quarta-feira, 3 de junho de 2015

Adolescentes mudam de hábitos com base na Internet

Novo estudo diz que os adolescentes estão a utilizar e a pôr em prática a informação sobre saúde que encontram na Internet.
Na era da Internet, os jovens passam muito tempo online: seja no Facebook ou Twitter, no YouTube a ver vídeos ou usar aplicações para computador ou smartphone. Um estudo da Northwestern University publicado esta terça-feira, diz que muitos são os que pesquisam sobre puberdade, higiene, obesidade infantil, actividade sexual, drogas ou álcool e um terço dos envolvidos no estudo (de 1156 adolescentes, com idades compreendidas entre os 13 e os 18 anos) admitiu usar informação que descobre para melhorar o seu comportamento.
Apesar de ser comum ouvir falar de todas as “coisas negativas que os miúdos estão a fazer online”, o estudo mostra a importância de garantir que existe informação precisa, adequada e de fácil acesso para adolescentes, uma vez que depois dos pais, aulas de saúde nas escolas e médicos e enfermeiros, a Internet é a quarta fonte de informação mais usada. “A Internet não está a substituir pais, professores ou médicos. Está a complementá-los”, escrevem os investigadores.
Na investigação, há vários adolescentes que explicam para que fins utilizaram a Internet e como esta os ajudou. “Tinha um músculo que me doía e queria saber como podia esticá-lo. Procurei no Google mas os sites que encontrei não eram específicos para o que queria. Então fui ao YouTube e encontrei”, conta um rapaz de 13 anos. Outro dos questionados, uma rapariga de 15 anos, conta que pesquisou informações sobre a doença de Alzheimer porque a avó a tem e queria aprender mais sobre ela – 23% dos inquiridos diz que utiliza ferramentas online para pesquisar informação sobre uma doença que afecta um familiar ou um amigo.
“Acho isso comovente, porque demonstra que realmente há vários adolescentes a lidar com desafios muito reais de saúde e que a Internet os está a capacitar com informações de que necessitam para que possam cuidar melhor de si”, disse Vicky Rideout, co-autora do estudo, citada pelo Washington Post.
O estudo mostrou também a necessidade de garantir que os adolescentes desenvolvem competências de literacia em saúde digital – os questionados têm dificuldades em identificar a diferença entre sites com conteúdos informativos e publicidade, com metade a admitir clicar no primeiro link que aparece. Ainda assim, os domínios que terminam em “.edu” são considerados mais confiáveis do que os que terminam em “.com”.
“Temos de garantir que há boa informação online para os estudantes”, disse Rideout. O estudo realçou, no entanto, que os jovens estão a usar a informação de saúde que existe na Internet para os ajudar a “comer de forma mais saudável, dormir melhor, lidar com stress e manterem-se em forma”, para encontrar um conselho ou para se prepararem para uma consulta, resumem as investigadores.

Fonte: http://lifestyle.publico.pt/noticias/349371_adolescentes-mudam-de-habitos-com-base-na-internet

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