familiares, afirmando que há alguns crimes tão odiosos que os seus autores merecem ser executados.

Historicamente, o estado usou a pena de morte mais vezes do que qualquer outro, executando quase 1.400 pessoas, de acordo com o Centro de Informações sobre Pena de Morte. Desde que a Supremo Tribunal dos EUA restabeleceu a pena de morte, em 1976, houve na Virgínia 113 execuções, ficando apenas atrás do Texas.

Há neste momento dois homens no corredor da morte na Virgínia: Anthony Juniper, condenado em 2004 pelos assassinatos da ex-namorada, de dois dos seus filhos e do seu irmão; e Thomas Porter, condenado pelo assassinato de um agente da polícia em Norfolk, em 2005.

A alteração na lei pode converter as suas sentenças em prisão perpétua, sem possibilidade de liberdade condicional.

Em outubro, havia 2.553 condenados à pena de morte nos Estados Unidos, número que varia frequentemente em virtude de novas condenações ou comutações da pena. 98% são homens, 2% são mulheres. Em média, os condenados ficam 7 anos à espera no corredor da morte até serem executados— ou perdoados, algo que aconteceu a apenas 1.6%.

https://zap.aeiou.pt/legisladores-virginia-lei-pena-morte-382778

 

terça-feira, 23 de fevereiro de 2021

União Europeia vai aplicar sanções à Rússia - Kremlin fala em decisão “ilegal” !

Os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia (UE) acordaram, esta segunda-feira, a aplicação de novas sanções à Rússia.


O ministro dos Negócios Estrangeiros português, Augusto Santos Silva, anunciou que os chefes de diplomacia da União Europeia chegaram a um “acordo político” em relação às novas sanções à Rússia. Cabe agora ao Alto Representante da UE para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, Josep Borrell, fazer uma proposta relativa aos indivíduos a serem sancionados.

Segundo o semanário Expresso, as sanções envolvem os responsáveis envolvidos na detenção, condenação e perseguição do opositor russo Alexei Navalny, assim como nas restrições à liberdade de manifestação e protesto da população russa.

As propostas concretas de sanções têm de ser submetidas para aprovação pelo Conselho da União Europeia, esperando-se que o processo esteja concluído dentro de uma semana.

Em conferência de imprensa após a cimeira que reuniu o conjunto dos ministros dos Negócios Estrangeiros, Santos Silva afirmou que “manifestamente, a Rússia está numa atitude muito agressiva para com a UE e o relacionamento entre os dois blocos está num dos pontos mais baixos de sempre”.

Josep Borrell também afirmou que “há um entendimento partilhado no Conselho de que a Rússia está a derivar em direção a um estado autoritário e a afastar-se da Europa“, cita o mesmo jornal.

Segundo o Expresso, o Alto Representante da União Europeia disse ainda que o conjunto dos ministros dos 27 concordou em três linhas de atuação na relação a ter com o Kremlin neste momento: “Retaliar”, quando a Rússia infringir o direito internacional e os direitos humanos, “conter”, quando aumentar a pressão sobre a UE, nomeadamente através da desinformação ou de ataques cibernáuticos, e “dialogar”, em matérias em que a Europa considere que é do seu interesse fazê-lo.

Santos Silva também referiu que, apesar das sanções, isso não impede que a UE não se mantenha “interessada” em “comunicar com a Rússia”, nomeadamente “em matérias de interesse comum”, nas quais a colaboração com Moscovo é “indispensável”, tendo o chefe da diplomacia português enumerado a “não proliferação” e o “controlo de armamento”.

As novas sanções serão similares à Lei Magnitsky, em vigor nos Estados Unidos, que castiga as violações dos direitos humanos e, a serem aplicadas na União Europeia, será uma estreia no espaço comunitário. Estas medidas repressivas consistem em proibir a entrada em território europeu de pessoas sancionadas, assim como o congelamento dos bens que tenham na UE.

Rússia considera decisão da UE “ilegal”

No mesmo dia, em reação ao anúncio da União Europeia, o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo considerou a decisão “ilegal” e “dececionante”.

“Consideramos categoricamente inaceitáveis as constantes exigências ilegais e absurdas para a libertação de um cidadão da Federação Russa que foi condenado por crimes económicos por um tribunal russo, no território do nosso país e de acordo com a lei russa”, refere a nota do Ministério, citada pela agência russa Sputnik News.

As exigências europeias constituem “uma interferência nos assuntos internos de um Estado soberano”, adianta ainda a nota do ministério liderado por Serguei Lavrov.

No sábado, um tribunal russo declarou Navalny culpado de “difamação” de um veterano da II Guerra Mundial, horas depois de ter sido condenado, em recurso, a dois anos e meio de prisão num outro caso.

O Ministério Público solicitou, no caso de difamação, uma multa de 950 mil rublos (cerca de 10.600 euros) e exigiu a pena suspensa fosse convertida em pena de prisão.

A justiça russa confirmou ainda uma sentença de prisão efetiva de Nalvalny, por violação de medidas de controlo judicial, mas reduziu-lhe a pena em um mês e meio, pelo que o ativista irá cumprir uma pena de dois anos e meio de prisão.

Além do acordo político alcançado esta segunda-feira para a adoção de sanções, o envenenamento do opositor russo já tinha motivado a introdução de medidas restritivas em outubro de 2020.

Na altura, seis indivíduos e uma entidade que estavam “envolvidos na tentativa de homicídio” tinham sido sancionados, ficando proibidos de viajar para a Europa e tendo os seus bens congelados no espaço europeu.

Este fim-de-semana, numa entrevista ao jornal alemão Die Welt, o representante da Rússia junto da UE, Vladimir Chizhov, referiu que o país estava “pronto para responder” caso o bloco optasse por impor novas sanções.

Atualmente, a UE mantém sanções contra a Rússia também por causa da anexação da Crimeia e da guerra no leste da Ucrânia.

https://zap.aeiou.pt/ue-vai-aplicar-sancoes-russia-382687

 

Supremo Tribunal dos Estados Unidos recusa impedir o acesso a declarações fiscais de Trump !

O Supremo Tribunal dos EUA recusou esta segunda-feira intervir para impedir que um procurador federal obrigue o ex-Presidente Donald Trump a entregar as suas declarações fiscais.


A decisão judicial é um forte revés para Trump – que sempre procurou evitar e entrega das suas declarações fiscais, durante o seu mandato presidencial – e representa o culminar de uma longa batalha legal que já tinha chegado ao Supremo Tribunal anteriormente.

O Supremo Tribunal decidiu, contudo, que as declarações fiscais de Trump não devem ser tornadas públicas, fazendo apenas parte da investigação criminal do procurador federal de Nova Iorque que as solicitou.

Ainda assim, o acesso aos documentos torna esta investigação mais eficaz, sobretudo numa altura em que Trump já não pode invocar a sua presença na Casa Branca para limitar a ação do procurador, como fez no passado, quando se queixou que a ação judicial era uma “caça às bruxas” com objetivos políticos.

O Supremo Tribunal demorou vários meses até chegar a esta decisão e não apresentou qualquer justificação para o atraso.

Esta decisão judicial é uma vitória para o procurador de Manhattan Cyrus Vance Jr., que pede o acesso às declarações fiscais de Trump desde 2019, como parte de uma investigação que envolve pagamentos a duas mulheres – a atriz pornográfica Stormy Daniels e a modelo Karen McDougal – para comprar o seu silêncio sobre alegados casos sexuais, o que o ex-Presidente nega.

Em julho, os juízes do Supremo Tribunal, numa decisão 7-2, rejeitaram o argumento de Trump de que o Presidente está imune a investigações enquanto ocupar o cargo ou que um procurador deve demonstrar uma necessidade excecional para obter os documentos fiscais.

Os juízes Neil Gorsuch e Brett Kavanaugh, nomeados para o Supremo durante o mandato de Trump, concordaram com essa decisão, que devolveu o caso aos tribunais inferiores, impedindo que as declarações fiscais fossem entregues ao procurador.

Desde essa decisão de julho, os advogados de Trump apresentaram novos argumentos, alegando que as declarações fiscais não deveriam ser entregues, mas voltaram a sair derrotados num tribunal de recurso de Nova Iorque.

https://zap.aeiou.pt/acesso-declaracoes-fiscais-trump-382657

 

OMS vai indemnizar vacinados com efeitos adversos e recomenda estudo sobre primeiras pistas do vírus !

A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou esta segunda-feira a criação de um programa que permite indemnizar pessoas vacinadas contra a covid-19 que tenham reações adversas graves, evitando que recorram a tribunais, um meio moroso e caro.


