quinta-feira, 27 de maio de 2021

Desvio de avião pela Bielorrússia “só foi possível com o apoio do Kremlin” !

O sequestro do avião da Ryanair por parte da Bielorrússia só foi possível com o apoio dos serviços de inteligência do Kremlin, que nunca virou as costas ao Presidente Alexander Lukashenko, disse à Lusa uma analista.


Para Judy Dempsey – analista do grupo de reflexão Carnegie Europe e diretora executiva da publicação Strategic Europe – o recente episódio do sequestro do avião da Ryanair e a detenção do opositor do regime da Bielorrússia Roman Protasevich teve de contar com o know-how de logística dos serviços de inteligência russos.

A analista chega a esta conclusão por causa da complexidade da operação e também pelo contexto político de relacionamento entre os dois países.

“Não sabemos muito do que está a acontecer. Mas sabemos que Moscovo nunca virou as costas a Lukashenko, até porque Putin mantém a esperança de conseguir trazer a Bielorrússia para a esfera de influência da Rússia”, explicou Dempsey, em declarações à Lusa.

Esta especialista em política internacional considera que o gesto da Bielorrússia foi uma “aposta de alto risco“, porque resultou numa união de toda a comunidade internacional num protesto inequívoco, deixando o seu Governo à mercê de uma condenação quase consensual. “Este episódio uniu os 27 países. Porque perceberam que isto poderia ter acontecido com qualquer um deles”, explicou Judy Dempsey.

Nesse sentido, o caso não favorece os interesses de Moscovo, já que o Presidente russo sempre apostou numa estratégia de dividir a Europa, criando clivagens entre os diferentes países da comunidade, para reforçar a sua posição de ameaça. “Por isso é que comecei por dizer que ainda não conhecemos bem tudo o que se passou”, concordou.

A analista do Carnegie Europe também não acredita que Putin consiga fazer a união da Rússia e com a Bielorrússia, apesar do continuado “namoro” do Kremlin ou da pressão exercida através da dependência energética, particularmente do gás.

“Lukashenko não tem legitimidade política para atuar. Mesmo que Putin queira essa união dos dois países, não a vai conseguir com Lukashenko e não a vai conseguir com outro Presidente, porque o povo bielorrusso não está interessado nessa ligação”, disse Dempsey.

Mas a analista admite que Putin possa estar a criar um plano para a sucessão de Lukashenko. “Nesse caso, é preciso ter cuidado. Muito cuidado”, alertou a especialista, para quem este é o momento para a União Europeia (UE) desenhar uma estratégia para este problema e confrontar Lukashenko com os seus próprios problemas de legitimidade.

“As sanções económicas são táticas, não são decisões estratégicas”, defendeu Judy Dempsey, para quem a UE não está a agir com suficiente clareza e determinação.

Judy Dempsey considera que as autoridades europeias deviam apostar na transição de poder na Bielorrússia, em vez de usar uma tática de confrontação e de medidas sancionatórias. “Os europeus deviam estar a apoiar a mudança política na Bielorrússia, apoiando os movimentos políticos de oposição”, concluiu a analista.

Esta quarta-feira, o Presidente da Bielorrússia considerou que o país está a ser alvo de “ataques” que passaram os limites.

“Passaram muitas linhas vermelhas e os limites do bom senso e da moralidade humana”, disse Lukashenko aos membros do Parlamento, de acordo com a agência de notícias estatal Belta, citada pela AFP.

https://zap.aeiou.pt/desvio-aviao-apoio-do-kremlin-405189

 

Há um país no mundo onde a pandemia pode ter ajudado a salvar vidas !

O ano de 2020 foi sinónimo de aumento na taxa de mortalidade de vários países, com a pandemia de covid-19 a fazer milhares de mortos pelo mundo fora. Mas ainda assim houve um país que conseguiu diminuir o seu número de óbitos.


Em 2020, os Estados Unidos, o Brasil e a Índia foram alguns dos países que registaram mais óbitos devido ao novo coronavírus. Esta situação, faz com que tenham visto a sua taxa de mortalidade subir a pique durante o ano passado.

Por outro lado, há países onde a crise de saúde pública em nada influenciou os seus cálculos demográficos. É o caso da Noruega e da Dinamarca, onde as mortes observadas em 2020 foram efetivamente iguais às das tendências históricas, sugerindo que a pandemia não afetou significativamente a mortalidade geral.

Contudo, há um país que conseguiu o que parecia ser impossível. Na Nova Zelândia, a mortalidade caiu abaixo do esperado no ano de 2020.

Embora este resultado seja notável, não é uma surpresa, pois a Nova Zelândia foi um verdadeiro caso de sucesso na contenção da pandemia.

“A Nova Zelândia destacou-se como o único país que teve mortalidade abaixo do esperado em todas as faixas etárias, tanto em homens quanto em mulheres, sem diferença de sexo nas taxas de mortalidade excessiva, o que pode ser potencialmente atribuído à estratégia de eliminação do país no início do pandemia”, explicam os investigadores no estudo publicado no jornal The BMJ.

Para já, ainda não há dados que expliquem esta tendência no país, mas os autores do estudo vão mais longe e dizem até que a pandemia pode ter ajudado a diminuir a taxa de mortalidade.

Ainda assim, os especialistas acreditam que o aumento das medidas de saúde pública pode ter tido um efeito protetor sobre a população, levando a quedas significativas na mortalidade por gripe sazonal e pneumonia, que em anos normais costumam fazer muitas mortes.

De recordar que, logo que a pandemia eclodiu, a Nova Zelândia foi um dos primeiros países do mundo a restringir as viagens na totalidade e a aplicar uma série de medidas internas.

Contrariamente, em outros sítios do planeta as coisas não correram tão bem e o efeito da mortalidade excessiva da pandemia foi muito além das mortes que podem ser atribuídas diretamente aos casos de covid-19, escreve o Science Alert.

https://zap.aeiou.pt/pais-onde-pandemia-salvar-vidas-404809

 

Misteriosa base aérea está a ser construída em ilha vulcânica ao largo do Iémen !

Uma misteriosa base aérea está a ser construída numa ilha vulcânica ao largo do Iémen. A ilha situa-se num dos principais pontos de estrangulamento marítimo do mundo.


As autoridades do governo internacionalmente reconhecido do Iémen suspeitam que os Emirados Árabes Unidos estão por trás da construção, embora o país tenha anunciado em 2019 que estava a retirar as suas tropas de uma campanha militar liderada pelos sauditas contra os rebeldes hutis do Iémen.

“Este parece ser um objetivo estratégico de longo prazo para estabelecer uma presença relativamente permanente”, referiu Jeremy Binnie, editor do Oriente Médio da empresa de inteligência de código aberto Janes.

A pista da Ilha Mayun permite a quem a controla projetar força no estreito e lançar ataques aéreos contra o Iémen. Também fornece uma base para qualquer operação no Mar Vermelho, no Golfo de Aden e na vizinha África Oriental.

Imagens de satélite do Planet Labs, obtidas pela Associated Press, mostraram veículos a construir uma pista de 1,85 km na ilha a 11 de abril. A 18 de maio, a obra parecia já estar concluída.

Segundo o The Guardian, uma pista tão extensa pode albergar aeronaves de ataque, vigilância e transporte.

