Pesquisadores do Serviço de
Monitoramento de Atmosfera Copernicus (CAMS), da União Europeia,
relataram que após quase um mês sobre o Ártico, o maior buraco na camada
de ozônio já identificado no Polo Norte foi fechado.
(Fonte: Gauchazh/NASA)
A camada de ozônio faz parte da proteção da atmosfera terrestre contra a radiação ultravioleta. A camada foi aberta no Ártico em meados do fim de março, quando condições incomuns se estabeleceram sob a região.
O que levou à abertura na camada de ozônio sobre o Ártico?
As condições incomuns que ocorreram no fim de março foram
ventos que prenderam ar gelado acima da região por semanas consecutivas.
Os ventos que são conhecidos como vórtice polar, foram responsáveis por
criar uma grande massa de ar frio que, consequentemente, acabou gerando
formações de nuvens de grande altitude.
Imagem criada pela NASA mostra escala de cores do buraco na
camada de ozônio do Ártico, em 5 de abril de 2020. Azul e roxo
representam a ausência do gás ozônio na atmosfera
As nuvens criadas acabaram se misturando com poluentes
artificiais, tais como bromo e cloro. Isso acarretou a corrosão do gás
ozônio presente na camada atmosférica da região até que um buraco de
três vezes o tamanho da Groenlândia fosse aberto.
No Hemisfério Norte, ao contrário do Hemisfério Sul, a
formação de buracos como esses são muito raras, segundo os pesquisadores
da Agência Espacial Europeia (ESA). Portanto, o buraco na camada de
ozônio aberto no Ártico ocorreu apenas por que o ar frio se concentrou
por mais tempo do que normalmente acontece.
O fim do buraco na camada de ozônio do Ártico
De acordo com os pesquisadores do CAMS, no fim da última
semana o vórtice polar sofreu uma divisão, o que criou o caminho para
que o ar abundante de ozônio retornasse rapidamente para cima da região Ártica.
Os pesquisadores ainda não possuem dados relevantes para
afirmar se os buracos na camada de ozônio do Ártico podem representar
uma tendência nova. Martin Dameris, cientista atmosférico do Centro
Espacial Alemão, disse que essa é a primeira vez que alguém pôde relatar
a presença de um buraco na camada de ozônio verdadeiro no Ártico.
Por outro lado, o buraco na camada de ozônio na Antártica,
que já existe por quatro décadas tende a continuar sendo uma realidade
local no futuro. Apesar disto, uma avaliação no ano de 2018 da
Organização Meteorológica Mundial verificou que o buraco na camada de
ozônio do Polo Sul teve diminuição de 1% a 3% a cada década desde o ano
2000.
https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114362-buraco-na-camada-de-ozonio-do-artico-foi-fechado.htm
https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114362-buraco-na-camada-de-ozonio-do-artico-foi-fechado.htm
Nenhum comentário:
Postar um comentário