O programa, inédito, abrange apenas pessoas oriundas dos 92 países elegíveis (mais pobres) para vacinas financiadas pelo mecanismo de distribuição universal e equitativa Covax, codirigido pela OMS.

A iniciativa, sem custos para os beneficiários, é subsidiada pelos financiadores do Covax, por intermédio de uma pequena taxa adicionada a cada dose de vacina distribuída até 30 de junho de 2022.

Em comunicado, publicado na página da organização na Internet, a OMS refere que se trata de “um procedimento rápido, justo e transparente” para indemnizar possíveis lesados da vacinação, que tenham “efeitos adversos raros, mas graves”.

A OMS assinala que, apesar de as vacinas para a covid-19 adquiridas ou distribuídas pelo Covax terem uma “aprovação regulamentar” ou “autorização de uso de emergência” que confirmam a sua segurança e eficácia, podem, “em casos raros”, como “acontece com todos os medicamentos”, provocar “reações adversas graves”.

Até 31 de março será disponibilizado um portal com informações sobre o programa e a forma de acesso às compensações.

Na habitual videoconferência de imprensa, a OMS indicou que 200 milhões de doses de vacinas foram já administradas no mundo, sem qualquer “sinal de alarme” em termos de segurança.

Esta segunda-feira, o diretor da OMS acusou “certos países ricos de minar” o sistema de distribuição equitativa de vacinas contra a covid-19, o Covax, ao persistirem na abordagem direta aos fabricantes para ter acesso ao imunizante.

“Alguns países ricos estão atualmente a abordar fabricantes para garantir o acesso a doses adicionais de vacinas, o que tem efeito nos contratos com o Covax, e o número de doses alocadas ao Covax foi reduzido por causa disso”, criticou Tedros Adhanom Ghebreyesus durante uma conferência de imprensa conjunta por videoconferência com o presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier.

OMS recomenda estudo mais aprofundado sobre o vírus

O grupo de especialistas OMS) ue visitou a China para estudar a origem da pandemia da covid-19 vai recomendar um rastreamento “mais profundo” dos contactos do primeiro paciente conhecido.

De acordo com a televisão norte-americana CNN, os especialistas também querem saber mais sobre a cadeia de fornecimento de quase uma dúzia de comerciantes no mercado de Huanan, na cidade de Wuhan, que se acredita ter desempenhado um papel fundamental na propagação da doença, no final de 2019.

As recomendações do painel da OMS seguirão vários pontos-chave da investigação, segundo fontes familiarizadas com o relatório preliminar citadas pela CNN.

Em primeiro lugar, os especialistas vão solicitar mais detalhes sobre o histórico de contacto do paciente tratado no dia 8 de dezembro de 2019, em Wuhan – o primeiro caso confirmado pelos cientistas chineses. Trata-se de um funcionário de escritório, na casa dos 40 anos, que não fez viagens, nem tem histórico de contactos com outros infetados.

Este paciente esteve com a equipa da OMS e, no final da reunião, indicou que os seus pais visitaram “um mercado local de produtos frescos em Wuhan”, e não o mercado de Huanan.

Peter Daszak, membro da equipa da OMS, observou que os cientistas chineses garantiram que os pais do paciente testaram negativo para a doença, mas não parecem ter rastreado os contactos deles naquele mercado.

Cientistas independentes disseram à CNN que os especialistas chineses deveriam ter realizado uma investigação mais aprofundada sobre as origens do vírus há vários meses.

Jake Sullivan, o conselheiro de segurança nacional do Presidente dos EUA, Joe Biden, disse no domingo que a China não forneceu “dados importantes suficientes” sobre a origem e subsequente disseminação do coronavírus.

“Eles estão prestes a publicar um relatório sobre as origens da pandemia em Wuhan, na China, sobre o qual temos dúvidas, porque não acreditamos que a China tenha disponibilizado dados suficientes sobre as origens, sobre como a pandemia começou, na China, e depois em todo o mundo”, disse o funcionário à CBS News.

Em 9 de fevereiro, a missão da Organização Mundial da Saúde (OMS), que investigou a origem do novo coronavírus em Wuhan, afastou a possibilidade de o vírus ter tido origem num laboratório. “Não estou em posição de dizer como o covid-19 veio a este mundo. Estou apenas em posição de pedir à OMS que faça o seu trabalho”, apontou.

https://zap.aeiou.pt/oms-vai-indemnizar-vacinados-com-efeitos-adversos-e-recomenda-382627

 

Vacinar as crianças pode ser a chave para controlar a covid-19, dizem especialistas !

A vacinação de crianças e adolescentes pode ser a chave para controlar a pandemia, apontaram especialistas, à medida que os ensaios clínicos permitem estudar os efeitos das vacinas contra a covid-19 nestas faixas etárias.


Embora a covid-19 tenha uma incidência menor na mortalidade de jovens e as evidências indiquem que as crianças têm menos probabilidade de contrair a infeção, o papel que estas desempenham na transmissão do vírus não é claro, de acordo com o Royal College of Paediatrics and Child Health, citado esta segunda-feira pelo The Guardian.

O vírus pode causar infeções assintomáticas em todas as faixas etárias. Nessa lógica, a imunização das crianças permite proteger os idosos, indicou Stanley Plotkin, que participou na criação das vacinas contra a rubéola e o rotavírus e ajudou a desenvolver outras, incluindo para a poliomielite e para a raiva.

“Não consigo imaginar como podemos ter esperança de erradicar o vírus, a menos que estejamos dispostos a imunizar a maioria da população”, afirmou.

Os pesquisadores da Oxford/AstraZeneca lançaram um estudo para testar a sua vacina contra a covid-19 em crianças e jovens, entre os seis e os 17 anos. Outros fabricantes seguem o mesmo caminho. A Pfizer/BioNTech espera partilhar os dados do seu estudo com jovens entre os 12 e os 15 anos nos próximos meses e iniciar outro com crianças entre os cinco a 11 anos.

Os dados sobre a segurança e eficácia das diferentes vacinas nos mais jovens devem começar a chegar no verão. Para já há indícios de que algumas vacinas estão a reduzir a propagação do vírus, mas os dados ainda não são conclusivos, alertaram os cientistas.

Se for comprovado que estas têm um efeito significativo na transmissão, com todos os adultos imunizados ao longo deste ano, os grupos etários que impulsionarão a disseminação da doença serão os jovens, destacou Rinn Song, pediatra e clínico-cientista do Oxford Vaccine Group.

Paul Heath, professor de doenças infeciosas pediátricas da Universidade de Londres, e principal investigador do braço britânico dos testes da vacina Novavax Covid-19, indicou que a infeção contínua em crianças poderia servir como um reservatório de infeção para adultos e idosos não vacinados.

“Ainda pode ser uma estratégia razoável, portanto, vacinar as crianças para que não transmitam [a doença] a esses adultos suscetíveis”, referiu.

Outra razão para vacinar crianças é a segurança dos estabelecimentos de ensino, apontou Adam Finn, professor de pediatria no Bristol Children’s Vaccine Center. No entanto, advertiu, quando se trata de doenças infeciosas, geralmente é possível controlar os surtos sem imunizar toda a população.

Finn afirmou, contudo, que ainda não se sabe até que ponto o programa de vacinação deve ir para haver controlo da doença. “É provável que até o final deste ano estejamos” a vacinar “menores de 18 anos. Não é uma certeza, é uma probabilidade”, frisou, acrescentando que a decisão de imunizar crianças deve ser baseada na necessidade.

https://zap.aeiou.pt/vacinar-criancas-chave-controlar-covid-382477

 

Edvard Munch escondeu uma mensagem na pintura “O Grito” !

 

“O Grito” (1893), de Edvard Munch

Afinal, a pequena mensagem escondida na famosa pintura de Edvard Munch “O Grito” foi escrita pelo próprio artista. Uma nova investigação coloca, assim, um ponto final num dos mistérios mais duradouros da arte moderna.

Só podia ter sido pintado por um homem louco!” Esta é a frase quase invisível que se pode ler no canto superior esquerdo da pintura e que foi objeto de debate durante várias décadas. Até agora, escreve a CNN, pensava-se que a frase era o fruto de um ato de vandalismo.

Recentemente, curadores do Museu Nacional de Arte, Arquitetura e Design da Noruega, em Oslo, garantiram ter desvendado um dos mistérios mais duradouros da arte moderna. Afinal, terá sido o próprio Edvard Munch a escrever a frase.