Em declarações à AP, as autoridades, que preferiram manter o anonimato, disseram que os navios chegados dos Emirados transportavam armas, equipamentos e tropas militares para a Ilha Mayun nas últimas semanas.

Revelaram ainda que a tensão recente entre os Emirados Árabes Unidos e o presidente do Iémen, Abd Rabbu Mansour Hadi, surgiu numa altura em que os Emirados pressionaram o Governo para que assinasse um contrato de arrendamento com duração de 20 anos para Mayun. Contudo, as autoridades dos Emirados não reconheceram nenhuma discordância.

Questionadas pela Associated Press sobre a construção da base aérea na ilha vulcânica, as autoridades dos Emirados em Abu Dhabi e a embaixada do país em Washington não responderam aos pedidos de comentários.

Mayun, também conhecida como Ilha Perim, fica a três quilómetros da extremidade sudoeste do Iémen. As potências mundiais reconheceram a localização estratégica da ilha durante centenas de anos, especialmente com a abertura do Canal de Suez que liga o Mediterrâneo ao Mar Vermelho.

https://zap.aeiou.pt/misteriosa-base-aerea-ilha-iemen-405012

 

“Hitler estava certo.” - BBC investiga jornalista que comparou Israel à Alemanha Nazi !

A BBC está a investigar a atividade de uma das suas jornalistas nas redes sociais, que comparou Israel à Alemanha Nazi.


A BBC, emissora de rádio e televisão pública do Reino Unido, está a investigar várias publicações feitas nas redes sociais, nomeadamente no Twitter, pela jornalista Tala Halawa, especialista em assuntos da Palestina.

Halawa comparou Israel à Alemanha Nazi. Num dos tweets publicados em 2014 lê-se: “Israel é mais nazi do que o Hitler”. E termina com: “Hitler estava certo“.

Segundo o The Independent, o grupo Honest Reporting destacou uma série de tweets da jornalista durante o conflito de Gaza de 2014, incluindo publicações onde se lia que “os sionistas não se cansam do nosso sangue” e que apelidava os sionistas de “estúpidos“.

A jornalista trabalha atualmente como especialista em assuntos da Palestina para a BBC Monitoring – parte da produção do Serviço Mundial da BBC – e tem feito a cobertura do recente conflito em Gaza.

Um porta-voz da BBC revelou que os tweets em causa foram publicados antes de Tala Halawa começar a trabalhar para a estação britânica. “Mesmo assim, estamos a levar o caso muito a sério e a investigar“, acrescentou.

Atualmente, a conta de Twitter da jornalista não está disponível.

Recentemente, a agência de notícias norte-americana Associated Press suspendeu a jornalista Emily Wilder por violar a política da empresa, depois de ter publicado alguns tweets relacionados com a Palestina.

Wilder, de 22 anos, afirmou que a sua demissão fazia parte de um padrão mais amplo de censura contra repórteres pró-Palestina.

https://zap.aeiou.pt/hitler-estava-certo-bbc-investiga-jornalista-404942

 

Espanha procura jihadistas sírios que entraram em Ceuta !

Os serviços de informações espanhóis estão à procura de um grupo de radicais, recentemente regressados da Síria, que entraram em Ceuta, informaram as autoridades, que estão mesmo a trabalhar com Marrocos.


Segundo avançou esta terça-feira o Vanguardia, os indivíduos foram identificados nas imagens reveladas de pessoas que cruzaram a fronteira de El Tarajal. Desde a semana passada que os serviços de informações espanhóis reforçaram a presença em Ceuta, com a Guardia Civil e a Polícia Nacional a aumentarem os efetivos na zona.

De acordo com a RTP, que cita a agência Lusa, as autoridades espanholas referiram que entre as nove a dez mil pessoas que cruzaram a fronteira estão membros do exército marroquino, situação que tem gerado preocupação.

O Governo de Ceuta indicou que mais de 800 menores marroquinos entraram ilegalmente na semana passada, aguardando a resolução da sua situação, cujo processo de repatriamento é dificultado pela falta de documentos de identificação.

Cerca de 7.800 pessoas já foram devolvidas a Marrocos desde o início da crise. Milhares de migrantes, maioritariamente jovens, entraram ilegalmente em Ceuta na semana passada.

Esta última crise entre Espanha e Marrocos deve-se à permanência em Madrid do secretário-geral da Frente Polisário, Brahim Ghali, por motivos de saúde. Considerado como um grupo terrorista por Rabat, reivindica o direito à autodeterminação no Saara Ocidental, território que foi colónia espanhola e posteriormente ocupado pelo Marrocos.

https://zap.aeiou.pt/espanha-jihadistas-sirios-ceuta-405048

 

Milhões de vacinas podem ser desperdiçadas em Hong Kong - Tudo devido à desconfiança !

A campanha de vacinação está longe do sucesso esperado, devido à desconfiança do governo local. Milhões de doses da Pfizer-BioNTech poderão ser desperdiçadas.


Um especialista de Hong Kong alertou que a desconfiança da população em relação às vacinas contra a covid-19 poderá obrigar as autoridades a deitar fora milhões de doses da Pfizer-BioNTech, que expiram nos próximos três meses.

“Todas as vacinas têm uma data de validade“, disse esta terça-feira Thomas Tsang, antigo responsável do Centro de Proteção da Saúde, à rádio estatal RTHK.

“Não podem ser utilizadas após a data de expiração, e os centros de vacinação que administram a [vacina] BioNTech deixarão de funcionar após setembro, de acordo com o calendário atual”, acrescentou. “O mundo inteiro luta para conseguir vacinas“, sublinhou, considerando “injusto” que Hong Kong não esteja a utilizar as doses disponíveis.

A antiga colónia britânica é um dos raros territórios do mundo a ter conseguido doses suficientes para vacinar toda a população, de 7,5 milhões de habitantes, mas a campanha de vacinação está longe do sucesso esperado, muito por causa da desconfiança em relação ao governo local, considerado por muitos como o braço da repressão da China, após as manifestações de 2019.

Na origem da fraca procura das vacinas poderá estar também a falta de informação e a baixa circulação do vírus em Hong Kong, levando muitas pessoas a considerar que não há urgência na vacinação.

A relutância em relação à vacinação é partilhada até pelos trabalhadores do setor da saúde. Há algumas semanas, as autoridades hospitalares revelaram que apenas um terço do pessoal, considerado prioritário, tinha sido vacinado, de acordo com a agência France-Presse (AFP).

Hong Kong comprou 7,5 milhões de doses da vacina desenvolvida pela empresa farmacêutica norte-americana Pfizer e a alemã BioNTech, e igual número de doses da vacina da farmacêutica chinesa Sinovac, que ainda não foi aprovada pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Hong Kong também tinha encomendado previamente 7,5 milhões de doses da vacina da AstraZeneca, antes de recuar, explicando que preferia utilizar o orçamento para vacinas de segunda geração.

Até agora, Hong Kong recebeu quase 3,3 milhões de doses da vacina da Pfizer-BioNTech, mas apenas 1,2 milhões foram administradas. Segundo a AFP, 19% da população recebeu a primeira dose, tendo 14% completado a vacinação.

Nas últimas semanas, políticos de Hong Kong sugeriram que a antiga colónia britânica deveria enviar as doses não utilizadas para o estrangeiro, se mais habitantes não solicitarem a vacina.

