A percentagem da população de Espanha infetada com a covid-19 subiu para 9,9%, quase o dobro daqueles que tinham sido infetados até junho passado (5,2%), segundo os resultados preliminares de um estudo publicado esta terça-feira.
O Ministério da Saúde e o Instituto Nacional de Estatísticas espanhóis são algumas das instituições que elaboraram o inquérito que indica que 4,7 milhões de pessoas já foi infetada pelo SARS-CoV-2 no país desde o início da pandemia.
O estudo identificou uma elevada prevalência (número total de casos existentes numa determinada população e num determinado momento temporal) da doença em certos grupos populacionais: 17% entre os trabalhadores da saúde, 16% entre as mulheres que cuidam de pessoas dependentes, 14% entre as empregadas de limpeza e 13% entre as mulheres que trabalham em estabelecimentos de saúde social.
O número de pessoas que tiveram a doença é também mais elevado entre as que nasceram fora de Espanha.
Os estrangeiros têm uma prevalência de 13%, algo que pode ser explicado “pelo trabalho que fazem ou pelas suas condições de vida”, explicou Marina Pollán, a diretora do Centro Nacional de Epidemiologia do Instituto de Saúde Carlos III, outra das instituições que colaborou na elaboração do estudo.
Por outro lado, a percentagem de pessoas assintomáticas (com a doença mas sem sintomas) em relação ao número total de pessoas positivas é estimada em cerca de 30%.
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