“A escrita é, sem dúvida, do próprio Munch”, concluiu Mai Britt Guleng, curadora do museu. A inscrição “foi examinada agora com muito cuidado, letra por letra e palavra por palavra, e é idêntica em todos os aspetos à caligrafia de Munch.”

“Não há mais dúvidas”, sublinhou a responsável pela investigação.

A frase, praticamente impercetível a olho nu, foi analisada com ajuda de tecnologia de infravermelhos e comparada com as anotações e cartas do artista. Munch “não escreveu em letras grandes para que todos vissem, é preciso olhar com muita atenção para ver”, detalha Britt Guleng.

A obra-prima expressionista é uma das obras mais célebres dos tempos modernos, anunciada como uma representação atemporal da ansiedade humana. Edvard Munch (1863-1944) passou vários anos da sua vida numa clínica psiquiátrica, onde foi internado depois de um colapso nervoso, em 1908.

“O Grito” está a ser alvo de um restauro com vista a uma nova exposição. Depois de ter sido roubada em 2004 (e recuperada pouco depois), a obra esteve poucas vezes em exibição.

https://zap.aeiou.pt/munch-mensagem-pintura-o-grito-382578

Após a cimeira de Hanói, Trump ofereceu boleia a Kim Jong-un no Air Force One !

Donald Trump, antigo Presidente norte-americano, terá oferecido ao líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, uma boleia no Air Force One, depois da cimeira em Hanói, no Vietname.


Um dos pontos altos da presidência de Donald Trump foi a cimeira histórica entre o então Presidente dos Estados Unidos e o líder da Coreia do Norte, em Singapura, assinalada por um aperto de mão simbólico e pela assinatura de um acordo que prometeu ao mundo “uma grande mudança”.

Mas nenhum avanço significativo foi assinalado após o encontro em fevereiro de 2019, em Hanói, no Vietname. A reunião entre Donald Trump e Kim Jong-un terminou de modo abrupto na questão sobre o alívio das sanções: os Estados Unidos recusaram-se a suspendê-las até que a Coreia do Norte abandonasse o seu programa nuclear.

No entanto, houve uma grande surpresa na cimeira de Hanói. Segundo o documentário da BBC, intitulado Trump Takes on the World, o ex-Presidente norte-americano “surpreendeu até os diplomatas mais experientes” com a oferta de uma boleia até à Coreia do Norte a Kim Jong-un, no Air Force One.

“O Presidente Trump ofereceu a Kim uma boleia para casa no Air Force One“, contou Matthew Pottinger, o maior especialista da Ásia no Conselho de Segurança Nacional de Trump. “O Presidente sabia que Kim havia chegado depois de uma viagem de comboio de vários dias e o Presidente disse: ‘Posso levá-lo para casa em duas horas, se quiser’.”

Mas Kim Jong-un recusou.

Se o líder norte-coreano tivesse aceitado a oferta, teria entrado no avião presidencial norte-americano, mas não só: a aeronave teria penetrado no espaço aéreo norte-coreano, o que levantaria várias questões de segurança.

A amizade entre Trump e Kim não durou muito tempo. No mês passado, o norte-coreano disse que os Estados Unidos são o “maior inimigo” do seu país e que a política norte-americana contra a Coreia do Norte “nunca mudará”, independentemente de “quem está no poder”.

https://zap.aeiou.pt/apos-a-cimeira-de-hanoi-trump-ofereceu-boleia-a-kim-jong-un-no-air-force-one-382451

 

Com a venda de telemóveis em queda após sanções dos EUA, Huawei aposta na suinicultura !

Depois das duras sanções aplicadas pelos Estados Unidos, a gigante chinesa Huawei está agora a aplicar as suas tecnologias noutros negócios, que incluem a suinicultura e o carvão, procurando diversificar as suas fontes de rendimento. 


A tecnológica, recorde-se, foi impedida de aceder a componente vitais e de realizar negócios com várias empresas, incluindo a Google, depois de o Governo do antigo Presidente norte-americano Donald Trump a ter considerado uma ameaça nacional.

O antigo líder da Casa Branca sugeriu que a Huawei pode partilhar dados dos clientes com o Governo chinês, alegação que a empresa negou repetidamente. Com as sanções, as vendas de smartphones caíram 42% no último trimestre de 2020.

Com o mercado dos telemóveis inteligentes em queda, a empresa procura agora diversificar as suas fontes de rendimento, aplicando as suas ferramentas tecnológicas a novos negócios, incluindo a suinicultura, conta a emissora britânica BBC.

A Huawei está a ajudar os produtores chineses a modernizar as suas instalações com a introdução de sistemas de Inteligência Artificial (IA) para detetar doenças e rastrear porcos. A tecnologia de reconhecimento facial pode identificar os animais individualmente, enquanto uma outra tecnologia controla o seu peso, dieta e atividade diária.

Outros gigantes chineses da tecnologia, incluindo a JD.com e a Alibaba, já estão a trabalhar com criadores de porcos na China para incluir novas tecnologias nos processos de criação de suínos. O país asiático, recorde-se, possui a maior indústria de suinicultura do mundo, abrigando metade dos suínos vivos de todo o mundo.

“A suinicultura é mais um exemplo de como tentamos revitalizar algumas indústrias tradicionais com tecnologias de ICT (Tecnologia da Informação e Comunicação) para criar mais valor para as indústrias na era 5G”, disse o porta-voz da Huawei.

Mas a suinicultura não é o único negócio que a Huawei tem debaixo de olho para diversificar as suas fontes de rendimento: no início de fevereiro, o fundador e presidente-executivo da gigante tecnológica, Ren Zhengfei, anunciou a criação de um laboratório de inovação em mineração carvão na província de Shanxi, no norte da China.

O objetivo passa por desenvolver tecnologias projetadas para minas de carvão que levarão, consequentemente, a “um menor número de trabalhadores, maior segurança e maior eficiência”, permitindo as mineiros “usar fato e gravata no trabalho”.

O mesmo responsável acrescentou ainda que a empresa está a expandir a sua capacidade noutros produtos de consumo, como televisões, computadores e tablets.

Podemos sobreviver mesmo sem depender das vendas de telemóveis“, afirmou, acrescentando que é muito improvável que os Estados Unidos retirem a Huawei da lista negra que impede empresas norte-americanas de trabalhar com a gigante chinesa.

https://zap.aeiou.pt/huawei-aposta-na-suinicultora-382266

 

Butão conta apenas uma morte por covid-19 desde o início da pandemia !

O Butão, um pequeno país que faz fronteira com a China e com a Índia, registou apenas uma morte por covid-19 desde o início da pandemia.


O pequeno Butão mostrou ser grande na batalha que o mundo trava contra a covid-19: o país, que faz fronteira com a China e com a Índia, é um exemplo de sucesso graças à campanha de prevenção levada a cabo pelo Governo desde janeiro de 2020 e à cooperação e solidariedade da população.

No dia 7 de janeiro, um cidadão de 34 anos, internado num hospital de Timbu com problemas de fígado e rins, acabou por morrer de complicações relacionadas com a covid-19. Quase um ano desde o início da pandemia, esta é a primeira e única morte derivada da doença registada pelo país, avança a CNN.

Quando o novo coronavírus começou a cavalgar no continente asiático, o Butão tinha reunidas todas as características de uma tempestade perfeita – a começar pelo facto de só ter 337 médicos para uma população de 760 mil pessoas, sendo que apenas metade destes médicos tinham treino avançado para cuidados intensivos. Além disso, o país só tinha uma máquina PCR para poder testar análises do vírus.

Numa primeira fase, a chave para o sucesso do Butão prendeu-se com a rapidez da reação aos primeiros avisos vindos da vizinha China, escreveu a jornalista Madeline Drexler na revista The Atlantic.

Apenas 11 dias depois de a China reportar pela primeira vez à Organização Mundial de Saúde (OMS) um “surto de pneumonia de origem desconhecida”, o Butão começou a preparar o seu plano de resposta nacional e a 15 de janeiro já impunha a medição de febre nos seus quatro aeroportos.

A intensa campanha de prevenção permitiu que o Butão só registasse o seu primeiro caso de covid-19 no dia  6 de março de 2020. Nas 6 horas seguintes à confirmação da primeira infeção, foram identificados e colocados em quarentena mais de 300 possíveis contactos do infetado, conta a Visão.

O Governo do Butão começou a fazer declarações claras e periódicas ao país; as escolas foram encerras – assim como ginásios, cinemas e instituições públicas -; as vistas de turistas foram proibidas e os horários de trabalho flexibilizados. Cinco dias depois de a OMS declarar a covid-19 como uma pandemia, a 16 de março, o Butão instituiu uma quarentena obrigatória para todos os cidadãos com possíveis exposições ao vírus.

