Apesar de ter havido um teste bem-sucedido, a ideia nunca saiu do papel e não chegou a ser usada durante a Guerra.
Se há conspirações duvidosas que defendem que os pássaros são na verdade drones, a ideia de que as aves podem ser usadas como armas durante conflitos não é assim tão estapafúrdia.
Durante a Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos treinaram pombos para que conseguissem guiar bombas, numa iniciativa conhecida como Project Pigeon, escreve o IFLScience.
O projeto foi da autoria do psicólogo comportamentalista B.F. Skinner, que desenvolveu bombas organicamente controladas por três pombos que treinou intensivamente e transformou em pilotos de guerra.
A arma que os pombos carregavam era um pequeno planador com uma secção de orientação no cone do nariz. A carga do planador era um explosivo que precisava de ajuda a encontrar o seu alvo, já que não tinha um piloto.
O objetivo era também haver forma de se saber se a bomba tinha chegado ao alvo desejado sem colocar civis em risco. Os bombardeiros estavam já a largar bombas nesta fase da Guerra, mas não havia forma de se saber onde os explosivos aterravam depois dos pilotos os atirarem.
Em vez de se usar uma tripulação humana para guiar as bombas, que acabaria por morrer na explosão, a alternativa seria recorrer a uma ave. Skinner pensou nos pombos como uma opção para o controlo orgânico. O momento “Eureka” surgiu-lhe quando viu um bando de pássaros a voar perto do comboio onde estava.
“De repente vi-os como dispositivos com visão excelente e manobrabilidade. Não poderiam guiar um míssil? Será que a resposta para o meu problema estava à minha espera no meu próprio quintal?”, questionou Skinner.
A ideia foi recebida com muito ceticismo, mas Skinner recebeu na mesma 25 mil dólares do Comité Nacional da Investigação para a Defesa para testar a ideia. Os cockpits dos pilotos foram equipados com três pombos metidos dentro do cone do nariz colocado na ponta do míssil.
E em nada diferentes dos pombos a quem atiramos migalhas de pão, as aves usadas também caíram na tentação quando Skinner lhe prometeu dar sementes, usando já as premissas do condicionamento operante – procedimento de aprendizagem que usa recompensas e castigos para modelar o comportamento – que o especialista ainda não tinha inventado, para que os pombos reconheçam um alvo e o comecem a bicar.
A ideia seria de que, se os três pombos pilotos estivessem a bicar na mesma direção, então essa seria a rota do míssil. A mudança de direção seria facilitada por cabos presos à cabeça dos pássaros que o podiam conduzir mecanicamente.
Houve ainda um teste bem-sucedido, mas o Project Pigeon acabou por ser abandonado na mesma. Skinner acabou depois por se tornar um dos psicólogos mais influentes dos Estados Unidos.
https://zap.aeiou.pt/ii-guerra-mundial-eua-pombos-bombas-455647
Se há conspirações duvidosas que defendem que os pássaros são na verdade drones, a ideia de que as aves podem ser usadas como armas durante conflitos não é assim tão estapafúrdia.
Durante a Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos treinaram pombos para que conseguissem guiar bombas, numa iniciativa conhecida como Project Pigeon, escreve o IFLScience.
O projeto foi da autoria do psicólogo comportamentalista B.F. Skinner, que desenvolveu bombas organicamente controladas por três pombos que treinou intensivamente e transformou em pilotos de guerra.
A arma que os pombos carregavam era um pequeno planador com uma secção de orientação no cone do nariz. A carga do planador era um explosivo que precisava de ajuda a encontrar o seu alvo, já que não tinha um piloto.
O objetivo era também haver forma de se saber se a bomba tinha chegado ao alvo desejado sem colocar civis em risco. Os bombardeiros estavam já a largar bombas nesta fase da Guerra, mas não havia forma de se saber onde os explosivos aterravam depois dos pilotos os atirarem.
Em vez de se usar uma tripulação humana para guiar as bombas, que acabaria por morrer na explosão, a alternativa seria recorrer a uma ave. Skinner pensou nos pombos como uma opção para o controlo orgânico. O momento “Eureka” surgiu-lhe quando viu um bando de pássaros a voar perto do comboio onde estava.
“De repente vi-os como dispositivos com visão excelente e manobrabilidade. Não poderiam guiar um míssil? Será que a resposta para o meu problema estava à minha espera no meu próprio quintal?”, questionou Skinner.
A ideia foi recebida com muito ceticismo, mas Skinner recebeu na mesma 25 mil dólares do Comité Nacional da Investigação para a Defesa para testar a ideia. Os cockpits dos pilotos foram equipados com três pombos metidos dentro do cone do nariz colocado na ponta do míssil.
E em nada diferentes dos pombos a quem atiramos migalhas de pão, as aves usadas também caíram na tentação quando Skinner lhe prometeu dar sementes, usando já as premissas do condicionamento operante – procedimento de aprendizagem que usa recompensas e castigos para modelar o comportamento – que o especialista ainda não tinha inventado, para que os pombos reconheçam um alvo e o comecem a bicar.
A ideia seria de que, se os três pombos pilotos estivessem a bicar na mesma direção, então essa seria a rota do míssil. A mudança de direção seria facilitada por cabos presos à cabeça dos pássaros que o podiam conduzir mecanicamente.
Houve ainda um teste bem-sucedido, mas o Project Pigeon acabou por ser abandonado na mesma. Skinner acabou depois por se tornar um dos psicólogos mais influentes dos Estados Unidos.
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