quinta-feira, 30 de setembro de 2021

Canadá concede asilo a família que ajudou a esconder Snowden em Hong Kong !

O Canadá concedeu asilo a quatro pessoas que esconderam o ex-analista de sistemas da CIA, Edward Snowden, nos seus apartamentos em Hong Kong quando este estava em fuga.


Segundo a agência France-Presse, Supun Thilina Kellapatha e Nadeeka Dilrukshi Nonis, e os filhos Sethumdi e Dinath, chegaram a Toronto na terça-feira e devem seguir para Montreal, informou a organização For the Refugees. Em 2019, o grupo auxiliou duas outras pessoas que ajudaram Snowden, Vanessa Rodel e a filha Keana.

Originais do Sri Lanka, Kellapatha, Nonis e os filhos foram deportados após os pedidos de asilo em Hong Kong terem sido rejeitados. Um sétimo membro do grupo que ajudou Snowden, Sri Lanka Ajith Pushpakumara, permanece em Hong Kong, onde a “sua segurança ainda está em risco“, indicou o For the Refugees.

“Estamos felizes com o resultado final – pelo menos para seis dos sete”, disse o presidente do For the Refugees, Marc-Andre Seguin. “Embora saudemos a chegada e o início de um novo capítulo na vida desta família, não podemos ignorar que Ajith ficou para trás”, acrescentou o responsável.

Em 2013, Snowden revelou milhares de documentos confidenciais, expondo a vasta vigilância dos Estados Unidos (EUA) posta em prática após os ataques de 11 de setembro. Após fugir, ficou detido em Hong Kong. O grupo de refugiados concordou em abrigá-lo durante duas semanas até que pudesse voar para a Rússia, onde vive agora.

O papel do grupo na fuga de Snowden só foi revelado no filme de Oliver Stone sobre Snowden, lançado em 2016.

https://zap.aeiou.pt/canada-familia-snowden-hong-kong-435093

 

A China construiu um complexo de 5 mil quartos para isolar turistas — É apenas o primeiro de muitos !

Governo chinês tem apostado numa estratégia de zero casos, o que significa que cidades inteiras são colocadas em isolamento quando surge um único caso. Uma das brechas ao sistema implementado são os visitantes que chegam do exterior, pelo que estão a ser construídas novas infraestruturas para estes poderem fazer quarentena quando chegam ao país.


Em dezembro de 2019, a China, com especial destaque para a província de Wuhan, foi o primeiro país a sentir as consequências da pandemia — que na altura ainda não o era — da SARS-CoV-2. Os relatos e as imagens que nos chegavam davam conta de cidades inteiras confinadas como forma de limitar a propagação de um vírus sobre o qual muito pouco sabia, para além de que estava a provocar uma onda da pneumonias mortais como os médios nunca viram.

Quase dois anos volvidos, e com os principais focos de infeções a transferirem-se para o ocidente, a China tem vindo a tentar o que os especialistas classificam como a estratégia de zero casos, ou seja, sempre que um único caso de covid-19 é detetado as autoridades regionais decretam um confinamento rigoroso nas localidades onde entendem ser provável que exista risco de contágio. Esta tem sido a abordagem desde, sensivelmente, o início do segundo semestre de 2020 e sempre que se regista um surto.

Como não poderia deixar de ser, os indivíduos que chegam ao país — os poucos que estão autorizados a fazê-lo — estão também obrigados a cumprir um severo regime de isolamento, o qual, na cidade de Guangzhou, deveria ser feito em quartos de hotéis escolhidos pelas autoridades locais. No entanto, o vírus parecia encontrar sempre brechas por onde escapar.

Em junho, a província de Guangdong, onde fica a cidade de Guangzhou ou Shenzhen, conseguiu conter um destes surtos, mas os responsáveis pela monitorização da pandemia rapidamente informaram que mais teria de ser feito para que episódios do género fossem evitados num território responsável por receber cerca de 90% dos visitantes provenientes do exterior — sejam eles estrangeiros ou chineses que queiram regressar a casa, o que significava cerca de 30 mil pessoas em isolamento nos cerca de 300 equipamentos designados para o efeito.

Uma das medidas implementadas foi a ou construção de um complexo com 5 mil quartos, com uma área correspondente a 46 campos de futebol e onde deverão trabalhar 4 mil funcionários do setor da saúde. Tudo para que seja possível acolher os visitantes e garantir que o vírus não escapa para a população — que, desta forma, acaba por estar mais distante do que com a solução anterior.

Para além das dimensões do complexo, batizado Estação Internacional de Saúde de Guanghou, há outras características suas que impressionam. Por exemplo, cada um dos quartos está equipado com uma câmara vídeo, um termómetro que funciona por inteligência artificial e as refeições são servidas aos hóspedes por robôs, de forma a reduzir o contacto humano ao mínimo possível. “É muito provavelmente o centro de quarentena mais moderno e sofisticado do mundo“, descreveu Yanzhong Huang, colaborador para a área da saúde no departamento de relações internacionais da autoridade local.

