Na era da Internet, os jovens passam muito tempo online: seja no Facebook ou Twitter, no YouTube a ver vídeos ou usar aplicações para computador ou smartphone. Um estudo da
Northwestern University publicado esta terça-feira, diz que muitos são
os que pesquisam sobre puberdade, higiene, obesidade infantil,
actividade sexual, drogas ou álcool e um terço dos envolvidos no estudo
(de 1156 adolescentes, com idades compreendidas entre os 13 e os 18
anos) admitiu usar informação que descobre para melhorar o seu
comportamento.
Apesar de ser comum ouvir falar de todas as “coisas negativas que os miúdos estão a fazer online”,
o estudo mostra a importância de garantir que existe informação
precisa, adequada e de fácil acesso para adolescentes, uma vez que
depois dos pais, aulas de saúde nas escolas e médicos e enfermeiros, a
Internet é a quarta fonte de informação mais usada. “A Internet não está
a substituir pais, professores ou médicos. Está a complementá-los”,
escrevem os investigadores.
Na investigação, há vários adolescentes que explicam para que fins
utilizaram a Internet e como esta os ajudou. “Tinha um músculo que me
doía e queria saber como podia esticá-lo. Procurei no Google mas os sites que
encontrei não eram específicos para o que queria. Então fui ao YouTube e
encontrei”, conta um rapaz de 13 anos. Outro dos questionados, uma
rapariga de 15 anos, conta que pesquisou informações sobre a doença de
Alzheimer porque a avó a tem e queria aprender mais sobre ela – 23% dos
inquiridos diz que utiliza ferramentas online para pesquisar informação sobre uma doença que afecta um familiar ou um amigo.
“Acho isso comovente, porque demonstra que realmente há vários
adolescentes a lidar com desafios muito reais de saúde e que a Internet
os está a capacitar com informações de que necessitam para que possam
cuidar melhor de si”, disse Vicky Rideout, co-autora do estudo, citada
pelo Washington Post.
O estudo mostrou também a necessidade de garantir que os adolescentes
desenvolvem competências de literacia em saúde digital – os
questionados têm dificuldades em identificar a diferença entre sites com conteúdos informativos e publicidade, com metade a admitir clicar no primeiro link que aparece. Ainda assim, os domínios que terminam em “.edu” são considerados mais confiáveis do que os que terminam em “.com”.
“Temos de garantir que há boa informação online para os
estudantes”, disse Rideout. O estudo realçou, no entanto, que os jovens
estão a usar a informação de saúde que existe na Internet para os ajudar
a “comer de forma mais saudável, dormir melhor, lidar com stress e manterem-se em forma”, para encontrar um conselho ou para se prepararem para uma consulta, resumem as investigadores.
Fonte: http://lifestyle.publico.pt/noticias/349371_adolescentes-mudam-de-habitos-com-base-na-internet
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