No início deste ano, o governo anunciou a distribuição de vales de compras de 5.000 dólares de Hong Kong (526 euros) para impulsionar a economia, tendo havido propostas de que fossem condicionados à vacinação. A chefe do executivo, Carrie Lam, rejeitou no entanto esta terça-feira a sugestão.

“Oferecer dinheiro ou algo tangível para levar as pessoas a serem vacinadas não deve ser feito pelo governo”, disse, considerando que isso poderia “ter o efeito oposto ao pretendido”.

https://zap.aeiou.pt/vacinas-desperdicadas-hong-kong-404935

 

quarta-feira, 26 de maio de 2021

UE espera ter toda a população vacinada em setembro !

A União Europeia (UE) conta receber mais de mil milhões de vacinas até ao final de setembro, fornecidas por quatro farmacêuticas, estando confiante de que até essa data conseguirá imunizar toda a população europeia, que conta com 450 milhões de pessoas.


Segundo um documento da Comissão Europeia (CE) apresentado aos líderes da UE, a que a agência Reuters teve acesso, este objetivo supera a meta inicial de inocular 70% da população adulta até ao final do verão. O documento indica que a UE espera receber 413 milhões doses até ao final do segundo trimestre e 529 milhões entre julho e setembro.

Esta previsão inclui as vacinas da Pfizer-BionTech, Johnson &Johnson, AstraZeneca e Moderna, ficando de fora a CureVac e a Sanofi, que estão em desenvolvimento.

A UE, que no primeiro trimestre do ano recebeu 106 milhões de vacinas, quer ainda partilhar pelo menos 100 milhões de doses aos países mais pobres.

De acordo com o Público, quase metade dos adultos da UE já recebeu a primeira dose da vacina, num total de 300 milhões de doses entregues, disse esta terça-feira a CE, falando em “progressos constantes”. “Fizemos progressos constantes em matéria de vacinação na UE”, divulgou a líder do executivo comunitário, Ursula von der Leyen, no Twitter.

Das 300 milhões de doses entregue aos Estados-membros, 245 milhões já foram administradas na UE e a 46% da população adulta (170 milhões de pessoas) já recebeu pelo menos uma dose do fármaco. “Esta semana vamos atingir um novo marco: metade dos adultos da UE terão recebido a sua primeira dose”, continuou Von der Leyen.

A ferramenta ‘online’ do Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC) para rastrear a vacinação da UE revelou que 17,3% da população recebeu as duas doses da vacina, enquanto cerca de 40,7% recebeu a primeira dose.

https://zap.aeiou.pt/ue-populacao-vacinada-setembro-404927

 

Corpo de homem desaparecido encontrado no interior de estátua de dinossauro !

As autoridades espanholas acreditam que o indivíduo entrou na estátua de dinossauro para tentar apanhar o seu telemóvel.


Um homem de 39 anos, que estava desaparecido, foi encontrado morto dentro de uma estátua de dinossauro na província de Santa Coloma de Gramenete, em Barcelona. O The Independent escreve que o indivíduo terá caído e ficado preso ao tentar recuperar o telemóvel.

Um pai e filho deram o alerta, depois de terem reparado, na tarde de sábado, que algo estava no interior da estátua de um estegossauro feito de papel maché. A dupla chamou a polícia ao local e os bombeiros recuperaram o corpo do homem, que estava na perna do dinossauro.

Uma porta-voz dos Mossos d’Esquadra referiu que a morte do homem parece ter sido acidental, não havendo indícios de crime.

“Encontrámos o corpo de um homem no interior de uma das pernas da estátua do dinossauro. É uma morte acidental, não houve violência. Esta pessoa entrou dentro da estátua e ficou presa. Parece que estava a tentar recuperar um telemóvel, que deixou cair. Aparentemente, entrou de cabeça na estátua e não conseguiu sair”, explicou.

A investigação do incidente continua em curso. “Ainda estamos à espera dos resultados da autópsia, por isso não sabemos quanto tempo lá ficou, mas parece que foi cerca de dois dias“, acrescentou o porta-voz.

O homem tinha sido dado como desaparecido pela família horas antes de ter sido encontrado.

https://zap.aeiou.pt/corpo-no-interior-de-estatua-dinossauro-404936

 

Dayaal tem três anos e quase igualou o QI de Albert Einstein !

Uma menina de três anos, que vive em Birmingham, no Reino Unido, quase igualou a pontuação de Albert Einstein num teste de QI organizado pela associação internacional de superdotados Mensa.


Dayaal Kaur, de apenas três anos, obteve um resultado de 142 pontos no teste de quociente de inteligência (QI) da associação Mensa, uma pontuação não muito abaixo do resultado estimado de Albert Einstein, conta a rede televisiva RT.

A menina, que vive em Birmingham, no Reino Unido, havia demonstrado muitas capacidades desde o seu nascimento, por isso os pais decidiram submetê-la ao teste desta associação internacional de superdotados. Com apenas 13 meses, por exemplo, a criança já conseguia contar até 15 e, um mês depois, sabia dizer o alfabeto.

A prova revelou que a inteligência de Dayaal estava no percentil 99,9 para a sua idade e que tinha uma capacidade de reconhecer palavras e habilidades matemáticas de uma menina de cinco anos.

“O seu QI é de 142 aos três anos. Pelos vistos, o QI máximo estimado de Einstein foi 160 e não tenho a certeza de quantos anos tinha quando soube este resultado”, disse o pai de Dayaal, Sarbjit Singh, citado pelo Birmingham Live.

Após a admissão na famosa associação, Dayaal recebeu uma oferta para estudar numa escola privada em Edgbaston, com um valor de matrícula mais reduzido, mas os pais dizem que, mesmo assim, fica acima das suas possibilidades. “É como ter um Bentley e não poder conduzi-lo”, lamentou o progenitor.

Por enquanto, a menina foi também aceite na escola primária da sua localidade e a família já pediu que avance um ano letivo para garantir que a sua aprendizagem é estimulada.

“Pode tornar-se uma futura líder mundial, ou ganhar um prémio Nobel, ou até mesmo vir a trabalhar num café. Pode ser o que ela quiser, desde que tenha sempre um sorriso no rosto, isso é o mais importante”, disse ainda o pai.

https://zap.aeiou.pt/dayaal-quase-igualou-qi-einstein-404815

 

Há um vírus a preocupar os cientistas que pode desencadear “pandemias desastrosas” !

O novo surto da gripe das aves (H5N8) pode “saltar” de uma espécie para outra e tem o potencial de explodir naquela que seria uma “pandemia desastrosa”.


Em fevereiro, sete trabalhadores de um aviário na Rússia testaram positivo para o H5N8. Nesse mesmo mês, a Organização Mundial da Saúde (OMS) avaliou a situação e concluiu que o risco de transmissão entre humanos era baixo.

No entanto, há cientistas que consideram o problema grave e que pensam que o vírus da gripe aviária tem sido ignorado porque a atual pandemia desviou todas as atenções.

Recentemente, dois investigadores escreveram um artigo na Science no qual alertam que o H5N8 pode “saltar” de uma espécie para a outra e ter o potencial de explodir naquela que seria uma “pandemia desastrosa“.

As regiões geográficas afetadas têm vindo a expandir-se continuamente e pelo menos 46 países comunicaram surtos do AIV H5N8 altamente patogénicos”, escreveram os investigadores, citados pelo IFL Science.

