Tradução de impulsos elétricos em palavras pode trazer diversas vantagens para a medicina protética.
Pesquisadores demonstraram recentemente a possibilidade de efetuar a tradução entre os impulsos elétricos do cérebro e sinais de fala. O método, revelado pelo periódico PLoS Biology, detecta padrões mentais em pacientes — mediante eletrodos introduzidos no cérebro — enquanto estes pensam em determinadas palavras. Posteriormente, os sinais são novamente transformados em vocábulos através de um modelo computacional.
Conforme colocou a BBC News, além do salto óbvio para a pesquisa científica, a descoberta também oferece um novo horizonte para a medicina protética. De fato, pode-se imaginar um futuro em que será possível conversar com pacientes em coma ou incapazes de se comunicar fisicamente.
De acordo com o Brian Pasley, neurocientista que encabeçou a equipe por trás do novo método, trata-se de reconstruir estímulos. A equipe de Pasley teve como foco uma área do cérebro chamada giro temporal superior (STG). Trata-se de uma região ampla responsável, em parte, pelo nosso sistema de audição, mas que também processa linguisticamente os sons que são captados — fazendo com que palavras e frases tenham sentido.
O time monitorou o STG de 15 pacientes que foram submetidos a cirurgias por epilepsia ou tumores enquanto vários autofalantes recitavam palavras e sentenças. De acordo com Pasley, o truque consiste em desmembrar o “caos elétrico” que os sinais de áudio provocaram nos cérebros dos pacientes.
Para tanto, um computador ficou encarregado de identificar que partes do giro temporal superior eram ativadas, e em que taxa, quando determinadas frequências eram tocadas. Dessa forma, quando palavras foram, posteriormente, apresentadas aos pacientes — juntamente com o pedido para que pensassem nelas —, a equipe pôde “adivinhar” que palavras cada participante havia escolhido.
De fato, a equipe pode até mesmo reconstruir várias palavras ao transpor as ondas mentais captadas novamente para sinais de áudio, com base nas sugestões oferecidas pelo computador. “De um ponto de vista prostético, pessoas com problemas de fala poderiam utilizar próteses que as permitiriam se comunicar apenas imaginando a palavra”, afirmou o autor da pesquisa, Robert Knight, ao referido site.
Já a especialista em patologias ligadas à fala Mindy McCumber considera as vantagens um potencial para uma ampla gama deficiências. “Como terapeuta, eu vejo diversas aplicações em potencial, através da restauração da comunicação para uma série de disfunções”, afirmou Mindy à BBC News.
Fonte: http://www.tecmundo.com.br/protese/18856-cientistas-convertem-impulsos-cerebrais-em-sons-de-fala.htm
Pesquisadores demonstraram recentemente a possibilidade de efetuar a tradução entre os impulsos elétricos do cérebro e sinais de fala. O método, revelado pelo periódico PLoS Biology, detecta padrões mentais em pacientes — mediante eletrodos introduzidos no cérebro — enquanto estes pensam em determinadas palavras. Posteriormente, os sinais são novamente transformados em vocábulos através de um modelo computacional.
Conforme colocou a BBC News, além do salto óbvio para a pesquisa científica, a descoberta também oferece um novo horizonte para a medicina protética. De fato, pode-se imaginar um futuro em que será possível conversar com pacientes em coma ou incapazes de se comunicar fisicamente.
De acordo com o Brian Pasley, neurocientista que encabeçou a equipe por trás do novo método, trata-se de reconstruir estímulos. A equipe de Pasley teve como foco uma área do cérebro chamada giro temporal superior (STG). Trata-se de uma região ampla responsável, em parte, pelo nosso sistema de audição, mas que também processa linguisticamente os sons que são captados — fazendo com que palavras e frases tenham sentido.
O time monitorou o STG de 15 pacientes que foram submetidos a cirurgias por epilepsia ou tumores enquanto vários autofalantes recitavam palavras e sentenças. De acordo com Pasley, o truque consiste em desmembrar o “caos elétrico” que os sinais de áudio provocaram nos cérebros dos pacientes.
Para tanto, um computador ficou encarregado de identificar que partes do giro temporal superior eram ativadas, e em que taxa, quando determinadas frequências eram tocadas. Dessa forma, quando palavras foram, posteriormente, apresentadas aos pacientes — juntamente com o pedido para que pensassem nelas —, a equipe pôde “adivinhar” que palavras cada participante havia escolhido.
Já a especialista em patologias ligadas à fala Mindy McCumber considera as vantagens um potencial para uma ampla gama deficiências. “Como terapeuta, eu vejo diversas aplicações em potencial, através da restauração da comunicação para uma série de disfunções”, afirmou Mindy à BBC News.
Fonte: http://www.tecmundo.com.br/protese/18856-cientistas-convertem-impulsos-cerebrais-em-sons-de-fala.htm