Este é, no entanto, apenas a primeira de muitas infraestruturas do género que o Governo pretende construir no país. O processo de construção de um complexo semelhante em Donggguan já está a decorrer — deverá ter 2 mil quartos — e a próximo na lista deverá ser Shenzhen, dois hubs do país que recebem com frequência visitantes com o intuito de fazer negócio do mercado chinês.

“Esta não é apenas uma medida provisória. Os responsáveis chineses acreditam que esta pandemia vai demorar algum tempo a terminar, pelo que a China vai continuar a fazer um controlo apertado das suas barreiras”, explicou Huang. “Estruturas como esta são uma forma de institucionalizar a estratégia de zero casos“, referiu à CNN.

Na China, todos os visitantes provenientes do exterior eram obrigados a cumprir uma quarentena de duas semanas num hotel, seguidas de mais uma em instalações do Estado chinês ou, no caso dos cidadãos chineses, em contexto domiciliário — mesmo aqueles com vacinação completa. Recentemente, o período inicial foi revisto para 21 dias.

Nas vésperas da abertura do complexo — que demorou menos de três meses a construir —, os primeiros de 184 trabalhadores da área da saúde destacados para trabalhar no complexo já começam a chegar. Pela frente terão períodos de trabalho de 28 dias e antes de regressarem a casa terão, também eles de cumprir uma semana de quarentena, seguida de outras duas semanas de isolamento nas suas residências para poderem sair.

Apesar da grande dimensão da infraestrutura, os responsáveis estimam que esta fique com lotação completa rapidamente. “Se considerarmos que um voo internacional transporta, em média, 300 pessoas, com todas elas a ter que fazer quarentena durante 21 dias, é fácil perceber que vai ficar cheio rapidamente”, apontou. Huang.

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“Ele tirou o preservativo sem me avisar”: Criminalizar o stealthing está na mira de muitos países !

A possibilidade de criminalizar e até equiparar à violação o acto de remover o preservativo a meio das relações sexuais sem informar a parceira está a ser debatido em vários países, como a Austrália e os EUA. Houve já condenações históricas na Suíça e na Nova Zelândia.


Cindy tinha 30 anos quando em 2016 saiu num primeiro encontro com o homem que tinha conhecido no Tinder. Depois de os dois irem para sua casa depois de jantar, aquilo que Cindy esperava que fosse uma aventura de Verão rapidamente teve uma viragem negativa.

Ele tirou o preservativo sem me dizer a meio do sexo. Eu acabei por ir junto aquilo porque ele era mais velho e eu não queria arruinar o momento. Senti-me terrível depois”, revelou a administrativa ao New York Post.

Já Sara também tem uma história parecida. A jovem identificada com este nome fictício num estudo de 2017 realizado pela advogada de direitos civis Alexandra Brodsky disse ao parceiro que o uso de protecção não era negociável. “Eu criei um limite. Fui muito explícita”, afirma.

No entanto, Sara descobriu mais tarde que o homem com quem estava a sair há algumas semanas tinha removido o preservativo em segredo. “Acabei por falar com ele sobre isso mais tarde. Ele disse-me “não te preocupes com isso, confia em mim”. Não me esqueci disso, porque ele já tinha provado que não merecia a minha confiança“, revela.

Uma estudante caloira na universidade que usa o nome falso Rebecca também detalhou a sua história a Brodsky, quando o namorado tirou o preservativo sem a avisar. A mulher lembra-se das preocupações que teve sobre uma possível gravidez ou transmissão de doenças e sobre a quebra de confiança no companheiro e recorda que o homem se recusou a ajudá-la a pagar a contracepção de emergência.

Mais tarde, já depois de ter terminado os estudos e quando estava a trabalhar numa linha de apoio a vítimas de violação, Rebecca ouviu relatos semelhantes ao seu, que começavam quase sempre com a frase “eu não sei se isto é violação, mas…

E para muitos, é, e Cindy, Sara e Rebecca estão longe de ser as últimas vítimas desta práctica, conhecida como stealthing. De acordo com um estudo de 2017, 12% das mulheres entre 21 e 30 anos já tiveram um parceiro que removeu o preservativo a meio das relações sexuais sem o consentimento, enquanto outra investigação concluiu que 10% dos jovens rapazes admitiu já ter retirado a protecção sem avisar a parceira.

As preocupações sobre doenças sexualmente transmissíveis e gravidezes também não são infundadas, já que um inquérito de 2019 concluiu que os homens que praticam stealthing têm uma probabilidade muito maior de estar infectados com uma DTS (uma taxa de 29,5% em relação a 15,1%) e que também têm uma probabilidade de causar gravidezes indesejadas de 46,7%.

