O grupo radical considera que os manequins podem ser vistos como ídolos ou objectos de culto, algo que está estritamente proibido nas escrituras islâmicas, que só reconhece a veneração a Alá.
Segundo o tablóide britânico Daily Mail, os talibãs ordenaram aos lojistas na província afegã de Herat que removam as cabeças dos manequins usados nas montras das lojas.
Inicialmente, os comerciantes foram ordenados pelo Ministério da Propagação da Virtude e Prevenção do Vício a retirar os manequins inteiros, mas queixaram-se de que não os ter na montra afectaria o negócio, e os talibãs voltaram atrás, obrigando apenas à “decapitação” dos bonecos.
Os talibãs acreditam que os manequins podem ser vistos como ídolos e objectos de veneração, algo que é considerado um pecado imperdoável no Corão, que proíbe o culto ou qualquer outra figura que não o deus Alá.
Quem ignorar a imposição está a arriscar castigos pesados e o director do ministério local até afirmou que apenas olhar para a cara de uma manequim feminina vai contra a lei sharia.
Muitos dos lojistas em Herat ficaram revoltados com a ordem de decapitação, lembrando quão caros os manequins são, com um a revelar ao órgão afegão Raha Press que um pode chegar a custar 200 dólares e que cortar a cabeça implica um grande prejuízo.
Já o pequeno empresário Abdul Wadood Faiz Zada sugeriu em declarações ao jornal italiano Repubblica que as cabeças fossem tapadas em vez de serem removidas.
“Cada manequim custa 100 dólares, ou 80 dólares ou 70 dólares, e decapitá-los vai ser uma enorme perda financeira. Os talibãs não mudaram, vão haver restrições novamente”, afirma.
O Ministério da Propagação da Virtude e da Prevenção do Vício foi novamente criado em Setembro, depois do regresso dos talibãs ao poder no Afeganistão, e é responsável por administrar a interpretação rígida do Islão do grupo radical.
O Ministério inclui apenas homens e substituiu o antigo Ministério dos Assuntos das Mulheres. Desde a criação do novo governo talibã que as liberdades das mulheres têm sido restringidas no Afeganistão, estando muitas já proibidas de trabalhar e de ir à escola.
As mulheres também já não podem fazer viagens de carro longas sem um acompanhante masculino e estão também obrigadas a usar um véu no veículo.
https://zap.aeiou.pt/talibas-decapitacoes-manequins-islao-455691
Segundo o tablóide britânico Daily Mail, os talibãs ordenaram aos lojistas na província afegã de Herat que removam as cabeças dos manequins usados nas montras das lojas.
Inicialmente, os comerciantes foram ordenados pelo Ministério da Propagação da Virtude e Prevenção do Vício a retirar os manequins inteiros, mas queixaram-se de que não os ter na montra afectaria o negócio, e os talibãs voltaram atrás, obrigando apenas à “decapitação” dos bonecos.
Os talibãs acreditam que os manequins podem ser vistos como ídolos e objectos de veneração, algo que é considerado um pecado imperdoável no Corão, que proíbe o culto ou qualquer outra figura que não o deus Alá.
Quem ignorar a imposição está a arriscar castigos pesados e o director do ministério local até afirmou que apenas olhar para a cara de uma manequim feminina vai contra a lei sharia.
Muitos dos lojistas em Herat ficaram revoltados com a ordem de decapitação, lembrando quão caros os manequins são, com um a revelar ao órgão afegão Raha Press que um pode chegar a custar 200 dólares e que cortar a cabeça implica um grande prejuízo.
Já o pequeno empresário Abdul Wadood Faiz Zada sugeriu em declarações ao jornal italiano Repubblica que as cabeças fossem tapadas em vez de serem removidas.
“Cada manequim custa 100 dólares, ou 80 dólares ou 70 dólares, e decapitá-los vai ser uma enorme perda financeira. Os talibãs não mudaram, vão haver restrições novamente”, afirma.
O Ministério da Propagação da Virtude e da Prevenção do Vício foi novamente criado em Setembro, depois do regresso dos talibãs ao poder no Afeganistão, e é responsável por administrar a interpretação rígida do Islão do grupo radical.
O Ministério inclui apenas homens e substituiu o antigo Ministério dos Assuntos das Mulheres. Desde a criação do novo governo talibã que as liberdades das mulheres têm sido restringidas no Afeganistão, estando muitas já proibidas de trabalhar e de ir à escola.
As mulheres também já não podem fazer viagens de carro longas sem um acompanhante masculino e estão também obrigadas a usar um véu no veículo.
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