Os casos positivos foram isolados, incluindo os assintomáticos, de forma a tratar os sintomas imediatamente e garantir acompanhamento psicológico aos pacientes em quarentena.

A participação e cooperação da própria população foi essencial para o sucesso do Butão face à pandemia. Como uma mão lava a outra, o Governo garantiu que o impacto económico na população era amparado através de um programa de assistência financeira, com a distribuição de 15 milhões de euros a mais de 34 mil cidadãos.

O Butão tem sido dos países mais eficazes a combater a pandemia. A orientação dos monarcas, o esforço conjunto das diferentes forças políticas parlamentares, o forte investimento na prevenção da covid-19 e a população pronta a acatar as regras de saúde pública graças foram a chave do sucesso.

https://zap.aeiou.pt/butao-apenas-uma-morte-covid-19-382594

 

“Dez países administraram 75% das vacinas, enquanto 130 ainda não receberam uma única dose” !

O secretário-geral da ONU alertou que a pandemia da covid-19 está a agravar as desigualdades, dando como exemplo a vacinação a nível mundial.


Num artigo de opinião publicado esta segunda-feira no jornal britânico The Guardian, António Guterres alerta que “o mundo está a enfrentar uma pandemia de abusos dos direitos humanos”.

“A covid-19 aprofundou divisões, vulnerabilidades e desigualdades preexistentes, e abriu novas fraturas, incluindo falhas nos direitos humanos. A pandemia revelou a interconexão da nossa família humana – e de todo o espectro dos direitos humanos: civis, culturais, económicos, políticos e sociais. Quando qualquer um destes direitos está sob ataque, outros estão em risco”, escreve o secretário-geral da ONU.

“Profissionais da linha da frente, pessoas com deficiências, idosos, mulheres, meninas e minorias foram especialmente atingidos. Numa questão de meses, o progresso feito na igualdade de género retrocedeu décadas”, continua Guterres, acrescentando também que a “pobreza extrema está a aumentar pela primeira vez em décadas”.

Para o secretário-geral português, o “mais recente ultraje moral” é o fracasso em assegurar a equidade na vacinação contra a covid-19. “Apenas dez países administraram mais de 75% de todas as vacinas. Enquanto isso, mais de 130 países ainda não receberam uma única dose”, destaca.

“O vírus está também a infetar os direitos civis e políticos, e a reduzir ainda mais o espaço cívico. Usando a pandemia como pretexto, as autoridades de alguns países implementaram respostas de segurança severas e medidas de emergência para esmagar os dissidentes, criminalizar liberdades básicas, silenciar o jornalismo independente e restringir as atividades de organizações não governamentais”, diz ainda.

“Defensores dos direitos humanos, jornalistas, advogados, ativistas políticos – até mesmo profissionais de saúde – foram detidos, processados e submetidos a intimidação e vigilância por criticarem as respostas dos seus Governos à pandemia”, lembra Guterres, acrescentando que as restrições relacionadas com a covid-19 também “têm sido usadas para subverter os processos eleitorais e enfraquecer as vozes da oposição”.

Guterres escreve ainda que a “desinformação mortal tem sido amplificada – até por aqueles que estão no poder” – e, ao mesmo tempo, há extremistas, “incluindo supremacistas brancos e neonazis, que têm instrumentalizado a pandemia para crescerem, através da polarização social e da manipulação política e cultural”.

“A pandemia também tornou os esforços de paz mais difíceis, restringindo a capacidade de conduzir negociações, exacerbando as necessidades humanitárias e minando o progresso noutros desafios relacionados com direitos humanos e ligados aos conflitos”.

Por todas estas coisas, o ex-primeiro-ministro português apela: “Este não é um momento para negligenciar os direitos humanos. Este é o momento em que, mais do que nunca, os direitos humanos são necessários para navegar nesta crise de uma forma que nos permita atingir o objetivo de alcançar um desenvolvimento inclusivo e sustentável e uma paz duradoura”.

https://zap.aeiou.pt/guterres-paises-vacinas-covid-19-382417

 

 

Embaixador italiano morto em ataque armado na República Democrática do Congo !

O embaixador italiano em Kinshasa, Luca Attanasio, foi morto a tiro num ataque armado a um comboio do Programa Alimentar Mundial (PAM), durante uma visita perto de Goma, no leste da República Democrática do Congo, avançaram esta terça-feira fontes diplomáticas.


O embaixador “morreu em consequência dos ferimentos”, disse à agência AFP , citada pela agência Lusa, uma fonte diplomática em Kinshasa. No ataque foram também mortas outras duas pessoas, de acordo com o porta-voz do exército na região do Kivu Norte, major Guillaume Djike, que não revelou a identidade das vítimas.

O Presidente italiano Sergio Mattarella denunciou o “ataque cobarde” que custou a vida ao embaixador, ao soldado italiano Vittorio Iacovacci e ao seu motorista. “A república italiana está de luto por estes servidores do Estado que perderam a vida no exercício das suas funções”, apontou, lamentando o “ato de violência” perpetrado contra um comboio do PAM.

Attanasio, que desempenhava as funções de embaixador na República Democrática do Congo desde início de 2018, foi “baleado no abdómen” e transportado “em estado crítico” para um hospital em Goma, segundo disse à agência AFP uma fonte diplomática.

O exército congolês disse, entretanto, que “as Forças Armadas Congolesas estão a tentar descobrir quem são os agressores”.

A União Europeia (UE) já reagiu e está a seguir “de perto”, ao nível de chefes de diplomacia, as “terríveis notícias” do ataque que resultou na morte do embaixador italiano.

Durante a conferência de imprensa diária do executivo comunitário, o porta-voz da Comissão, Eric Mamer, referiu que tinha acabado de tomar conhecimento das “terríveis notícias” e adiantou que o assunto está já a ser debatido pelos ministros dos Negócios Estrangeiros da UE, que se encontram reunidos presencialmente em Bruxelas.

De acordo com uma porta-voz do Serviço Europeu de Ação Externa, o Alto-Representante da UE, Josep Borrell, deu conta do sucedido no Conselho de Negócios Estrangeiros que decorre neste momento em Bruxelas, e “apresenta as suas condolências à Itália, às Nações Unidas e às vítimas da violência no Congo”.

Também o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, mostrou-se “chocado” com o ataque. “Chocado pelo ataque a um comboio do PAM na República Democrática do Congo e pelas vidas perdidas, entre as quais a do embaixador de Itália e de um militar”, reagiu, através da sua conta oficial no Twitter.

O ataque ao comboio do PAM teve lugar a norte de Goma, a capital da província do Kivu Norte, que tem sido flagelada pela violência de grupos armados há mais de 25 anos.

Esta região, que acolhe o Parque Nacional da Virunga, é também o cenário de conflito no Kivu Norte, onde dezenas de grupos armados lutam pelo controlo da riqueza do solo e subsolo. Criado em 1925, o parque é Património Mundial da UNESCO. Estende-se por 7.769 km2, desde Goma até ao território de Beni, entre montanhas e florestas.

https://zap.aeiou.pt/embaixador-italiano-morto-congo-382446

 

Carta revela possível envolvimento do FBI na morte de Malcolm X - Família exige reabertura do caso !

Quase 56 anos depois de Malcolm X ter sido assassinado em Nova Iorque, advogados e membros da família do líder nacionalista negro e defensor dos direitos civis divulgaram novas provas que, afirmam, mostram que a polícia de Nova Iorque (NYPD) e o FBI terão estado envolvidos na sua morte.


De acordo com o jornal britânico The Guardian, numa carta revelada postumamente, um ex-agente infiltrado da Polícia de Nova Iorque alega ter sido pressionado por superiores a aliciar dois dos seguranças de Malcolm X a cometer crimes, alguns dias antes do seu assassinato, em 21 de fevereiro de 1965.

As detenções terão impedido os dois homens de gerir a segurança das portas do Audubon Ballroom, em Washington Heights, no dia do tiroteio que matou Malcolm X.

O antigo polícia, que queria que o seu depoimento se tornasse público apenas após a sua morte, afirma que a NYPD e o FBI mantiveram certos aspetos do caso em segredo.

A carta, escrita por Raymond Wood, foi autorizada para libertação póstuma por um primo e foi lida no sábado numa conferência de imprensa com a presença de três filhas de Malcolm X e membros da família de Wood. Não foram fornecidos detalhes sobre as circunstâncias e o momento da morte de Wood.