Para além das preocupações com as consequências físicas, o stealthing deixa também marcas psicológicas nas vítimas, que têm dificuldade em confiar nos parceiros novamente e que se sentem humilhadas e desrespeitadas por verem a sua autonomia corporal ignorada.

“Senti-me violada e desiludida porque convidei alguém para o meu quarto para partilhar este momento pessoal e não consenti. Depois da última vez, fiquei emocionalmente desligada. Primeiro queria zangar-me e gritar, mas a desilusão esgotou-me… Agora só tento ter mais cuidado”, revela Adrianna ao New York Post, que já foi vítima de stealthing quatro vezes, todas com homens que conheceu em aplicações de namoro.

Uma jovem portuguesa também contou ao DN que teve uma experiência parecida quando dormiu com um amigo que tirou a protecção e teve de tomar a pílula do dia seguinte. “A experiência foi horrível. As hormonas têm muitos efeitos e tive de fazer tudo sozinha. Ele não mostrou qualquer preocupação, não perguntou sequer como eu estava. Senti-me só e desprezada”, explica, dizendo que não aceita ter relações sem preservativo, que pedir para o usarem é um “direito” e que “negá-lo é violência”.

A psicoterapeuta Kathryn Smerling revela ao tablóide nova-iorquino que muitas vítimas sentem “muita vergonha” e que se perguntam como é que deixaram isso acontecer. “Algumas têm de aprender a falar sobre o que lhes aconteceu antes se sentirem confortáveis novamente a ter sexo com alguém”, explica, dizendo que notou um aumento nas queixas nos últimos anos.

O mesmo inquérito que traçou o perfil dos homens mostrou também que estes tendem a ser mais hostis com as mulheres, uma tese que foi também suportada no estudo de Brodsky, que detalhou fóruns online onde homens dão dicas sobre como tirar o preservativo sem serem apanhados e justificam o acto dizendo que é um “impulso natural” e que têm o direito a “espalhar a semente”.

O estudo de Alexandra Brodsky marcou uma mudança na forma como o stealthing é encarado, que é ainda visto por muitos como algo inofensivo. A autora estudou as molduras penais sobre o acto, que descreveu como “adjacente à violação” e disse que pode ser entendido como uma forma de “transformar o sexo consensual e não consensual” porque as circunstâncias mudam sem a aprovação de ambas as partes.

Aos poucos, a lei está a acompanhar a tendência

Foi para combater a prevalência do stealthing que a deputada na Assembleia da Califórnia Cristina Garcia apresentou recentemente uma proposta de lei que já foi aprovada nas duas câmaras da legislatura do estado norte-americano e que torna a remoção do preservativo sem consentimento uma ofensa civil. A lei está agora na secretária do governador Gavin Newsom, que tem até 10 de Outubro para a assinar.

Caso avance, a Califórnia vai tornar-se o primeiro estado nos EUA a reconhecer o stealthing como uma violação à lei. A legislação permite às vítimas processar os homens que retirem os preservativos pelas acusações de abuso sexual e exigir indemnizações. Os estados do Wisconsin e do Nova Iorque estão a ponderar leis semelhantes.

Já há vários anos que Garcia estava a tentar aprovar legislação sobre o stealthing. Em 2017, a deputada introduziu uma lei que criminalizaria a práctica e que poderia levar à prisão dos homens, mas a proposta não passou, escreve o Washington Post.

Os analistas na altura disseram que o stealthing já poderia ser considerado um abuso sexual em delito, apesar de não estar especificado no código criminal na Califórnia.

Contudo, seria muito difícil conseguir condenações porque teria de se provar que o preservativo não saiu acidentalmente, pelo que a designação de ofensa civil pode fazer com que seja mais fácil as vítimas conseguirem justiça devido às exigências menos restrictas nas provas.

Brodsky mostrou-se contente sobre a proposta e revelou ao Washington Post que a lei pode ajudar as vítimas. “Acho que muitas sobreviventes vão sentir-se ouvidas pelo facto da legislatura estadual concordar que o que lhes aconteceu foi errado”, afirma.

A Suíça também fez manchetes mundiais em 2017 quando um tribunal no país condenou um homem a 12 meses de prisão suspensa por violação depois deste ter removido o preservativo sem permissão.

O caso de Julian Assange foi também muito mediático, depois do fundador do WikiLeaks ter sido acusado de violação por ter alegadamente rompido o preservativo propositadamente a uma de duas mulheres suecas com quem terá tido relações sexuais.

Em Abril deste ano, houve também uma condenação histórica na Nova Zelândia, com um homem a receber uma pena de três anos e nove meses de prisão por ter tirado a protecção durante as relações com uma trabalhadora sexual num bordel em 2018. A mulher pediu ajuda ao gerente do estabelecimento e foi chamada a polícia.

