quinta-feira, 21 de maio de 2015

Russos capturados na Ucrânia assumiram que são soldados no activo

Durante o encontro em Kiev com membros da missão da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) na Ucrânia, "os dois indivíduos afirmaram que eram membros das forças armadas russas", indicou a organização, num comunicado.
No mesmo encontro, os dois russos "afirmaram que estavam numa missão de reconhecimento" na Ucrânia, precisou a organização.
"Um deles disse que recebeu ordens da sua unidade militar para ir e ficar na Ucrânia por um período de três meses (...). Os dois declararam que já tinham estado anteriormente em missão na Ucrânia", acrescentou a mesma nota informativa.
A OSCE precisou que os dois elementos confirmaram que foram capturados no dia 16 de maio na linha da frente do leste da Ucrânia, região controlada por separatistas pró-russos.
O encontro decorreu num hospital militar em Kiev, onde os dois homens estão internados, sem a presença das autoridades ucranianas.
Kiev anunciou no domingo a captura dos dois homens, tendo apresentado os dois elementos, feridos em combate, como soldados das forças especiais russas.
No dia seguinte, a Rússia desmentiu a informação, afirmando que os homens, no momento da captura, "não integravam as forças armadas russas".
Moscovo também sugeriu que os homens tinham sido alvo de tortura para corroborarem com as acusações ucranianas.
"Estes homens fizeram o serviço militar numa unidade do exército russo e têm formação militar", disse apenas o porta-voz do Ministério da Defesa russo, Igor Konachenkov.
A Ucrânia e os parceiros ocidentais acusam a Rússia de apoiar os separatistas do leste ucraniano, fornecendo-lhes armas e tropas.
O Presidente russo, Vladimir Putin, sempre desmentiu qualquer apoio direto aos separatistas.
O conflito armado entre o exército ucraniano e os rebeldes pró-russos fez mais de 6.200 mortos desde abril de 2014.
Uma nova trégua foi acordada em fevereiro último em Minsk, na Bielorrússia, sob a mediação da França e da Alemanha e na presença do Presidente russo, mas os atos de violência naquela região continuam a ser quase diários.

Fonte: http://www.jn.pt/PaginaInicial/Mundo/Interior.aspx?content_id=4581319&page=-1  

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