“Os meus supervisores disseram-me para encorajar líderes e membros de grupos de direitos civis a cometer atos criminosos”, lê-se na carta.

No ano passado, o assassinato foi o tema de um documentário de seis partes da Netflix, “Who Killed Malcolm X?”, que reviu questões antigas sobre se dois dos três homens condenados pelo crime eram inocentes. Em 2011, um detetive da NYPD envolvido no caso escreveu que  “a investigação foi malfeita”.

O documentário levou o procurador distrital de Manhattan, Cyrus Vance Jr, a rever as condenações no caso. Após a conferência de imprensa de sábado, o gabinete de Vance disse que a revisão foi “ativa e contínua”.

Numa declaração separada, o NYPD disse que “forneceu todos os registos disponíveis relevantes para o caso” a Vance e “continua empenhado em ajudar com esta revisão de qualquer forma”. O FBI não fez comentários.

Malcolm X foi baleado segundos depois de chegar a um púlpito para discursar. Dias antes, tinha dito numa entrevista que acreditava que membros da Nação do Islão estavam a tentar matá-lo. A sua casa em Queens foi atacada uma semana antes de ser morto.

Malcolm X estava a ser vigiado pelo FBI na época.

Uma das suas filhas, Ilyasah Shabazz, disse na conferência de imprensa de sábado que viveu com décadas de incerteza. “Qualquer evidência que forneça uma maior compreensão da verdade por trás desta terrível tragédia deve ser investigada exaustivamente”, disse.

https://zap.aeiou.pt/carta-revela-envolvimento-do-fbi-na-morte-de-malcolm-x-familia-382349

 

A China é agora o maior parceiro comercial da Europa !

Atualmente, a Europa comercializa mais mercadorias com a China do que com os Estados Unidos, uma situação que mostra a forma como a pandemia está a transformar a economia global.


Dados divulgados esta semana pelo serviço de estatísticas da União Europeia atribuíram a mudança a um aumento de 5,6% nas importações da China em 2020 e a um aumento de 2,2% nas exportações.

Ao mesmo tempo, houve uma “queda significativa” no comércio com os Estados Unidos, com as importações a descer 13,2% e as exportações a cair 8,2%.

Em 2020, o valor de bens comercializados entre a Europa e a China foi de 586 mil milhões de euros, cerca de 31 mil milhões a mais do que os que foram trocados entre a União Europeia e os EUA.

A economia da China cresceu 2,3% no ano passado, paralelamente a uma tentativa de recuperação pós-pandemia. Por outro lado, os Estados Unidos viram a sua produção encolher 3,5%. Este decréscimo permitiu que a China, a segunda maior potência económica do mundo, aumentasse ainda mais a sua influência.

Daniel Gros, investigador do Centro de Estudos de Política Europeia, refere à CNN que a mudança não é uma surpresa, tendo em conta a situação da China na indústria global.

No entanto, o especialista sublinha que os laços económicos que ligam a Europa aos EUA continuam muito fortes: a UE continua a exportar mais para a América do que para a China. Além disso, Gros alerta que os dados não têm em consideração o comércio transatlântico de serviços, que vale cerca de 494 mil milhões de euros por ano.

“O relacionamento transatlântico geral continua muito mais forte do que aquele entre a Europa e a China”, explica Gros, acrescentando que “é muito mais profundo porque tem  mais investimento internacional”.

Ainda assim, Bruxelas aprofunda cada vez mais o seu relacionamento económico com a China, apesar de ver o país como um “rival sistémico”. A Europa partilha das preocupações dos Estados Unidos sobre as práticas de comércio e tecnologia de Pequim, mas, no final do ano passado, finalizou um acordo de investimento com a China com o objetivo de aumentar o acesso ao mercado.

A Comissão Europeia realça que estabeleceu “obrigações claras para as empresas estatais chinesas”, que costumam ser fortemente subsidiadas, e estabeleceu regras contra transferências forçadas de tecnologia.

Apesar das garantias vindas da UE, o acordo gerou um certo desconforto com os Estados Unidos. Jake Sullivan, atual conselheiro de segurança nacional do presidente Joe Biden, pediu aos líderes da UE que tratassem das preocupações comuns sobre Pequim com o novo governo.

https://zap.aeiou.pt/china-parceiro-comercial-europa-381719

Os comentários de cinco leitores custaram 100 mil euros a um jornal online !

Um tribunal malaio condenou um jornal online a pagar 100 mil euros devido a cinco comentários de utilizadores a criticarem o judiciário do país.


Tal como o ZAP, muitos outros jornais online permitem aos seus leitores comentarem as notícias no fim dos artigos. A prática é bastante comum, mas pode ter saído bem caro a um jornal online da Malásia. Um tribunal decidiu que o site era legalmente responsável pelos comentários de leitores considerados insultuosos ao judiciário malaio.

O jornal Malaysiakini foi considerado culpado por desacatos, e o tribunal condenou-o a pagar uma multa de cerca de 100 mil euros devido a cinco comentários deixados por utilizadores, escreve o The New York Times.

O editor do jornal, Steven Gan, disse que a pesada multa foi uma tentativa de levar o Malaysiakini à falência. “Isto terá um impacto terrível e assustador nas discussões de questões de interesse público e será um golpe fatal na nossa campanha contínua de combate à corrupção“, disse Gan após a audiência.

Alguns leitores e apoiantes disseram que Gan e o Malaysiakini estavam a ser punidos pela cobertura noticiosa do jornal, que tem sido critico do Governo e que serve de voz à oposição na Malásia.

Os comentários dos leitores foram feitos numa notícia sobre o sistema judicial da Malásia. Embora tenham sido posteriormente removidos, não foi suficiente para evitar as acusações legais. O painel de juízes considerou que o jornal deveria ter examinado e eliminado os comentários.

A multa imposta acaba por ser bem superior à pedida pelos procuradores, que sugeriram uma coima de cerca de 40 mil euros.

Poucas horas depois de conhecido o veredito, um grupo de doadores lançou uma angariação de fundos que reuniu mais do que dinheiro suficiente para pagar a multa de 100 mil euros, de acordo com o próprio Malaysiakini. O jornal ainda está a deliberar qual o destino dos fundos excedentes.

Agradecemos aos nossos leitores e apoiantes por nos ajudarem, mesmo quando certamente muitos estão a passar por momentos difíceis durante esta pandemia”, disse o CEO do jornal online, Premesh Chandran.

“Isto espelha tudo o que é certo e errado neste país. Que o Rakyat [partido socialista da Malásia] está disposto a dar um passo em frente e fazer a sua parte para que as suas vozes sejam ouvidas e para tornar o país melhor, e contribuir para corrigir os erros”, acrescentou.

https://zap.aeiou.pt/cinco-comentarios-custaram-100-mil-381952

 

Nas Filipinas, há profissionais de saúde a tirar férias - Tudo porque não foram vacinados contra a covid-19 !

Esta semana, nenhum profissional de saúde foi vacinado nas Filipinas. O medo e a ansiedade são crescentes e levam muitos destes profissionais a tirar férias ou a pedir a demissão.


Profissionais de saúde filipinos revelaram ao NPR que muitos colegas estão a tirar férias ou, até, a pedir a demissão por não terem sido vacinados contra a covid-19, numa altura em que o país enfrenta uma grave crise de saúde pública, na sequência da pandemia.

O Presidente do país, Rodrigo Duterte, admite que há atualmente “uma disputa” pelas vacinas contra o SARS-Cov-2 e que, apesar de o futuro parecer um pouco mais promissor, existem alguns senãos.

As Filipinas preparam-se para a chegada das suas primeiras vacinas contra a covid-19 e Duterte já confirmou a capacidade de armazenamento ultracongelado, indicando que a entrega acontece até ao final do mês.

O país vai receber as primeiras doses da vacina Pfizer a um preço reduzido, graças à COVAX, uma iniciativa da Organização Mundial da Saúde, criada para garantir que a disputa pelas vacinas entre os países ricos não prejudica os países mais pobres e que vai ajudar 92 países.

Um porta-voz da task force para a covid-19 das Filipinas disse ao NPR que as 117 mil doses da vacina (de duas tomas) que o COVAX providenciou chegam apenas para vacinar 56 mil dos cerca de 1,7 milhões de profissionais de saúde que lideram a lista de prioritários.

Charles Marquez, médico comunitário na ilha de Mindanao, revelou ao portal que muitos trabalhadores da linha da frente estão com muito receio. Há médicos e enfermeiras a colocar as suas vidas em risco diariamente para salvar pacientes com covid-19 e, em simultâneo, lutam contra a “fadiga, depressão e stress“.