O Partido Liberal da Austrália, está também a tentar criminalizar o stealthing, propondo uma mudança na legislação que abranja explicitamente a práctica. “Sexo sem consentimento é agressão sexual. E a agressão sexual é crime. No fim de contas, retirar o preservativo sem consentimento é violação“, defendeu a líder liberal Elizabeth Lee.

E em Portugal? Segundo revela Rita Mota e Sousa, magistrada do Ministério Público, ao DN, o acto pode já ser penalizado com a lei existente.

“A pessoa quereria, consentiria naquela relação sexual se soubesse que não havia preservativo? É importante que haja tipicidade na lei penal, para que as pessoas saibam se o que fazem é crime ou não. Pode-se entender que a pessoa, sendo ludibriada, está a ser constrangida a um acto que não consentiu. E nesse sentido acho que o stealthing cabe na actual letra da lei. Porque a relação sexual tem de ser consentida no todo“, explica.

Mas as opiniões dividem-se, já que a professora de Direito Penal Inês Ferreira Leite revela ao mesmo jornal que a explicitação tem de ser acrescentada à actual legislação nº 164 do Código Penal [violação], porque o acto pode não ser penalizado com a actual redacção.

https://zap.aeiou.pt/tirou-preservativo-sem-avisar-criminalizar-stealthing-paises-434770

 

 

Rússia ameaça bloquear YouTube no país após a suspensão de canais russos !

O órgão regulador das telecomunicações russo Roskomnadzor ameaçou hoje bloquear o YouTube se a rede social se recusasse a levantar a suspensão das contas alemãs do canal de televisão público russo RT.


A autoridade das telecomunicações russa declarou que pediu ao Google, a empresa-mãe da rede social, “que levantasse o mais rápido possível as restrições impostas aos canais do RT DE e Der Fehlende Part no YouTube”.

A legislação prevê a suspensão total ou parcial do acesso caso o proprietário de uma plataforma não execute uma recomendação do Roskomnadzor”, afirmou.

O portal norte-americano do Google bloqueou as contas do RT DE e Der Fehlende Part na terça-feira por violarem as regras internas da comunidade ao disseminar “informações falsas” sobre o novo coronavírus e por querer contornar a suspensão do download.

É “um ato de agressão de informação sem precedentes por parte do YouTube”, reagiu o Ministério dos Negócios Estrangeiros, num comunicado divulgado na madrugada de hoje, acusando as autoridades alemãs de terem “obviamente incentivado, até mesmo insistido” nessa decisão.

“O objetivo desta agressão aos projetos do grupo russo é óbvio: silenciar as fontes de informação que não se encaixam num enquadramento mediático confortável” para as autoridades na Alemanha, declarou a diplomacia russa, observando nesta ação “a continuação de uma guerra de informação contra a Rússia”.

Neste contexto, “a tomada de medidas retaliatórias simétricas contra os meios de comunicação alemães na Rússia (…) parece não apenas apropriada, mas também necessária”.

A RT, que também transmite em inglês, francês e espanhol, é vista como parte dos esforços de propaganda internacional do Kremlin.

O YouTube bloqueou as suas contas porque a RT DE queria, através do seu canal Der Fehlende Part, contornar a proibição de transmissão de novos vídeos por uma semana por causa da disseminação de desinformação sobre a covid-19, segundo os meios de comunicação alemães.

De acordo com a RT, esta suspensão deveria ser levantada hoje.

A Rússia intensificou os ataques contra as principais redes sociais e plataformas digitais nos últimos meses, acusando-as de estar a serviço dos interesses ocidentais.

Em particular, forçou o Google e a Apple a bloquear uma série de conteúdo na Rússia relacionado ao opositor ao Kremlin Alexei Navalny.

https://zap.aeiou.pt/russia-ameaca-bloquear-youtube-435033

 

“Inclinação política correta”: China aumentará investimento em “cientistas patrióticos” !

O Presidente chinês, Xi Jinping, quer aumentar o investimento em cientistas e intelectuais que têm uma “inclinação política correta” e estão imbuídos de sentimentos patrióticos para servir a sua nação, avançou na terça-feira a agência de notícias estatal Xinhua.


A China pretende aumentar o investimento em pesquisas e no desenvolvimento até 2025, apostando também nos talentos domésticos até 2030, informou a Xinhua, citando comentários de Xi Jinping numa conferência de imprensa de dois dias, em Pequim.

Promover o talento intelectual tornou-se uma prioridade mais urgente para a China, à medida que os Estados Unidos (EUA) fecham cada vez mais as suas portas para estudantes e académicos chineses e restringem a exportação de tecnologia e partilha de ideias.

“Devemos ter determinação e confiança em nutrir o nosso talento de forma autóctone”, afirmou Xi Jinping durante o encontro. “[Devemos] insistir na inclinação política correta, melhorar continuamente o trabalho dos intelectuais, inspirar pessoas talentosas a sentir um patriotismo profundo, seguir em frente e servir ao país”, referiu.

