Previsões negativas no Reino Unido. Em Portugal, os “custos loucos” estão a deixar em alerta as empresas de rações.
“Tudo o que é matéria-prima está a custar entre o dobro e triplo de há ano e meio para cá”, avisa Rafael Neves.
Rafael é administrador da Ovopor, uma empresa que focada na produção de ração e de ovos. E lembra que os “custos loucos” já começaram no ano passado, tendo chegado agora a extremos, por causa da guerra da Ucrânia.
Há pouco mais de um ano, no final de 2020, uma tonelada de milho custava 180 euros. Foi subindo até perto dos 300 euros, praticamente um ano depois.
“Com esta guerra louca que vivemos, tivemos um aumento dos 200 e muitos euros por tonelada, para agora estarmos no patamar de cada tonelada custar mais de 400 euros”, lamentou Rafael Neves, em declarações à agência Lusa.
Um dos maiores problemas no sector em Portugal é a forte dependência do país do milho e do trigo que vinham da Ucrânia.
“Nunca vimos isto”
No Reino Unido, a declaração é ainda mais forte: “Acho que as pessoas da minha geração nunca tinham visto algo assim”.
Michael Oakes é o presidente do conselho de laticínios da União Nacional dos Agricultores e, em entrevista à Sky News, avisou que vem aí um “grande desafio”, no que diz respeito ao preço da comida e à própria quantidade de comida disponíveis.
A subida de preços na comida é “inevitável”. Os custos de produção subiram muito desde o primeiro dia da invasão russa à Ucrânia e o impacto na agricultura é muito grande.
Tal como em Portugal, avisou Oakes, os preços da ração quase duplicaram nos últimos tempos; um cenário semelhante no preço dos fertilizantes.
Aliás, os fertilizantes estão caros que muitos agricultores poderão optar por deixar os seus terrenos vazios a partir de agora – pode ser mais barato do que plantar.
O panorama no Reino Unido já se tinha agravado por dois motivos: a pandemia e a saída da União Europeia. Mas com a guerra, esta trilogia representa uma ameaça para o seu negócio. Os custos nas rações aumentaram 60%.
Oakes teve mesmo de abater vacas, do seu rebanho, para pagar contas.
No final, vai “sobrar” para o consumidor: os comerciantes terão de pagar mais aos fornecedores e os consumidores terão de pagar mais aos comerciantes.
https://zap.aeiou.pt/subida-de-precos-inevitavel-468475
“Tudo o que é matéria-prima está a custar entre o dobro e triplo de há ano e meio para cá”, avisa Rafael Neves.
Rafael é administrador da Ovopor, uma empresa que focada na produção de ração e de ovos. E lembra que os “custos loucos” já começaram no ano passado, tendo chegado agora a extremos, por causa da guerra da Ucrânia.
Há pouco mais de um ano, no final de 2020, uma tonelada de milho custava 180 euros. Foi subindo até perto dos 300 euros, praticamente um ano depois.
“Com esta guerra louca que vivemos, tivemos um aumento dos 200 e muitos euros por tonelada, para agora estarmos no patamar de cada tonelada custar mais de 400 euros”, lamentou Rafael Neves, em declarações à agência Lusa.
Um dos maiores problemas no sector em Portugal é a forte dependência do país do milho e do trigo que vinham da Ucrânia.
“Nunca vimos isto”
No Reino Unido, a declaração é ainda mais forte: “Acho que as pessoas da minha geração nunca tinham visto algo assim”.
Michael Oakes é o presidente do conselho de laticínios da União Nacional dos Agricultores e, em entrevista à Sky News, avisou que vem aí um “grande desafio”, no que diz respeito ao preço da comida e à própria quantidade de comida disponíveis.
A subida de preços na comida é “inevitável”. Os custos de produção subiram muito desde o primeiro dia da invasão russa à Ucrânia e o impacto na agricultura é muito grande.
Tal como em Portugal, avisou Oakes, os preços da ração quase duplicaram nos últimos tempos; um cenário semelhante no preço dos fertilizantes.
Aliás, os fertilizantes estão caros que muitos agricultores poderão optar por deixar os seus terrenos vazios a partir de agora – pode ser mais barato do que plantar.
O panorama no Reino Unido já se tinha agravado por dois motivos: a pandemia e a saída da União Europeia. Mas com a guerra, esta trilogia representa uma ameaça para o seu negócio. Os custos nas rações aumentaram 60%.
Oakes teve mesmo de abater vacas, do seu rebanho, para pagar contas.
No final, vai “sobrar” para o consumidor: os comerciantes terão de pagar mais aos fornecedores e os consumidores terão de pagar mais aos comerciantes.
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