“A rápida propagação global deste vírus da gripe aviária altamente patogénico e a sua capacidade demonstrada de atravessar a barreira das espécies, transmitindo-se para os seres humanos, torna-o uma grande preocupação não só para a agricultura e segurança da vida selvagem, mas também para a saúde pública global“, salientam.

Os surtos deste vírus já levaram ao abate de milhões de aves. Para adensar o problema, os cientistas alertam para a possível transmissão do H5N8 para os seres humanos.

No caso do surto russo, todos os pacientes permaneceram assintomáticos. Embora tenha havido alguma especulação de que a transmissão de pessoa para pessoa pode mesmo acontecer, as autoridades de saúde dizem que o risco é baixo.

O novo artigo da Science refere que o H5N8 tem potencial para causar sérios problemas à saúde pública, mas nem tudo são más notícias: os cientistas salientam que existe a hipótese de prevenir uma potencial pandemia.

Apesar de a covid-19 ter ajudado a refinar as medidas mundiais de controlo e contenção de surtos de doenças, os investigadores sublinham que a agricultura e a vigilância de doenças emergentes têm de ser alvo de algumas mudanças.

O comentário na revista Science é assinado por Weifeng Shi, da Escola de Saúde Pública e Departamento de Doenças Infecciosas na Universidade de Shandon (China), e George Gao, que integra o Instituto Nacional de Doenças Virais e o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças na China e da Academia de Ciências chinesa, dois especialistas em doenças infecciosas emergentes.

https://zap.aeiou.pt/virus-preocupa-pandemias-desastrosas-404773

 

Aviões da Bielorrússia banidos pela UE - Jornalista “confessa crimes” em vídeo !

Os líderes da União Europeia (UE) decidiram, esta segunda-feira, solicitar às companhias aéreas europeias para evitar o espaço aéreo bielorrusso, enquanto banem as transportadoras deste país na Europa, exigindo ainda mais sanções contra o regime de Aleksandr Lukashenko.


Reunidos em cimeira extraordinária em Bruxelas, os líderes europeus decidiram, de forma unânime, “pedir ao Conselho para adotar as medidas necessárias para banir a entrada no espaço aéreo europeu de companhias aéreas da Bielorrússia e impedir o acesso dessas transportadoras aos aeroportos da UE”, segundo a informação divulgada à imprensa.

Os líderes da UE decidiram também “pedir às companhias aéreas sediadas na UE para evitar sobrevoar a Bielorrússia” e ainda solicitar “ao Conselho para adotar novas sanções económicas específicas”.

Nessa tomada de posição, os 27 exigem ainda uma “investigação urgente” por parte da Organização da Aviação Civil Internacional (ICAO) ao incidente, bem como a “libertação imediata” de Roman Protasevich e da sua namorada, e ainda a sua “liberdade de circulação”.

A Organização Internacional da Aviação Civil (ICAO) já anunciou que vai reunir de emergência o seu corpo diretivo ainda esta quinta-feira.

Ressalvando que Aleksandr Lukashenko já faz parte da lista de indivíduos visados nas sanções da UE, dada a repressão policial nas manifestações de agosto passado, fontes diplomáticas adiantaram à agência Lusa que foi dado um “sinal claro sobre sanções económicas específicas”, com listas adicionais de pessoas e entidades.

Em causa está o desvio forçado de um voo da Ryanair para Minsk, no domingo, a meio de uma viagem entre Atenas (Grécia) e Vílnius (Lituânia), que culminou com a detenção do jornalista e ativista bielorrusso.

Protasevich acabou detido pelas autoridades bielorrussas, quando os cerca de 120 passageiros do avião foram forçados a submeter-se a novo controlo em Minsk devido a uma suposta ameaça de bomba, que se veio a revelar falsa.

Jornalista “confessa crimes” em vídeo

Segundo o jornal online Observador, foi entretanto divulgado um vídeo, filmado na prisão e divulgado pelas estações de televisão estatais da Bielorrússia, no qual o jornalista e ativista confessa ter organizado “manifestações em massa” no país.

No vídeo, Protasevich garante ainda que está bem de saúde e que está a ser bem tratado na prisão em que se encontra.

A Lituânia já tinha anunciado que ia proibir voos, de ou para o seu território, que cruzem o espaço aéreo bielorrusso. O Reino Unido também interditou a companhia aérea nacional da Bielorrússia, a Belavia, e instruiu aeronaves do Reino Unido a evitarem o espaço aéreo deste país.

A companhia aérea alemã Lufthansa também anunciou a suspensão das suas operações no espaço aéreo da Bielorrússia.

Esta segunda-feira, as autoridades bielorrussas afirmaram que o voo da Ryanair desviado para o aeroporto de Minsk foi ameaçado num email reivindicado pelo movimento islâmico Hamas.

Protasevich, de 26 anos, antigo chefe de redação do influente media da oposição bielorrusso Nexta e que seguia a bordo do aparelho, desde novembro que era considerado um “terrorista” pelas autoridades do seu país.

Anteriormente, o jornalista bielorrusso já tinha notado que estaria a ser seguido em Atenas, alegadamente por agentes ligados aos serviços secretos da Bielorrússia.

https://zap.aeiou.pt/lideres-da-ue-decidem-banir-avioes-da-bielorrussia-e-evitar-o-seu-espaco-aereo-404863

 

Há um concurso de culinária no Pacífico que tem como missão salvar vidas !

O programa de televisão Pacific Island Food Revolution (PIFR) é um concurso de culinária que junta concorrentes das ilhas do Pacífico, como Fiji, Vanuatu, Samoa e Tonga. Embora pareça leviano, o concurso tem uma missão nobre.


Durante décadas, os habitantes das ilhas do Pacífico têm sido alvo de doenças cardíacas, diabetes e hipertensão.

A culpa é de uma dependência em todo o Pacífico de alimentos processados importados, com um elevado teor calórico, explica Wame Valentine, gestor de comunicações do PIFR, citado pelo Atlas Obscura.

Valentine lamenta que alimentos tradicionais, como abacaxi fresco ou frutos do mar, simplesmente não sejam tão atraentes ou bem comercializados quanto McDonald’s.

Doenças crónicas como diabetes são responsáveis por 70% das mortes em todo o Pacífico. Visto desta perspetiva, o assunto parece sério demais para ser resolvido com um concurso de culinária na televisão. Mas o apresentador do programa, Robert Oliver, garante que é mais eficaz do que ordens do médico ou campanhas governamentais.

A ideia partiu precisamente de Oliver, que quis fazer um programa centrado nos habitantes das ilhas do Pacífico, “com a sua comida, os seus líderes, o seu povo, a sua cultura”. Quando o Pacific Island Food Revolution estreou em 2019, tornou-se o primeiro programa televisivo focado em habitantes desta zona do planeta.

O conceito do programa é bastante simples: doze duplas de chefs qualificados competem nos seus países de origem pela oportunidade de enfrentar outros campeões nacionais nas finais. O programa tem como objetivo ser educativo e inspirador, além de divertido, explica Valentine.

O objetivo do programa é promover alimentos locais, como coco e mandioca. No entanto, os séculos de colonialismo tornaram esta uma tarefa bem mais árdua do que devia ser.

Os concorrentes são desafiados a usar ingredientes locais, desde refeições escolares a pratos baseadas em hidratos de carbono nativos, como o taro, em vez de arroz branco importado.