Desde que se tornou Presidente, em 2013, Xi reafirmou a primazia do Partido Comunista na sociedade, adotou um papel mais assertivo no cenário global e entrou em conflito com os EUA em questões como o comércio e os direitos humanos na China.

Na terça-feira, disse ainda que a China pretende liderar o mundo em “ciências estratégicas” até 2034. Washington há muito acusa as autoridades chinesas de se envolverem em pirataria intelectual e de roubarem ideias norte-americanas, algo que Pequim nega.

https://zap.aeiou.pt/china-investimento-cientistas-patrioticos-434917

 

Evergrande vende parte da participação em banco comercial a grupo estatal !

A construtora chinesa Evergrande anunciou, esta quarta-feira, a venda de 19,93% das ações do banco comercial Shengjing Bank a um conglomerado estatal, por 9993 milhões de yuans (1322 milhões de euros), numa altura em que regista falta de liquidez.


Em comunicado, enviado à Bolsa de Valores de Hong Kong, a Evergrande indicou que, após a transação, a sua participação no Shengjing Bank caiu de 34,5% para 14,57%.

A empresa chinesa vai transferir 1753 milhões de ações um preço unitário de 5,7 yuans (75 cêntimos de euro).

O dinheiro provavelmente não vai para a tesouraria da construtora, já que o Shengjing Bank exigiu que o lucro líquido que a Evergrande obtiver com esta operação pague as dívidas que tem com o banco.

O conglomerado que adquiriu a participação é identificado no documento como Shenyang Shengjing Finance Investment Group, um grupo estatal, formado por diferentes instituições da cidade de Shenyang – onde o banco tem sede – e da província de Liaoning.

O motivo dado para a transação são os “problemas de liquidez” da Evergrande, que “afetaram material e adversamente o Shengjing Bank”.

Em maio, o portal de notícias económicas Caixin informou que os reguladores bancários chineses estavam a investigar mais de 100 mil milhões de yuans (13.227 mil milhões de euros) em transações entre a Evergrande e o Shengjing Bank, que detém “grande quantia” de títulos da, até agora, sua principal acionista.

Embora a Evergrande tenha assegurado que todas as operações com o Banco Shengjing cumpriram os regulamentos estabelecidos, o vice-presidente da câmara de Shenyang pediu às empresas públicas da região que aumentassem “gradualmente” a sua participação na entidade, para “acelerar a sua conversão para um bom banco”.

No comunicado emitido esta manhã, a construtora garantiu que a entrada do grupo estatal vai “ajudar a estabilizar as operações do banco” e “aumentar e manter o valor” da participação que a imobiliária manteve.

A notícia foi bem recebida pelos investidores na Bolsa de Valores de Hong Kong, com as ações da Evergrande a subirem mais de 13,1%, na sessão da manhã.

A Evergrande, com um passivo total de cerca de 256 mil milhões de euros, tem de enfrentar hoje o pagamento de 47,5 milhões de dólares (40,6 milhões de euros) de juros sobre obrigações emitidas fora da China.

Na passada quinta-feira, terminou o prazo para o pagamento de 84 milhões de dólares (cerca de 71 milhões de euros) de obrigações também emitidas no estrangeiro.

https://zap.aeiou.pt/evergrande-vende-parte-participacao-banco-comercial-435038

 

 

Generais norte-americanos contradizem Biden - Recomendaram permanência de soldados no Afeganistão !

Esta terça-feira, dois altos generais dos Estados Unidos afirmaram, no Senado, que aconselharam o Presidente norte-americano a não retirar as forças militares do Afeganistão.


O general Kenneth McKenzie, líder do comando central norte-americano, disse que, no início do ano, recomendou que cerca de 2.500 militares ficassem no Afeganistão, caso contrário o Exército afegão iria colapsar perante os talibãs em pouco tempo. Da mesma forma, admitiu ter aconselhado, no ano passado, a manutenção de 4.500 militares, ainda à Administração Trump.

Segundo o Expresso, McKenzie garantiu também ter falado com o Presidente Joe Biden sobre a recomendação do general Scott Miller, comandante do Exército norte-americano no Afeganistão até julho, que também era a favor de manter alguns milhares de militares no terreno.

“Eu estava presente quando essa discussão ocorreu e estou confiante de que o Presidente ouviu todas as recomendações e refletiu bastante sobre elas”, afirmou. Apesar de não ter revelado a sua “recomendação pessoal” ao Presidente, garantiu que a sua “opinião pessoal” formou a sua recomendação.

No mês passado, numa entrevista à ABC, Biden foi confrontado com o facto de os seus assessores conselheiros militares lhe terem dito que se devia “manter 2.500 tropas” no Afeganistão. Questionado sobre se tal era verdade, o governante respondeu: “Não. Ninguém me disse isso, que eu me lembre.”