Marquez revelou ainda que o stress de trabalhar num “ambiente tão perigoso” tem prejudicado a saúde de muitos dos seus colegas. Há profissionais de saúde que ligam só para avisar que estão doentes – não por estarem infetados com o vírus, mas por causa do “stress e ansiedade”.

Além disso, “os profissionais de saúde perderam a confiança no Governo“. As declarações são de Willy Pulia, presidente da Alliance of Philippine Workers, que acrescentou que as pessoas que elaboram a política de vacinas “não são as pessoas adequadas para lidar com esta pandemia.”

Os profissionais de saúde também demonstram preocupações em relação à vacina chinesa Sinovac. Atualmente, só a Pfizer recebeu autorização de uso de emergência nas Filipinas.

O país garantiu 25 milhões de doses do fabricante chinês, e uma pequena remessa deve chegar já este mês. No entanto, a empresa não divulgou dados detalhados de eficácia nem partilhou descobertas através de uma revisão internacional por pares. A falta de transparência deixou os profissionais de saúde filipinos apreensivos.

Certo é que a pandemia expôs anos de subinvestimento em saúde pública nas Filipinas, o que encorajou os profissionais médicos do país a procurarem no estrangeiro empregos com melhor remuneração. O resultado tem sido uma escassez aguda de profissionais de saúde no país.

https://zap.aeiou.pt/filipinas-profissionais-saude-nao-vacina-381960

 

domingo, 21 de fevereiro de 2021

Descoberta fábrica clandestina de álcool ligada a Al Capone ! Estava escondida numa floresta dos EUA !

Uma equipa de arqueólogos da Universidade do Tennessee, nos Estados Unidos, descobriu os restos de uma aparente fábrica clandestina ligada ao lendário gangster norte-americano Al Capone, onde álcool ilegal era produzido durante um período da Lei Seca na década de 1920.


De acordo com o Charleston Post Courier, uma equipa de arqueólogos encontrou os restos de uma aparente fábrica clandestina ligada ao lendário gangster americano Al Capone, onde álcool ilegal era produzido durante um período da Lei Seca ou da Proibição na década de 1920.

No local, localizado no coração da Floresta Nacional Francis Marion, na Carolina do Sul, foram encontrados blocos de cimento, barris, uma mangueira de jardim e outros artefactos usados ​​na destilação de bebidas alcoólicas.

Além disso, os especialistas descobriram um poço de quase quatro metros, além de chapas, suprimentos de carvão e diversos elementos usados ​​para aquecer o líquido com o auxílio de um alambique

As instalações ficam próximas da antiga casa de Benjamin Villeponteaux, cúmplice de Al Capone no negócio de contrabando de bebidas alcoólicas, que teria operado a fábrica clandestina há cerca de 100 anos.

Especialistas estimam que, depois que Villeponteaux ter sido morto num tiroteio, a fábrica continuou a operar nas mãos de contrabandistas rivais.

Durante a proibição da venda, a área, conhecida como Hell Hole Swamp, ficou famosa por ser um dos principais pontos de produção de álcool ilegal. De acordo com o relatório, o próprio Al Capone visitava com frequência as instalações a bordo de uma luxuosa limusina para supervisionar os negócios.

Al Capone, que nasceu em 1899, foi um homem de negócios e gangster que liderou um grupo criminoso que geria diversas atividades criminosas, como apostas, agiotagem, prostituição e, principalmente, comércio e contrabando de bebidas durante a era da Lei Seca, que vigorou nos Estados Unidos nas décadas de 1920 e 1930.

Durante a Lei Seca, a fabricação, transporte e venda de bebidas alcoólicas para consumo foram banidas nos Estados Unidos.

Cofundador do Chicago Outfit, é considerado por muitos como o maior gangster da história americana. Capone era conhecido no seu círculo íntimo pelo apelido de Scarface (“Cara de Cicatriz”), devido a uma cicatriz que tinha no rosto.

Apesar das suas extensas atividades criminosas, Capone conseguiu escapar das autoridades durante muitos anos. Porém, em 1931, foi preso por evasão fiscal e condenado a 11 anos de prisão. Na cadeia, a sua saúde foi-se deteriorando, especialmente devido a sífilis e, após oito anos atrás das grades, foi solto. Capone faleceu em janeiro de 1947.

https://zap.aeiou.pt/descoberta-fabrica-clandestina-alcool-ligada-al-capone-estava-381710

 

Como um mistério de Agatha Christie - Roubos intrigam pequena ilha italiana e todos os habitantes são suspeitos !

Dezenas de roubos meticulosamente planeados numa ilha remota estão a intrigar as autoridades. Num mistério semelhantes aos romances policiais de Agatha Christie, todos os habitantes são suspeitos.


De acordo com o jornal britânico The Guardian, os três polícias de Capraia, uma ilha remota em Toscana, Itália, tem um mistério por resolver em mãos e precisam de encontrar os culpados entre a população de cerca de 400 habitantes.

A maior parte dos roubos, de casas e lojas, ocorre durante o inverno, quando os visitantes se ausentam da ilha, que fica mais perto da Córsega do que da Itália continental e só é acessível por barco, se o tempo permitir.

No incidente mais recente, os ladrões desativaram a câmaras de vigilância de uma tabacaria antes de retirar 60 mil euros do cofre.

Os ladrões também invadiram a casa do vice-presidente da câmara, Fábio Mazzei, em novembro, e fugiram com um cofre com dinheiro e jóias que estavam escondidos em alguns móveis. A maioria dos habitantes guarda o seu dinheiro em casa porque o único banco da ilha fechou no ano passado.

“Isto é muito triste, porque parece que apareceu um ladrão na família. Atacaram no dia certo, pois sabiam que eu ia visitar Pisa. Conheciam muito bem a casa”, disse Mazzei.

A presidente da câmara da ilha, Marida Bessi, disse, em declarações ao jornal italiano  Corriere della Sera, que começam a surgir fendas numa comunidade que costumava serunida, com amigos e vizinhos a olhar-se com desconfiança.

Até agora, a investigação rendeu muitas teorias, mas nenhuma pista. “Os três polícias da ilha são muito bons, estão a fazer tudo o que podem”, disse Bessi. “Mas deveriam ter mais ferramentas de investigação, caso contrário, é realmente uma história de crime insolúvel.”

O facto de a câmara de vigilância da praça estar estragada também está a provar ser outro obstáculo na investigação.

Dois terços dos 19 quilómetros quadrados da ilha foram ocupados por uma colónia penal até 1986 e os habitantes viviam em paz até aos recentes roubos. A população aumenta para cerca de 4.000 durante o verão.

“O risco agora é que o senso de comunidade que sempre tivemos seja prejudicado”, rematou Bessi.

https://zap.aeiou.pt/como-um-misterio-de-agatha-christie-roubos-intrigam-pequena-381425

Deborah deu à luz uma menina após um transplante de útero doado pela própria mãe !

A equipa do hospital Foch, nos arredores de Paris, anunciou que o bebé, uma menina com 1,845 kg, nasceu na passada sexta-feira, dia 12 de fevereiro. A mãe nasceu sem útero devido a uma doença rara, conhecida como Síndrome de Rokitansky, e o órgão foi doado pela avó da criança.


A França registou o primeiro nascimento após um transplante de útero. O anúncio foi feito na quarta-feira pelo hospital Foch, nos arredores de Paris. “Tanto a mãe como a criança estão bem”, disse à AFP Jean-Marc Ayoubi, chefe de ginecologia, obstetrícia e medicina reprodutiva do hospital.

A mãe, identificada apenas como Deborah, nasceu sem útero devido a uma doença rara conhecida como Síndrome de Rokitansky, que afeta cerca de uma em 4.500 mulheres.

A mulher, de 36 anos, recebeu um transplante de útero em março de 2019, uma intervenção realizada pela mesma equipa que a seguiu no parto. O útero foi doado pela própria mãe, avô do bebé, que na altura tinha 57 anos.

“Esperamos cerca de um ano para ter certeza de que o útero transplantado não seria rejeitado”, explicou Ayoubi. Deborah estava grávida de 33 semanas quando deu à luz e o parto correu sem complicações.

De acordo com o Raw Story, o primeiro nascimento após um transplante de útero aconteceu na Suécia, em 2014. Em 2017, uma equipa médica brasileira foi bem sucedida no nascimento de um bebé cuja mãe havia recebido um transplante de útero de uma doadora falecida.