Uma sondagem a espectadores regulares teve 66% dos entrevistados de Vanuatu a dizer que mudaram a sua dieta devido ao PIFR, com Fiji e Samoa logo atrás. As audiências são altas não só nos países que participam, mas também noutras nações do Pacífico, como a Papua-Nova Guiné, por exemplo.

“É uma mudança de mentalidade”, atira Oliver. “As pessoas estão a dizer que o que consideravam comida de aldeia e comum agora é comida sexy de TV”.

https://zap.aeiou.pt/concurso-culinaria-pacifico-salvar-vidas-404787

O misterioso assassinato de duas mulheres foi resolvido usando o Google Earth e o Facebook !

Usando pouco mais do que o Google Earth e o Facebook, jornalistas da BBC ajudaram a desvendar o misterioso assassinato de duas mulheres nos Camarões.


Em julho de 2018, começou a circular na Internet um vídeo chocante que mostrava duas mulheres, acusadas de pertencer ao grupo terrorista Boko Haram, a serem detidas por soldados.

As mulheres e os seus filhos pequenos foram levados para um local desconhecido onde foram vendados, forçados a cair no chão e baleados à queima-roupa, conta o IFL Science.

Ninguém sabia onde tinha sido gravado o vídeo, a identidade dos soldados, nem que país serviam. Dois meses depois, jornalistas da BBC, que usaram pouco mais do que o Google Earth e o Facebook, descobriram o que aconteceu – e contaram tudo numa thread do Twitter.

Na altura, especialistas da Amnistia Internacional concluíram que os soldados pertenciam aos Camarões e que as imagens tinham sido gravadas numa região do norte do país, Mayo Tsanaga.

Apesar de o Governo ter rejeitado as acusações, afirmando que estavam em causa “notícias falsas”, os jornalistas da BBC encontraram uma preciosa pista escondida nos vídeos: as montanhas.

Usando o Google Earth, encontraram uma correspondência para o perfil distinto das montanhas próximas de uma cidade chamada Zelevet, no norte dos Camarões, perto da fronteira com a Nigéria.

Assim que identificaram a área, usaram alguns detalhes – como estradas, edifícios e árvores – para determinar a localização exata do assassinato. A comparação dos detalhes dos vídeos com as imagens de satélite de 2013 a 2018 mostrou que devem ter sido gravados entre 2015 e o início de 2016.

Um pouco de conhecimento matemático permitiu aos jornalistas reduzir o espaço temporal. Segundo o portal, um vislumbre de uma trilha de terra nos vídeos levantou a suspeita de que a gravação deve ter sido feita durante a estação quente e seca dos Camarões – ou seja, entre janeiro e abril.

Usando os soldados no vídeo como “relógios de sol humanos” improvisados, os jornalistas foram capazes de identificar uma janela de duas semanas.

Mas permanecia uma pergunta no ar: quem eram, afinal, os soldados? Os “detetives” da BBC conseguiram identificar um dos indivíduos usando um dos melhores e mais detalhados bancos de dados do planeta: o Facebook.

Um mês depois de o vídeo ter aparecido online, o ministro da Comunicação dos Camarões divulgou um comunicado onde afirmava que sete militares tinham sido desarmados e detidos enquanto decorria uma investigação.

https://zap.aeiou.pt/misterioso-assassinato-duas-mulheres-404621

 

Bielorrússia diz ter recebido ameaça do Hamas - UE promete “resposta muito forte” !

As autoridades bielorrussas afirmaram, esta segunda-feira, que o voo da Ryanair desviado para o aeroporto de Minsk, com um opositor político a bordo, foi ameaçado num email reivindicado pelo movimento islâmico Hamas.


“Nós, soldados do Hamas, exigimos que Israel termine os ataques ao setor de Gaza. Exigimos à União Europeia que termine o seu apoio a Israel (…) Caso as nossas reivindicações não sejam satisfeitas, uma bomba explodirá [a bordo do avião da Ryanair] sobre Vílnius”, citou Artem Sikorski, diretor do transporte aéreo no Ministério dos Transportes bielorrusso, esclarecendo que lia uma tradução em russo da mensagem recebida em inglês.

Igor Goloub, comandante da Força Aérea bielorrussa, também disse esta segunda-feira que o comandante do voo da Ryanair decidiu aterrar em Minsk “sem interferência externa”, após ter sido informado da ameaça de bomba, rejeitando assim a tese de desvio.

Roman Protasevich, de 26 anos, antigo chefe de redação do influente media da oposição bielorrusso Nexta e que seguia a bordo do aparelho, foi detido após a chegada do avião a Minsk. Desde novembro que era considerado um “terrorista” pelas autoridades da Bielorrússia.

Entretanto, a porta-voz do ministério do Interior bielorrusso anunciou que o opositor está em prisão preventiva num estabelecimento prisional de Minsk e que “não se registaram queixas sobre o seu estado de saúde”.

Ao início da noite, a mãe do opositor tinha afirmado a diversos media bielorrussos que o seu filho estaria provavelmente hospitalizado devido a problemas cardíacos. “Essas informações são falsas”, reagiu o ministério.

Os países ocidentais e os membros da NATO, incluindo o Governo português, já condenaram o desvio do avião, assim como a detenção de Protasevich, e aludiram à aplicação de sanções e outras medidas contra o Governo bielorrusso.

“Esta noite teremos certamente um enfoque nas relações externas e haverá um enfoque muito forte no sequestro absolutamente inaceitável de um voo da Ryanair pelas autoridades bielorrussas”, declarou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, à chegada à cimeira extraordinária que junta os líderes da União Europeia.

Haverá uma resposta muito forte porque este é um comportamento ultrajante e o regime de Lukashenko tem de compreender que isto terá consequências graves”, garantiu a presidente do Executivo comunitário.

Segundo von der Leyen, em cima da mesa estão “diferentes opções de sanções”, entre as quais “sanções contra indivíduos que estão envolvidos neste sequestro”, mas também “sanções contra empresas e entidades económicas que estão a financiar estes regimes” e “sanções contra o setor da aviação”.

Para a alemã, o jornalista e ativista “tem de ser libertado imediatamente“, razão pela qual a UE vai “exercer pressão sobre o regime bielorrusso até que, finalmente, respeite a liberdade dos meios de comunicação social e a liberdade de imprensa e de opinião”.

Nesta declaração, a responsável disse ainda que a UE tem “um pacote económico e de investimento de três mil milhões de euros pronto para a Bielorrússia que fica em espera e suspenso até esta se tornar democrática”.

A União Europeia já convocou o embaixador da Bielorrússia em Bruxelas, Aleksandr Mikhnevich.

Diplomatas da embaixada da Letónia expulsos de Minsk

“O embaixador da Letónia foi convidado a deixar o país dentro de 24 horas. Todo o pessoal diplomático, administrativo e técnico da embaixada também está convidado a deixar a Bielorrússia dentro de 48 horas”, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros, Vladimir Makei, citado pela agência de imprensa oficial Belta.

A Letónia apenas poderá manter um funcionário em Minsk para “assegurar a manutenção do edifício” da embaixada, esclareceu o Governo bielorrusso.

Em Riga, onde se realiza o campeonato do mundo de hóquei, o presidente da Câmara da capital da Letónia, Martins Stakis, e o ministro dos Negócios Estrangeiros, Edgars Rinkevics, substituíram a bandeira nacional da Bielorrússia pela bandeira vermelha e branca, usada pela oposição, de acordo com a agência bielorrussa.