Também esta terça-feira, na Comissão das Forças Armadas do Senado, o general Mark Milley confirmou que concordava com a ideia de deixar 2.500 tropas no país, mas recusou-se a classificar a resposta de Joe Biden como “falsa”. “Não vou caracterizar uma declaração do Presidente dos EUA.”

Questionado sobre se a retirada dos militares e a evacuação de civis em Cabul tinham prejudicado a imagem internacional dos EUA, o chefe do Estado-Maior Conjunto disse que aliados e adversários estavam a rever “intensamente” a credibilidade de Washington.

“Creio que ‘prejuízo’ [da imagem internacional] é uma palavra que poderia ser utilizada”, afirmou o militar, citado pelo Diário de Notícias.

Os talibãs “eram e continuam a ser uma organização terrorista, e que ainda não romperam completamente os laços com a Al-Qaeda”.

“Resta saber se os talibãs conseguirão ou não consolidar o poder, ou se o país se fragmentará novamente numa guerra civil”, disse Milley, acrescentando que é preciso “continuar a proteger o povo americano dos ataques terroristas que possam surgir do Afeganistão”.

Joe Biden ordenou, em abril, a retirada completa das forças norte-americanas do Afeganistão antes de 11 de setembro, mantendo o estabelecido no acordo alcançado com os talibãs pelo então Presidente Donald Trump.

https://zap.aeiou.pt/generais-contradizem-biden-afeganistao-434979

 

Talibãs “marionetas” de um poder secreto com ameaça de colapso financeiro e guerra interna !

O Afeganistão vive tempos de dúvida e muito medo, com a situação financeira a complicar-se. O sistema bancário do país está à beira do colapso e a guerra interna no topo da hierarquia dos talibãs só acrescenta problemas. Enquanto isso, a influência dos país vizinhos é questionada e pode ser decisiva.


O sistema bancário do Afeganistão está à beira do colapso. O alerta é do director-executivo do Banco Islâmico do Afeganistão, um dos maiores do país.

“Há grandes levantamentos a acontecerem”, salienta Syed Moosa Kaleem Al-Falahi em declarações à BBC. “Só estão a acontecer levantamentos, a maioria dos bancos não está a funcionar e não fornece todos os serviços”, refere ainda.

A economia do país já estava em crise antes da tomada de poder por parte dos talibãs, dependendo muito da ajuda internacional. Mas, agora, com a instabilidade política e social e com o congelamento de fundos, após o triunfo dos talibãs, a situação complicou-se ainda mais.

Os EUA congelaram 10 mil milhões de dólares de reservas do Banco Central do Afeganistão, pressionando o país por causa dos direitos humanos, em especial das mulheres e das etnias minoritárias.

O Afeganistão tem também barrado o acesso a fundos do FMI (Fundo Monetário Internacional) e do Banco Mundial.

A ONU já veio avisar que o país precisa de aceder a essa ajuda internacional para evitar “uma crise económica severa”.

China e Rússia como tábuas de salvação

Enquanto isso, os talibãs estão a virar-se para “a China e a Rússia”, em busca de financiamento, segundo nota à BBC o director-executivo do Banco Islâmico do Afeganistão.

A China está particularmente interessada na reconstrução do Afeganistão e já cedeu ao país milhões de dólares em alimentos e vacinas contra a covid-19.

Mas com a inflação a disparar, a moeda do país em queda e muitas pessoas a perderam os seus empregos, a questão humanitária começa a ganhar força.

O Programa Mundial Alimentar das Nações Unidas já alertou que apenas 5% das famílias têm comida suficiente todos os dias.

Talibãs divididos entre políticos e militares

Como se tudo isso não bastasse, surgem muitas dúvidas quanto ao poder instalado no país.

Os rumores sobre divisões internas nos talibãs continuam depois do desaparecimento de Mullah Abdul Ghani Baradar, co-fundador dos talibãs e que chegou a ser apontado como primeiro-ministro, tendo depois passado a vice-primeiro-ministro do Governo que foi anunciado como “temporário”.

Baradar já voltou a aparecer em público após se ter especulado que teria sido morto numa discussão com um líder militar dos talibãs por causa da formação do novo Governo.

A revista britânica The Spectator avança também a possibilidade de ele ter sido feito “refém” e não é certa a sua influência actual no seio do grupo.

Está em causa “uma divisão político-militar”, com os líderes armados do grupo, os que lutaram na frente de batalha, a sentirem que “algo lhes é devido por 20 anos de luta”, como aponta a Al Jazeera.

Assim, Baradar pertence ao lado mais diplomático que é pela moderação para apacificar o povo e a comunidade internacional, tendo, inclusive, defendido mais lugares para as minorias étnicas no Governo e também a manutenção da bandeira com as cores verde, vermelho e preto, a par da bandeira dos talibãs, como reporta o The Spectator.