Aconteceram cerca de 20 nascimentos após um transplante de útero em todo o mundo. Estes casos oferecem esperança para mulheres que sofrem de problemas reprodutivos semelhantes, em alternativa à adoção ou barriga de aluguer.

https://zap.aeiou.pt/deborah-deu-luz-transplante-utero-381946

 

A China está a destruir a indústria multimilionária de vinhos da Austrália !

Em novembro, a China impôs tarifas paralisantes sobre o vinho australiano. O mercado chinês era o seu maior importador e está agora a gerar uma crise no setor.


Não há muito tempo, o mercado chinês registou um boom na procura por vinhos estrangeiros. O consumo disparou e, com ele, as empresas de viticultura aproveitaram para expandir a sua distribuição para o mercado asiático. A Austrália era um dos grandes beneficiadores, com os seus vinhos a terem uma grande demanda na China.

A CNN dá a conhecer o caso de Jarrad White, fundador da vinícola Jarressa Estate, localizada numa das principais regiões vinícolas da Austrália. Em meados do ano passado, mais de 96% do seu vinho estava a ser vendido a consumidores na China, cerca de 7 milhões de garrafas por ano.

No entanto, a degradação recente das relações diplomáticas com a China está a destruir a indústria multimilionário de vinhos da Austrália. Em novembro, Pequim anunciou novas tarifas sobre o vinho australiano como parte de uma “investigação antidumping”.

O dumping é uma prática comercial que consiste em ou mais empresas de um país venderem a outro os seus produtos, mercadorias ou serviços por preços muito abaixo do seu valor justo. As medidas antidumping têm como objetivo neutralizar os efeitos danosos à indústria nacional causados pelas importações objeto de dumping.

Jarrad White diz que desde então nunca mais vendeu uma garrafa de vinho para a China. Enquanto as tarifas não são retiradas, centenas de milhares de garrafas acumulam-se em armazéns. “Está a prejudicar-nos dramaticamente”, confessa o empreendedor.

Como White, centenas de outros empresários australianos estão na mesma situação. Muitos deles investiram forte no mercado chinês e agora vêm que os seus esforços podem ter sido em vão. E não são só os vinhos: carne e madeira também têm encontrado dificuldades em entrar no mercado chinês.

Se a indústria vinícola já estava a ter um ano complicado devido à pandemia de covid-19, o desaparecimento do mercado chinês não tem ajudado em nada as aspirações das empresas australianas.

https://zap.aeiou.pt/china-destruir-vinhos-australia-381447

 

Terramoto na região de Fukushima estimula libertação de água na central nuclear !

Após o terremoto que atingiu a região no fim de semana passado, os níveis de água caíram em dois dos reatores da central nuclear de Fukushima, o que pode indicar problemas adicionais.


A situação podem complicar ainda mais o difícil processo de desativação da central, que se espera que demore várias décadas.

O porta-voz da Tokyo Electric Power Co., Keisuke Matsuo, disse que a queda nos níveis de água nos reatores 1 e 3 indica que os estragos existentes nas suas câmaras de contenção foram agravados pelo terremoto de magnitude 7,3 que ocorreu no sábado, e tem permitido uma maior libertação da água.

Matsuo estima que a água que está a ser libertada tenha permanecido dentro do edíficio do reator e não há sinal de impacto externo, acrescentando que a TEPCO irá monitorizar a água e as temperaturas no fundo dos vasos de contenção.

Desde o acidente de 2011 que a água usada para resfriar o local tem-se vindo a libertar. Para compensar as perdas, tem sido adicionada água adicional para arrefecer o combustível derretido que permanece dentro dos reatores.

A TEPCO revelou inicialmente que não havia nenhuma anomalia na planta do edíficio devido ao terremoto de sábado.

Porém, Matsuo revelou que o nível da água caiu até 70 centímetros na câmara de contenção primária do reator 1 e cerca de 30 centímetros no 3.

O aumento da libertação pode exigir que seja adicionada mais água aos reatores, o que resultaria em mais água contaminada, que posteriormente é tratada e armazenada em enormes tanques.

De recordar que na passada sexta-feira, o Supremo Tribunal de Tóquio responsabilizou o governo e a TEPCO pelo acidente nuclear de 2011, sendo que agora ambos têm de pagar cerca 2,6 milhões de dólares em recompensas por danos causados.

A decisão reverte uma anterior do tribunal distrital de Chiba que excluía o Executivo nipónico de responsabilidades, diz o TechXplore.

https://zap.aeiou.pt/libertacao-agua-central-fukushima-381993

 

Detetado na Rússia primeiro caso de transmissão a humanos de estirpe da gripe das aves !

A Rússia anunciou este sábado detetado o primeiro caso de transmissão a humanos da estirpe H5N8 do vírus da gripe das aves, tendo informado a Organização Mundial de Saúde desta “importante descoberta”.


“O laboratório confirmou o primeiro caso de infeção de uma pessoa pelo vírus do grupo A, a gripe aviária AH5N8”, disse Anna Popova, diretora da agência sanitária russa Rospotrebnadzor.

O vírus foi detetado em sete pessoas infetadas num aviário localizado no sul da Rússia, onde uma epidemia de gripe das aves afetou os animais em dezembro de 2020, adiantou Anna Popova, acrescentando que os doentes “se sentem bem” e não têm complicações.

Foram tomadas medidas rapidamente para controlar a situação” neste foco de infeção, garantiu a responsável, citada pela agência France-Presse.

Apesar de esta estirpe do H5N8 ter cruzado “a barreira intraespécies” e transmitir-se também a pessoas, “esta variante do vírus não é transmitida de pessoa para pessoa atualmente”, declarou Anna Popova, adiantando que a informação já foi remetida à OMS.

Segundo a responsável da agência sanitária, esta descoberta “dá ao mundo tempo para se preparar”, criando testes e uma vacina, “no caso de este vírus se tornar mais patogénico e mais perigoso para o homem, e adquira a capacidade de ser transmitido de pessoa para pessoa”.

Estaríamos, então, totalmente armados e totalmente preparados”, acrescentou.

O vírus da gripe das aves está a espalhar-se em vários países europeus, incluindo França, onde milhões de animais foram abatidos para impedir a progressão da doença.

No passado dia 5 de janeiro, o Ministério da Agricultura francês informou que mais de 200 mil patos tinham sido abatidos no país, para travar a progressão de vários surtos de gripe aviária, tendo ainda avançado que outras 400 mil aves também seriam abatidas preventivamente.

https://zap.aeiou.pt/detetado-na-russia-primeiro-caso-transmissao-humanos-estirpe-da-gripe-das-aves-382199

Nova tecnologia consegue finalmente traduzir a linguagem inuíte !

No final de janeiro, a Microsoft anunciou que o inuctitute ia ser adicionada ao seu tradutor de texto online. É a primeira vez que uma língua indígena falada no Canadá é adicionada.


De acordo com o Vice, qualquer um dos 70 idiomas que existem no Microsoft Translator pode ser agora traduzido de ou para o inuctitute, o principal dialeto dos inuítes que é falado por 40 mil pessoas do Alasca à Gronelândia e a língua materna de 65% da população de Nunavut.

“A capacidade de comunicar através desses meios é vital para a preservação do inuctitute”, disse Margaret Nakashuk, ministra da Cultura e Património de Nunavut.

Como o inuctitute é o idioma oficial de Nunavut, juntamente com o inglês e o francês, o Microsoft Translator pode ser uma ferramenta útil para ajudar a garantir a conformidade com a legislação linguística. “Eu testei e é uma ótima ferramenta para ser o primeiro passo para garantir que as obrigações estão a ser cumpridas pelo setor privado e pelas instituições territoriais”, disse Karliin Aariak, comissária de idiomas de Nunavut.

Para criar o tradutor, a Microsoft trabalhou em estreita colaboração com o Governo de Nunavut, e falantes voluntários validaram e testaram as traduções.

Um projeto de tradução padronizado para o inuctitute é complicado pela diversidade de dialetos falados no Ártico, que geralmente são mutuamente compreensíveis, mas têm diferenças locais.

O legado de colonização e assimilação do Canadá resultou na perda de falantes de muitas comunidades indígenas, mas as iniciativas lideradas pelos indígenas estão ativamente a tentar tornar as línguas maternas antes ameaçadas mais acessíveis.

Hoje, existem mais de 70 línguas indígenas faladas por cerca de 260 mil pessoas no Canadá, mas mais da metade delas estão em risco de extinção. Apesar dos esforços recentes para revitalizar as línguas inuítes em Nunavut, os falante caíram de 72% para 65% entre 2001 e 2016.