Suspensão de operações no espaço aéreo bielorrusso

A Lituânia anunciou que vai proibir voos, de ou para o seu território, que cruzem o espaço aéreo bielorrusso. O Reino Unido também já interditou a companhia aérea nacional da Bielorrússia, a Belavia, e instruiu aeronaves do Reino Unido a evitar o espaço aéreo deste país.

A companhia aérea alemã Lufthansa também anunciou a suspensão das suas operações no espaço aéreo da Bielorrússia.

A Organização Internacional da Aviação Civil (ICAO) anunciou, entretanto, que vai reunir de emergência o seu corpo diretivo esta quinta-feira.

“O presidente do Conselho da ICAO convocou uma reunião de emergência dos 36 representantes diplomáticos do Conselho a 27 de maio, após o incidente envolvendo o voo FR4978 da Ryanair no espaço aéreo da Bielorrússia”, publicou no Twitter a agência, com sede em Montreal, no Canadá.

https://zap.aeiou.pt/bielorrussia-ameaca-hamas-404859

 

Documentos revelam que EUA ponderaram ataque nuclear à China em 1958 !

Os militares norte-americanos ponderaram um ataque nuclear à China para evitar uma possível invasão de Taiwan, mesmo sabendo do perigo de uma retaliação por parte da URSS para apoiar o seu então aliado, o que poderia ter desencadeado uma guerra nuclear de larga escala.


De acordo com o documento agora publicado pelo jornal New York Times, peritos militares norte-americanos remeteram à Casa Branca planos para usar armas nucleares contra a China durante a chamada crise do Estreito de Taiwan, em 1958.

Tal como recorda a rede televisiva RT, quando o Partido Comunista chinês chegou ao poder em 1949, depois de uma sangrenta guerra civil, o governo do líder nacionalista Chiang Kai-shek retirou-se para a ilha de Taiwan.

Considerada por Pequim como parte do seu território, a ilha tornou-se nas décadas seguintes, e até aos dias de hoje, palco de vários confrontos, que atingiram o seu ponto máximo em 1958. Nesse ano, os ataques chineses levantaram rumores de uma iminente invasão comunista, levando Washington a apoiar militarmente o seu aliado Kai-shek.

O plano dos Estados Unidos incluía a elaboração de planos de ataques nucleares contra a China continental, segundo o documento confidencial agora divulgado pelo ex-analista do Pentágono Daniel Ellsberg.

O documento revela que o comando militar dos EUA assumiu o risco da possível intervenção da União Soviética para defender o seu então aliado, Pequim, o que poderia ter desencadeado uma guerra nuclear de larga escala.

Na altura, o general Nathan Twining, presidente do Estado-Maior Conjunto, deixou claro que se os ataques nucleares contra bases aéreas chinesas não interrompessem o conflito, “não haveria alternativa a não ser conduzir ataques nucleares no interior da China até Xangai”, cita o jornal nova-iorquino.

Ellsberg, agora com 90 anos, é conhecido por ter divulgado, em 1971, vários documentos confidenciais sobre a Guerra do Vietname, mais conhecidos como os “Pentagon Papers”.

O ex-analista, que também copiou o estudo secreto sobre a crise no Estreito de Taiwan, está a revelar agora estes documentos, numa altura em que as tensões entre os Estados Unidos e a China, em relação a Taiwan, aumentam.

https://zap.aeiou.pt/eua-ponderaram-ataque-nuclear-china-404784

 

Impedida de entrar no Parlamento, primeira-ministra de Samoa tomou posse numa tenda !

A primeira mulher eleita primeira-ministra de Samoa prestou juramento, esta segunda-feira, numa cerimónia improvisada numa tenda, nos jardins do Parlamento, após ter sido impedida de entrar no edifício pelo Governo cessante.


A entrada de Fiame Mata’afa na Assembleia Legislativa foi-lhe recusada, quando tentava entrar acompanhada pelos juízes que iriam assistir ao seu juramento como a primeira mulher a chefiar o Governo do país do Pacífico Sul.

Segundo a agência France-Presse, a cerimónia, que já foi contestada pelos seus opositores, realizou-se ao ar livre, numa tenda montada nas imediações do edifício, com todos os eleitos a prestarem juramento.

Mata’afa apelou ao reconhecimento dos resultados das eleições gerais de 9 de abril, perante apoiantes reunidos diante do Parlamento. “Precisamos de samoanos corajosos neste momento (…) para fazer respeitar a nossa eleição”, disse.

O arquipélago de Samoa vive um “braço de ferro” político há seis semanas. Há 22 anos no poder, o primeiro-ministro cessante, Tuilaepa Sailele Malielegaoi, do Partido de Proteção dos Direitos Humanos (HRPP), recusou-se a reconhecer a derrota, apesar de os tribunais terem confirmado que Mata’afa venceu o escrutínio, tendo conquistado mais um assento.

Existe apenas um Governo em Samoa. Permaneceremos neste lugar. O público responde a um primeiro-ministro e ministros, que estão neste Governo”, disse Malielegaoi, numa conferência de imprensa, citado pelo jornal Público.

O Parlamento deveria ter-se reunido, esta segunda-feira, para uma cerimónia presidida pelo Juiz Supremo Satiu Simativa Perese. O secretário da Assembleia Legislativa afirmou que, por ordem do chefe de Estado, Tuimalealiifano Vaaletoa Sualauvi, não podia permitir que tal acontecesse.

“Esta é uma tomada de controlo ilegal do Governo, é isso que são os golpes de Estado”, disse a vencedora das eleições ao jornal neozelandês Newshub, este domingo. “Temos de lutar, porque queremos que esta nação continue a ser um país, queremos manter este país democrático, fundado no Estado de direito”, acrescentou.

A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, disse esperar que “a calma” prevaleça, apelando para que “o Estado de direito seja mantido e respeitado”. A ministra dos Negócios Estrangeiros da Austrália, Marise Payne, por sua vez, apelou ao respeito dos resultados.

Samoa tornou-se independente da Nova Zelândia em 1962. O HRPP está no poder desde 1982, exceto por um breve período em 1986-87. Mata’afa, que preside o partido FAST, fez parte do HRPP até sair por divergências políticas.

Filha do primeiro chefe do Governo samoano, falecido em 1975, é considerada uma pioneira da causa das mulheres no arquipélago, muito religioso, de maioria protestante.

https://zap.aeiou.pt/primeira-ministra-samoa-tomou-posse-404841

 

Bolsonaro desfila de mota no Rio contra confinamento !

Jair Bolsonaro voltou a mostrar desprezo pelas restrições recomendadas pela Organização Mundial de Saúde e seguidas por governadores e autarcas brasileiros ao participar num desfile motorizado com milhares de pessoas e a proclamar que “não vai obrigar o povo a ficar em casa”.


Acompanhado por inúmeros agentes de segurança, o desfile motorizado foi acompanhado por vários manifestantes que o cumprimentavam ao longo do trajeto, agitando bandeiras nacionais, e transmitido ao vivo através da conta de Facebook de Jair Bolsonaro.

Após meia hora de trajeto, as motos pararam por alguns minutos e Bolsonaro, com capacete e sem máscara, ficou à frente do seu veículo de duas rodas para cumprimentar a multidão. Os gritos de “mito!” eram ouvidos entre o barulho dos motores.