Mas do outro lado estão os talibãs combatentes que “ainda aguardam os despojos da guerra”, como nota a Al Jazeera.

Contudo, também nas bases do grupo, os combatentes mais rasos estarão a percorrer grandes e pequenas cidades, saqueando os bens das famílias de antigas autoridades do país.

Pelo meio há receios de que estes anseios pessoais levem a um clima de terror, onde ninguém estará a salvo.

Quem manda mesmo no Afeganistão?

No meio de toda esta situação delicada, é preciso entender também qual é o papel que os vizinhos Paquistão e Irão estão a ter na actual realidade do Afeganistão, e no seu futuro.

Os dois países têm sido acusados, pela comunidade internacional, de apoiar os talibãs e as suas acções terroristas.

A The Spectator assegura que o Paquistão influenciou a formação do novo Governo, garantindo que “as posições-chave fossem para os leais” ao país, sobretudo da temível rede Haqqani, onde se integram os combatentes mais temíveis dos talibãs, e assegurando que os mais diplomatas que negociaram a saída dos EUA “fossem rebaixados”.

A rede Haqqani é liderada por Sirajuddin Haqqani, cuja cabeça os EUA têm a prémio, como um dos terroristas mais procurados do mundo. A discussão de Baradar terá sido com ele.

A The Spectator nota que, na formação do novo Governo talibã, Baradar foi o grande derrotado, o que indicia que venceu a ala mais militarista do grupo.

Entretanto, ninguém sabe do paradeiro do grande líder militar dos talibãs, Haibatullah Akhunzada, surgindo rumores de que pode estar morto.

Este vazio de liderança está a alimentar as divisões internas e ninguém sabe como tudo isto vai acabar.

Além disso, questiona-se quem manda verdadeiramente no Afeganistão nesta altura.

Mas parece evidente que o Governo dos talibãs será uma espécie de “marioneta” da verdadeira fonte de poder, “uma shura secreta”, ou seja, um “corpo consultivo” localizado em Kandahar, onde estarão “os verdadeiros tomadores de decisão”, segundo destaca a Al Jazeera.

Talibãs instrumentalizados pelo Paquistão

Por outro lado, surge a ideia de que os talibãs poderão ser “meros fantoches” das autoridades paquistanesas, até porque o Paquistão teve um papel decisivo na tomada de poder no Afeganistão.

O antigo vice-presidente do Afeganistão, Amrullah Saleh, já defendeu que os talibãs são instrumentalizados pelos serviços secretos do Paquistão, conhecidos como ISI.

A facção militarista dos talibãs “está profundamente incorporada no aparato de segurança do Paquistão”, segundo a The Spectator que explica que o seu aparecimento está profundamente associado ao Paquistão e à chamada “Universidade da Jihad” que se localiza precisamente no Paquistão. Muitos dos líderes talibãs foram “formados” nessa “Universidade”.

A grande dúvida, agora, é perceber “como o Paquistão administrará o seu novo poder no Afeganistão”, constata The Spectator. Era um poder que procurava “desde a invasão soviética, há mais de 40 anos, mas, como um cão a perseguir um carro, parecem incertos sobre o que fazer agora que o tomaram”, acrescenta a publicação.

Em termos geopolíticos, o controlo do Governo do Afeganistão permite ao Paquistão ganhar “profundidade estratégica” na região, e, portanto, ganhar força na eterna disputa com a Índia, como refere o analista de política internacional Zia Pacha Khan, um afegão-americano, num artigo divulgado pela agência de notícias online do Afeganistão, The Khaama Press.

Uma “guerra em grande escala”?

O Paquistão tem tido um “papel duplo”, apoiando os esforços americanos no Afeganistão, mas também ajudando os talibãs que têm “santuários e portos seguros” naquele país, onde têm também acesso a “propaganda maciça, financiamento e apoio ao recrutamento”, como destaca Zia Pacha Khan.

Mas, neste jogo de interesses, os ânimos entre Afeganistão e Paquistão podem agravar-se, nomeadamente se os sentimentos anti-Paquistão crescerem entre uma população afegã movida pela emoção do nacionalismo.

Assim, pode estar em ebulição uma “guerra em grande escala” que será “uma catástrofe para a região”, mas que também terá “um grande impacto internacional com o potencial de arrastar os EUA e a NATO”, ou não fosse o Paquistão uma potência nuclear, como analisa Zia Pacha Khan.

Uma potencial guerra com o vizinho poderia ser um factor de união entre os talibãs divididos e as diferentes etnias do Afeganistão.

Por outro lado, apesar do seu poderio militar, o Paquistão está ciente de que os afegãos podem “prejudicar” a sua “ambição” em termos de estratégia económica na região.

