Candidata às eleições presidenciais em França tem apresentado um discurso diferente e até alterou o seu programa eleitoral.
Quando se pensa em Marine Le Pen, pensa-se em direita. Normalmente em extrema-direita. Mas é na esquerda que a candidata às eleições presidenciais tem estado “a pescar”.
De acordo com as sondagens mais recentes, Le Pen está no segundo lugar das preferências dos franceses, entre 17% e 18,5% das intenções de voto, superada apenas pelo presidente actual, Emmanuel Macron, que ronda os 30%.
Le Pen tem estado a reunir mais intenções de voto, nos últimos tempos. Para essa subida terá contribuído a moderação no seu discurso e a mudança de programa eleitoral – para tentar obter votos entre os eleitores de esquerda.
A líder do Rassemblement National já vem tentando suavizar, ou mesmo afastar, a imagem xenófoba, racista e extremista que a Frente Nacional (agora Rassemblement National) – partido fundado pelo seu pai, Jean-Marie Le Pen – criou, ao longo de décadas. E ainda cria, para muitos franceses.
A estratégia tem resultado. A BBC lembra que um estudo da Kantar Public demonstrou que, há dois meses, 40% dos franceses viam Marine como uma candidata da extrema-direita nacionalista e xenófoba; essa percentagem era de 51%, há quatro anos (o partido mudou de nome em 2018).
“É uma evolução espectacular para Marine Le Pen e essa mudança é puxada principalmente pelo eleitorado da esquerda“, analisou Emmanuel Rivière, director internacional de estudos da Kantar Public.
As sugestões sobre imigração e segurança não foram muito alteradas mas, em relação à economia, o panorama é diferente.
O partido defende agora um papel mais relevante do Estado, a melhoria de serviços públicos, quer aumentar os salários dos professores e dos profissionais de saúde, aumentar o poder de compra dos franceses – claramente a “piscar o olho” à esquerda. Noutro patamar, deixou de lado a ideia de a França deixar a União Europeia.
Essas propostas podem subir o número de votos em Le Pen, entre as escolhas dos trabalhadores, do voto dos operários – 39% votaram em Le Pen, nas últimas eleições, há cinco anos.
Até há especialistas que vêem o programa eleitoral de Marine como um programa de esquerda.
E esta aproximação decorre numa altura em que as sondagens apontam para que os partidos de esquerda, juntos, consigam apenas 26% dos votos nas presidenciais.
https://zap.aeiou.pt/le-pen-votos-esquerda-469242
Quando se pensa em Marine Le Pen, pensa-se em direita. Normalmente em extrema-direita. Mas é na esquerda que a candidata às eleições presidenciais tem estado “a pescar”.
De acordo com as sondagens mais recentes, Le Pen está no segundo lugar das preferências dos franceses, entre 17% e 18,5% das intenções de voto, superada apenas pelo presidente actual, Emmanuel Macron, que ronda os 30%.
Le Pen tem estado a reunir mais intenções de voto, nos últimos tempos. Para essa subida terá contribuído a moderação no seu discurso e a mudança de programa eleitoral – para tentar obter votos entre os eleitores de esquerda.
A líder do Rassemblement National já vem tentando suavizar, ou mesmo afastar, a imagem xenófoba, racista e extremista que a Frente Nacional (agora Rassemblement National) – partido fundado pelo seu pai, Jean-Marie Le Pen – criou, ao longo de décadas. E ainda cria, para muitos franceses.
A estratégia tem resultado. A BBC lembra que um estudo da Kantar Public demonstrou que, há dois meses, 40% dos franceses viam Marine como uma candidata da extrema-direita nacionalista e xenófoba; essa percentagem era de 51%, há quatro anos (o partido mudou de nome em 2018).
“É uma evolução espectacular para Marine Le Pen e essa mudança é puxada principalmente pelo eleitorado da esquerda“, analisou Emmanuel Rivière, director internacional de estudos da Kantar Public.
As sugestões sobre imigração e segurança não foram muito alteradas mas, em relação à economia, o panorama é diferente.
O partido defende agora um papel mais relevante do Estado, a melhoria de serviços públicos, quer aumentar os salários dos professores e dos profissionais de saúde, aumentar o poder de compra dos franceses – claramente a “piscar o olho” à esquerda. Noutro patamar, deixou de lado a ideia de a França deixar a União Europeia.
Essas propostas podem subir o número de votos em Le Pen, entre as escolhas dos trabalhadores, do voto dos operários – 39% votaram em Le Pen, nas últimas eleições, há cinco anos.
Até há especialistas que vêem o programa eleitoral de Marine como um programa de esquerda.
E esta aproximação decorre numa altura em que as sondagens apontam para que os partidos de esquerda, juntos, consigam apenas 26% dos votos nas presidenciais.
https://zap.aeiou.pt/le-pen-votos-esquerda-469242
Nenhum comentário:
Postar um comentário