O desfile partiu do Parque Olímpico que recebeu os Jogos Olímpicos de 2016 e, durante uma hora e meia, percorreu cerca de 40 quilómetros ao longo das praias do Rio, principalmente as mais turísticas, Ipanema e Copacabana.

Ao chegar à praia do Flamengo, próxima do centro da cidade, o presidente parou a moto para dar um passeio entre os milhares de manifestantes que o esperavam. Estendeu a mão e posou para fotos, todos com os rostos descobertos.

“O meu exército não vai para a rua obrigar o povo a ficar em casa”, disse o chefe de Estado brasileiro num breve discurso. “Sem qualquer evidência científica, governadores e prefeitos decretaram lockdown ou toques de recolher (…). Estamos dispostos a tomar todas as medidas necessárias para garantir a sua liberdade”, disse aos seguidores.

Há uma semana, Bolsonaro chegou a cavalo numa manifestação de agricultores em Brasília. Na sexta-feira, Bolsonaro foi multado pelo governo do Maranhão por provocar aglomerações e não usar máscara numa cerimónia, quando o uso da máscara é obrigatório nesse estado e é proibido organizar reuniões de mais de 100 pessoas.

Bolsonaro tem sido criticado pela sua gestão caótica da pandemia, num país onde a covid-19 reclama quase 450 mil mortes.

Uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Senado foi instaurada há três semanas para escrutinar as “omissões” do governo durante a crise sanitária, e já recebeu vários depoimentos nas suas primeiras audiências.

Durante a manifestação deste domingo, o presidente estava acompanhado pelo ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, acusado por muitos senadores de ter mentido nesta semana na CPI, quando minimizou a responsabilidade do governo.

https://zap.aeiou.pt/bolsonaro-desfila-contra-confinamento-404646

 

Japão abre primeiros centros de vacinação em massa, e Índia bate novo recorde !

O Japão abriu esta segunda-feira em Tóquio e Osaka os primeiros centros de vacinação em massa contra a covid-19, para acelerar a campanha no país, quando faltam dois meses para o arranque dos Jogos Olímpicos.


Os centros, geridos pelo exército, vão estar abertos 12 horas por dia, durante três meses, e vão administrar a vacina desenvolvida pela farmacêutica norte-americana Moderna, cujo uso de emergência foi aprovado pelo Governo japonês na sexta-feira.

O executivo espera vacinar até dez mil pessoas por dia no centro de vacinação de Tóquio e cinco mil no de Osaka, e tentar cumprir a meta de inocular a população com mais de 65 anos (cerca de 36 milhões de pessoas) até finais de julho.

Durante a primeira semana, os novos centros só vão administrar a vacina a residentes naquelas localidades, mas, mais tarde, também os residentes das prefeituras vizinhas poderão vacinar-se naqueles locais, mediante reserva prévia, incluindo os habitantes de Saitama, Chiba e Kanagawa, no caso de Tóquio, e os de Kyoto e Hyogo, no caso de Osaka.

As 49 mil vagas disponíveis em Tóquio para esta semana e as 24.500 no centro de Osaka esgotaram-se rapidamente desde que se iniciou a inscrição, unicamente pela internet, em 17 de maio.

Espera-se a abertura de outros centros deste tipo, mas com gestão municipal, nas próximas semanas.

A campanha de vacinação no Japão só arrancou em fevereiro e está muito atrasada em relação a outros países, o que gera preocupação dentro e fora do país, quando faltam dois meses para o início dos Jogos Olímpicos Tóquio2020, previsto para 23 de julho.

Segundo os dados mais recentes, até sexta-feira só 5% da população tinha recebido pelo menos uma dose da vacina contra a covid-19.

Em 13 de maio, o Sindicato Nacional de Médicos Japoneses apresentou uma petição ao Governo a pedir o cancelamento dos Jogos Olímpicos, alegando o risco elevado de propagação de novas variantes do novo coronavírus SARS-CoV-2.

A organização sindical lembrou que os médicos estão a trabalhar acima das suas capacidades para dar resposta à pandemia da covid-19, e acusou o Governo de querer reduzir o número de profissionais de saúde disponíveis, ao serem destacados para a competição.

Índia é o terceiro país a ultrapassar as 300 mil mortes por covid-19

Segundo o Ministério da Saúde indiano, o total de mortes eleva-se agora a 303.720, com 50.000 óbitos registados em menos de duas semanas.

Depois dos Estados Unidos e do Brasil, o país é o terceiro do mundo com mais mortes provocadas por covid-19.

Nas últimas 24 horas, a Índia contabilizou ainda 222.315 infeções, confirmando a redução gradual do número de casos, após os mais de 400 mil contágios diários, no início deste mês.

Com mais de 26,7 milhões de infeções acumuladas, o país é o segundo com mais casos a nível mundial, depois dos Estados Unidos, de acordo com dados da Universidade norte-americana Johns Hopkins.

A Índia está a braços com uma segunda vaga com um impacto sem precedentes no sistema de saúde, com falta de oxigénio e de camas, tendo atualmente mais de 2,7 milhões de casos ativos.

A grave crise sanitária atrasou a campanha de vacinação, com vários estados a criticarem as limitações no fornecimento das vacinas.

O total de doses administradas ronda os 196 milhões, de acordo com os dados atualizados diariamente pelo Ministério da Saúde indiano, aquém do objetivo anunciado de vacinar 300 milhões de pessoas até julho.

https://zap.aeiou.pt/japao-vacinacao-india-novo-recorde-404682

 

terça-feira, 25 de maio de 2021

Lares danificados e 170 crianças desaparecidas - Vulcão entra em erupção no Congo e obriga a evacuar Goma !

Um dos vulcões mais ativos do mundo, o Monte Nyiragongo, no leste da República Democrática do Congo, entrou em erupção este sábado.


A erupção do Monte Nyiragongo, na noite de sábado, fez com que mais de 5.000 pessoas atravessassem a fronteira entre a cidade de Goma, a cerca de 20 quilómetros do vulcão. Além disso, pelo menos 25.000 pessoas ficaram deslocadas na cidade de Sake, a cerca de 25 quilómetros de Goma, capital da região de Kivu do Norte.

As torrentes de lava chegaram às aldeias no leste da República Democrática do Congo, vitimando mortalmente pelo menos 15 pessoas e destruindo mais de 500 casas, segundo as autoridades, citadas pela CBS News.

Pelo menos 150 crianças foram separadas das suas famílias e 170 podem ter desaparecido durante a fuga de milhares de pessoas, alertaram este domingo as Nações Unidas. Os números foram anunciados pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) num comunicado divulgado no portal.

A UNICEF mostrou-se preocupada com as centenas de pessoas que regressam agora às suas casas e encontram “lares danificados e escassez de água e de energia elétrica”.

“Ainda não é claro quantos agregados foram afetados pela erupção no território do Nyiragongo, a norte de Goma. Muitas crianças na zona próxima do aeroporto de Goma foram deixadas sem casa e sem meios de sustento”, acrescentou a UNICEF.

A agência das Nações Unidas anunciou que destacou uma equipa para as áreas afetadas de Sake, Buhene, Kibati e Kibumba para garantir assistência de primeira linha. Uma das iniciativas previstas pela UNICEF pretende instalar pontos para a desinfeção da água perto de Sake para limitar a propagação de cólera, assim como o fortalecimento da vigilância epidemiológica desta doença.