“A língua faz parte da identidade, mesmo que não a fale ou não a use regularmente, por isso é importante que o Governo reconheça que os povos indígenas têm a sua própria língua e isso é importante para a  forma de pensar”, disse Louis-Jacques Dorais, falante e investigador da língua e cultura inuíte na Université Laval.

Por enquanto, os falantes dizem que o tradutor precisa de um “segundo par de olhos” para examinar as traduções, mas muitos consideram a ferramente uma forma significativa de preservar o inuctitute.

A ferramenta da Microsoft, contudo, está longe de ser perfeita. Solomon Awa, gerente de marketing linguístico da Inuit Uqausinginnik Taiguusiliuqtiit, uma organização sediada em Nunavut que promove e protege a língua inuíte, disse que falantes fluentes reconheceriam as traduções de baixa qualidade, mas pessoas menos familiarizadas com o idioma talvez não.

“Às vezes está perto, mas às vezes dava o significado oposto ou um que era enganoso”, afirmou Awa.

O inuctitute é uma linguagem polissintética, o que significa que constrói frases ao adiconar elementos que descrevem lugar, tempo, tamanho e muito mais numa palavra raiz. Com cada sufixo ou afixo adicionado, o significado da palavra raiz muda completamente. Por esse motivo, o inuctitute usa palavras simples para expressar o que outras línguas precisam de uma frase completa para dizer.

https://zap.aeiou.pt/nova-tecnologia-consegue-finalmente-traduzir-linguagem-inuite-381689

 

Joe Biden declara estado de catástrofe para o Texas !

O Presidente norte-americano, Joe Biden, declarou este sábado o estado de catástrofe no estado do Texas, e deu indicações às agências federais para identificarem recursos que possam fazer face às necessidades mais urgentes e ao sofrimento da população.

Joe Biden afirmou, na sexta-feira, que pretende viajar para aquele estado na próxima semana, mas sublinhou não desejar que a sua presença no Texas possa de alguma forma prejudicar os esforços que estão a ser feitos para atender as necessidades da população.

Eles estão a trabalhar imenso para tomar conta da população”, disse o Presidente norte-americano, referindo-se às autoridades estaduais texanas.

Este é o terceiro estado de catástrofe declarado por Biden, depois de Oklahoma e Louisiana, devido a tempestades de inverno, que mergulharam a região num estado de congelamento profundo invulgar, que deixou milhões de pessoas a tremer, em casas desprovidas de energia e calor, e muitas mesmo sem água.

Pelo menos 69 mortes em todo país foram atribuídas às intempéries fora de época. A vaga de frio que assola os EUA deixou milhões sem eletricidade, depois de as redes de energia terem colapsado por sobrecarga, perante as baixas temperaturas.

As concessionárias elétricas dos estados de Minnesota, Texas e Mississippi, entre outras, provocaram apagões repetidos para aliviar a carga sobre as redes de energia que se esforçavam para atender à extrema procura de calor e eletricidade.

Quase três milhões de clientes ficaram sem energia no Texas, Louisiana e Mississippi e mais de 200 mil pessoas foram afetadas pelos cortes de eletricidade em quatro estados da região do oeste, assim como outras tantas no noroeste do Pacífico, de acordo com as autoridades que rastreiam relatórios de interrupções de serviços públicos.

A Agência Federal de Gestão de Emergências enviou dezenas de geradores e abastecimentos, incluindo combustível, água, cobertores e refeições prontas a consumir, para as áreas afetadas.

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Afinal, Adolf Hitler não tinha ascendência judaica !

Desde o final da Segunda Guerra Mundial que existem muitas teorias de que Adolf Hitler é descendente de judeus. A questão tem sido alvo de um intenso debate entre vários historiadores, mas não há nenhuma justificação suficientemente palpável para a corroborar.


Adolf Hitler liderou um regime que massacrou milhões de pessoas em toda a Europa, onde as principais vítimas foram os judeus. Como tal, foi um choque quando o advogado do líder nazi, Hans Frank, afirmou, antes da sua execução em 1946, que o ditador tinha uma costela judaica.

Como advogado pessoal do Fuhrer, e governador-geral da Polónia durante a Segunda Guerra, Hans Frank acabou por ser executado durante os julgamentos de Nuremberga em 1946. Em 1953, sete anos depois, as suas memórias e declarações foram publicadas no livro Im Angesicht des Galgens.

O que não se esperava é que este pudesse conter uma revelação bombástica: Frank sugeriu que Adolf Hitler era descendente de judeus.

O braço direito dos nazis afirmou que realizou uma investigação sobre a árvore genealógica de Hitler a pedido do próprio em 1930. De acordo com Frank, o meio-sobrinho do ditador havia encontrado evidências da sua ascendência judaica e estava a usar essas informações para o ameaçar.

No livro é descrito que a avó paterna de Hitler, Maria Anna Schicklgruber, teria sido cozinheira de uma família judia em Graz, na Áustria. Durante este período, supostamente, Schicklgruber engravidou de um homem desconhecido e deu à luz o pai de Hitler, Alois Schicklgruber, em 1837. O bebé foi registado como uma “criança ilegítima” quando nasceu, uma vez que o paradeiro do seu pai era desconhecido.

Ao longo da sua vida, o Fuhrer sempre disse que Johann Georg Hiedler – o homem que se casou com Maria Anna Schicklgruber em 1842 – era o seu avô paterno e todos acreditavam nessa versão.

No entanto, contra todos os argumentos, Frank sugere que o pai de Alois era o filho do patrão de Maria Anna Schicklgruber, Frankenberger Sr.

Hans Frank garantiu que as cartas entre Schicklgruber e Frankenberger corroboravam essa teoria, já que este havia enviado dinheiro à jovem para pagar uma pensão de alimentos. O advogado sugeriu isso como uma evidência de que o avô paterno de Hitler era realmente judeu.

Contudo, e como realça o Ati, de acordo com a lei tradicional judaica, o status de judeu é apenas transmitido pela mãe. Uma vez que a suposta descendência de Hitler teria sido transmitida apenas através do seu pai, isso significaria que um ritual de conversão seria necessário para que este fosse considerado judeu.

Várias teorias sem fundamento

Durante a década de 1950, o autor alemão Nikolaus von Preradovich encontrou uma falha nos argumentos de Frank. Preradovich disse ter descoberto que “não havia judeus em Graz antes de 1856”, mas isso não impediu que a história sobre a herança genética de Hitler se difundisse.

A teoria da ascendência judaica de Hitler ressurgiu em 2019 quando o psicólogo Leonard Sax divulgou um artigo onde analisou a alegação. No estudo, publicado no Journal of European Studies, Sax revelou ter encontrado evidências nos arquivos austríacos de que havia de facto uma comunidade judaica em Graz antes de 1850, ao contrário do que tinha dito Preradovich.

De acordo com de Sax, Emanuel Mendel Baumgarten, um dos primeiros indivíduos judeus eleitos para o conselho municipal de Viena em 1861, havia pedido ao governador da Estíria – a província austríaca onde Graz está localizada – para levantar as restrições aos judeus que viviam na região.

Ainda assim, estas justificações não foram suficientes para provar que o avô paterno do ditador era judeu. Desta forma, a teoria da conspiração foi rejeitada por muitos historiadores.

O historiador Richard Evans, autor da Trilogia do Terceiro Reich, foi um dos especialistas que contestou o estudo de Sax. “Mesmo que houvesse judeus a viver em Graz na década de 1830, na época em que o pai de Adolf Hitler, Alois, nasceu, isso não prova nada”, explicou.

Evans recorda ainda que Frank teve um desentendimento com Hitler e estava a enfrentar uma sentença de morte, razões que o fazem acreditar que o advogado já não tinha nada a perder ao publicar um livro que, provavelmente, estava carregado de mentiras.

Além disso, Evans diz não haver nenhuma evidência de que a avó de Hitler esteve em Graz, nem qualquer prova de que uma família com o apelido “Frankenberger” estava a morar na zona durante esse período.

Também o historiador Ian Kershaw apontou, no livro Hitler 1889-1936: Hubris, lançado em 1998, que o homem que supostamente seria o avô de Hitler teria apenas 10 anos quando Alois nasceu.

Ao contrário de Hitler, Eva Braun, a sua companheira, tinha antepassados judeus. Em 2014, um documentário do canal britânico Channel 4 teve por base um cabelo que alegadamente pertenceu a Braun, no qual foi encontrado um fragmento de ADN transmitido pela linha maternal – o haplogrupo N1b1 – associado aos judeus asquenazim, de origem europeia.

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