quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Computador-gênio: programa sueco tem QI de 150

Pesquisadores da Universidade de Gotemburgo, na Suécia, criaram um programa de computador com um QI de 150 – o computador chega a marca de QI 150 em perguntas não verbais padrões do teste de QI.

Até hoje, psicólogos não formaram um consenso sobre quais habilidades se combinam para produzir a aparência de uma grande inteligência. Apesar disso, a “condensação da inteligência” de uma pessoa em um “quociente de inteligência” simples (o QI) tem se mostrado irresistível para muita gente no campo. Na falta de algo melhor, o QI é usado para demonstrar grande ou pouca inteligência.

O primeiro teste de QI foi introduzido ao mundo por Alfred Binet, em 1905. Embora, em princípio, uma pontuação de QI deva ser de 100 x (idade mental)/(idade cronológica), esta definição se aplica apenas às crianças, até as habilidades mentais tenderem a estabilização, com cerca de 16 anos de idade.

Testes de QI para os adultos são desenvolvidos para que as suas pontuações caiam em uma “curva em forma de sino”, o pico da curva sendo definido como um QI de 100.

O desvio padrão dos resultados de teste é então avaliado. Um desvio padrão igual a 15 pontos de QI (de modo que uma pessoa marque um desvio padrão abaixo da média), será atribuído a um QI de 85. Já ao marcar um desvio padrão acima dos rendimentos médios, é atribuído um QI de 115.

De particular interesse é o desenvolvimento de testes de QI livres de preconceitos culturais, linguísticos e outros – testes que podem reduzir a um QI “puro”. Tais testes são geralmente fundamentados em questões que são baseadas em imagens ou em números, sendo relativamente constantes de cultura para cultura.

Os computadores podem realizar esses testes não verbais de QI. Os testes não são baseados na velocidade de conclusão – o pressuposto é que algumas pessoas nunca vão descobrir algumas das respostas. Nem mesmo os computadores.

Programas recentes que lidam com esses tipos de problemas geralmente pontuam abaixo de 100.

Claes Strannegård, pesquisador sueco, recentemente conseguiu um avanço nessa tecnologia, ao criar um programa mais inteligente, que foi projetado com um modelo de certos traços da psicologia humana, bem como algoritmos de reconhecimento de padrões. “Nós estamos tentando fazer programas que podem descobrir os mesmos tipos de padrões que os humanos veem”, explica.

Strannegård conta, por exemplo, que a sequencia “1, 2, …” é respondida pela maioria das pessoas com “3”, mas também poderia ser uma sequência de repetição como “1, 2, 1” ou uma sequência de duplicação como “1, 2, 4”.

Nenhuma dessas alternativas é mais matematicamente correta do que as outras. O que leva a primeira resposta é que a maioria das pessoas já aprendeu o padrão “1-2-3”. “As pessoas são atraídas para uma solução elegante ou bonita para um problema, que não é um conceito matemático. Assim, os modos de pensamento humanos são influenciados por fatores psicológicos, o que pode não levar a melhores escolhas na resolução de problemas”, conta.

O grupo de Gotemburgo desenvolveu um modelo psicológico de padrões como seriam vistos e selecionados por seres humanos, e incorporou em seus programas de teste de QI.

O resultado é um programa que ataca problemas abstratos utilizando abordagens semelhantes às de uma pessoa muito inteligente.

Uma das questões principais é os problemas de sequência. O fator marcante é que o computador não recebe opções de resposta para os problemas. Em vez disso, ele resolve a peça que faltava da imagem baseada na lógica e nos modelos de psicologia humana sozinho. O mesmo programa, quando otimizado para os problemas de números sequenciais, atinge um QI de pelo menos 150, mais uma vez sem a assistência de opções.

“Nossos programas estão batendo os programas de matemática convencionais, porque estamos combinando matemática e psicologia. Nosso método pode potencialmente ser usado para identificar padrões em quaisquer dados com um componente psicológico, tais como dados financeiros. Mas não é tão bom em encontrar padrões mais científicos de dados, tais como dados meteorológicos, nos quais a psique humana não está envolvida”, diz Strannegård.

Tendo desenvolvido uma compreensão inicial de como as pessoas abordam a solução dos problemas dos testes de QI, Strannegård quer desenvolver novos testes. Seu objetivo é ampliar a capacidade do módulo de solução psicológica para incluir outros fatores psicológicos para a resolução de problemas conforme eles são descobertos através de comparação com os resultados gerados por uma população em geral.

No final, os modelos podem não só permitir testes mais precisos da capacidade de resolução de problemas humanos, como também proporcionar programas cuja finalidade é a formação de pessoas com abordagens “não humanas” para a resolução de problemas, interagindo de forma mais eficaz com um universo que não é fortemente inclinado para padrões humanos de pensamento. [GizMag, Foto]

Fonte: http://hypescience.com/computador-genio-programa-sueco-tem-qi-de-150/

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