Da mesma forma, a agência das Nações Unidas quer, em colaboração com as autoridades congolesas, estabelecer dois centros de trânsito para crianças não acompanhadas e separadas. A UNICEF diz também estar a trabalhar com parceiros para sinalizar casos de abuso e violência de género com o objetivo de fornecer apoio médico e psicossocial.

A erupção do vulcão Nyiragongo, no leste da República Democrática do Congo, na noite de sábado, tornou encarnados os céus da cidade de Goma, espalhando o pânico e causando a fuga de milhares.

O vulcão Nyiragongo, um dos mais ativos do mundo, entrou em erupção por volta das 19h00 locais (18h00 em Lisboa) de sábado, segundo os dados apresentados nesse dia pelo Governo. Segundo o Público, a população continua, no entanto, preocupada com a possibilidade de nova erupção.

A erupção levou milhares de pessoas aterrorizadas a fugirem da cidade durante a noite, carregando pertences e gado e dirigindo-se para a cidade de Sake ou para a fronteira com o Ruanda, tendo esta última sido atravessada por pelo menos 8.000 pessoas, segundo dados oficiais do Ministério congolês de Gestão de Emergências.

Já este domingo, os habitantes que haviam fugido regressaram gradualmente aos seus bairros, algumas “desoladas” por encontrarem as suas casas e outras propriedades queimadas, segundo um residente na cidade citado pela agência noticiosa EFE.

Ainda que a lava não tenha atingido a cidade, centenas de casas na sua periferia foram destruídas ou reduzidas a cinzas, segundo as autoridades provinciais.

Localizada na província de Kivu do Norte, que também faz fronteira com o Uganda, a região de Goma é uma zona de intensa atividade vulcânica localizada no vale do Rift, com seis vulcões, incluindo os vizinhos Nyiragongo e Nyamuragira, que se elevam a 3470 e 3058 metros, respetivamente.

A última erupção do Nyiragongo, em 2002, levou milhares a abandonarem as suas casas e provocou centenas de mortos.

Goma é lar de um grande contingente de soldados da paz e de muitos membros da missão das Nações Unidas na República Democrática do Congo, sendo também base de muitas organizações não-governamentais e outras organizações internacionais.

https://zap.aeiou.pt/vulcao-entra-em-erupcao-no-congo-404574

 

Queda de teleférico em Itália faz 14 mortos !

No passado domingo, pelo menos 14 pessoas, incluindo uma criança de dois anos, morreram na queda de um teleférico, no norte de Itália.


O acidente ocorreu por volta das 12h30 locais (11h30 em Lisboa) a 100 metros da estação do cume e ter-se-á devido a um cabo que se partiu, causando a queda da cabina, na qual se encontravam 15 pessoas. As cabinas podem transportar mais de 35 passageiros.

Pelo menos 14 pessoas faleceram, incluindo uma criança de dois anos. A TVI24 avança que duas crianças, de cinco e nove anos, foram resgatadas com vida e transportadas para o hospital em estado crítico, mas a mais velha acabou por não resistir à gravidade dos ferimentos.

O teleférico caiu a 300 metros do cume da linha Stresa-Mottarone, na região de Piemonte, numa zona de vegetação densa e de difícil acesso. O transporte liga em 20 minutos a localidade de Stresa ao monte Mottarone, que culmina a quase 1.500 metros e oferece vistas espetaculares dos Alpes.

Suspeita-se de que, na origem da queda esteja um cabo partido. No entanto, já foi aberto um inquérito ao acidente, que está também sob investigação.

A última revisão ao ascensor ocorreu em novembro do ano passado e não foi detetado qualquer problema.

O teleférico reabriu portas no dia 24 de abril, depois de ter encerrado devido às restrições impostas pela pandemia de covid-19.

Sergio Matarella, Presidente de Itália, reagiu este domingo à tragédia, com uma mensagem onde apresenta “condolências em nome do país a todas as famílias e pessoas afetadas” num momento de “profunda dor” e “grande apreensão para aqueles que ainda lutam pela vida”.

Também o primeiro-ministro italiano, Mário Draghi, expressou “profunda dor” pelo acidente numa nota aos familiares das vítimas.

“Soube com profunda dor a notícia do trágico incidente no teleférico Stresa-Mottarone. Exprimo condolências por todo o Governo às famílias das vítimas, com um pensamento especial às crianças que ficaram gravemente feridas e aos seus familiares”, lê-se na nota, citada pelo Público.

https://zap.aeiou.pt/queda-de-teleferico-em-italia-faz-14-mortos-404569

 

“Acto de traição” - Alemanha não vai atribuir indemnizações individuais pelo genocídio na Namíbia !

A Alemanha descartou a possibilidade de atribuir recompensações financeiras às vítimas das atrocidades cometidas na Namíbia. 


Ainda assim, o Governo alemão fez um pedido formal de desculpas ao país pelas atrocidades coloniais no início do século XX.

Desde 2014, que o governo de Angela Merkel tem vindo a negociar com a Namíbia uma forma de tentar “curar as feridas” daquele que retrata, segundo os historiadores, o primeiro genocídio do século XX.

Entre 1904 e 1908 dezenas de milhares de indígenas foram baleados, morreram à fome e foram torturados até à morte pelas tropas alemãs enquanto estas derrotavam as tribos rebeldes Herero e Nama naquilo que hoje é a Namíbia.

As negociações estão quase concluídas, com a emissora Deutschlandfunk a relatar os planos para o presidente, Frank-Walter Steinmeier, pedir perdão pelo genocídio em frente ao parlamento namibiano.

Como parte do acordo de reconciliação, que foi apresentado aos dois governos, a Alemanha também irá proceder a pagamentos adicionais de ajuda para programas de infraestruturas e saúde em áreas da Namíbia habitadas por descendentes das tribos Herero e Nama.

Contudo, um relatório interno, ao qual o The Guardian teve acesso, indica que o Ministério das Relações Externas não irá incluir nos pagamentos recompensas individuais. “As indemnizações individuais não são objeto de negociação”, aponta o relatório.

“A definição de injustiça estabelecida pela convenção de 1948 sobre a prevenção e punição do genocídio não se aplica retrospetivamente e não pode ser a base para reivindicações financeiras”, refere o documento.

No entanto, muitos dos descendentes das vítimas continuam a rejeitar a ajuda estrutural e a exigir indemnizações diretas.

Numa declaração conjunta emitida esta semana, a Associação de Autoridades Tradicionais Ovaherero e Líderes Tradicionais Nama classificou o acordo de reconciliação como um “golpe de relações públicas da Alemanha e um ato de traição do governo namibiano”.

O enviado da Namíbia para as negociações, Zed Ngavirue, pediu nas últimas semanas que o seu lado fechasse um acordo, alertando que “uma janela de oportunidade” estava a fechar-se, pois um partido de extrema direita – o Alternative für Deutschland (AfD) – poderia fazer parte do próximo governo alemão após as eleições de setembro.

Ainda assim, o The Guardian realça que o AfD está estável com cerca de 11% dos votos, mas não tem possibilidade de integrar o próximo governo.

As somas exatas das contribuições das ajudas descritas no acordo de reconciliação permanecem confidenciais.

https://zap.aeiou.pt/alemanha-genocidio-namibia-404346

 

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