Portanto, Paquistão e Afeganistão podem “destruir-se mutuamente”, afiança ainda Zia Pacha Khan, concluindo que a aliança é o melhor caminho para os dois países e para a região – e evidentemente também para o mundo.

https://zap.aeiou.pt/talibas-marionetas-poder-secreto-434993

 

Corrente de lava do vulcão de La Palma chegou ao mar !

A corrente de lava que emergiu da erupção vulcânica em La Palma chegou ao mar numa zona de penhascos na costa de Tazacorte.

Vulcão, La Palma

A lava foi caindo de forma lenta e a única coisa que se podia ver de longe são as pedras incandescentes que caem no mar, segundo a transmissão realizada pela Televisão Canária, a partir de uma embarcação, e as imagens disponibilizadas a partir do navio do Instituto Espanhol de Oceanografia Ramón Margalef.

A escuridão da noite não permite ver as colunas de vapor de água que supostamente se devem ter formado em resultado do choque térmico da lava com a água do mar, colunas que transportam gases que podem ser tóxicos para os olhos, pulmões e a pele.

Mas constata-se um fumo negro, que faz parte do processo produzido pela queda da lava no mar.

A lava tem estado a cair no mar a partir de uma altura de 100 metros, por um penhasco situado nas proximidades da praia El Guirre, em Tazacorte.

Depois da paragem na erupção na segunda-feira, o magma, segundo explicaram os especialistas, emergiu de zonas mais profundas, pelo que a lava está mais quente e se desloca com mais rapidez, especialmente nos últimos metros.

Os vulcanólogos advertiram nestes dias a população para que não se aproxime do rio de lava quando este entrar no mar, porque podem ocorrer novas explosões e intensificar-se o fumo com substâncias tóxicas para olhos, pulmões e pele.

https://zap.aeiou.pt/corrente-de-lava-do-vulcao-de-la-palma-chegou-ao-mar-434950

 

Europeus devem “deixar de ser ingénuos” e afirmar a sua independência perante os EUA, diz Macron !

O Presidente francês Emmanuel Macron exortou na terça-feira os europeus a “saírem da sua ingenuidade” no cenário mundial e a afirmarem a sua independência perante os Estados Unidos (EUA).


Segundo o Washington Post, este é um dos sinais de que a crise diplomática provocada pelo pacto AUKUS – anunciado há duas semanas – pode ter repercussões de longa duração nas relações transatlânticas. Numa conferência de imprensa para revelar um acordo de defesa franco-grego, Macron disse que os europeus deveriam ser “respeitados”.

“Há pouco mais de 10 anos, os EUA estão muito focados em si mesmos e têm interesses estratégicos que estão a ser reorientados para a China e para o Pacífico”, referiu, acrescentando: “Eles têm o direito de fazer isso”, mas “seríamos ingénuos, ou melhor, cometeríamos um erro terrível se não quiséssemos arcar com as consequências”.

O pacto AUKUS colocou fim a um acordo através do qual a Austrália compraria embarcações francesas a diesel. O ministro dos Negócios Estrangeiros da França, Jean-Yves Le Drian, classificou o incidente como uma “quebra de confiança entre os aliados”, ordenando aos embaixadores franceses que retornassem dos EUA e da Austrália.

Na semana passada, Macron e o Presidente dos EUA, Joe Biden, falaram por telefone, com a França a indicar que enviaria o seu embaixador de volta a Washington. Em declaração, ambos afirmaram que os EUA “reconhecem a importância de uma defesa europeia mais forte e capaz, que contribua positivamente para a segurança transatlântica e global e seja complementar à NATO”.

Na terça-feira, Macron referiu que EUA são “um aliado histórico” e que “esse continuará a ser o caso”. O foco europeu na sua própria defesa seria complementar e não constituiria uma “alternativa à aliança com os EUA”, sublinhou.

Na conferência desta terça-feira, Macron e o primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis,  destacaram o aprofundamento da cooperação de defesa entre ambos os países, anunciando que a Grécia comprará navios de guerra franceses por cerca de 2,9 mil milhões de euros e que criarão uma parceria de defesa conjunta.

Mas para Nicholas Dungan, membro do Conselho do Atlântico, alcançar “autonomia estratégica – em tecnologia, cibernética, inteligência, em hardware militar – é um objetivo muito, muito elusivo” para a Europa. “Os EUA não vão levar isso a sério e muitos países europeus também não vão acreditar”, indicou.

“O objetivo da Europa (…) não deve ser a independência máxima, mas a interdependência máxima. Torne os EUA mais dependentes da Europa e tornará a Europa mais poderosa, não menos”, concluiu.

https://zap.aeiou.pt/macron-europeus-independencia-eua-434903

 

 

quarta-feira, 29 de setembro de 2021

China desenvolve arma invisível capaz de destruir redes de comunicação em dez segundos !

Uma equipa de cientistas chineses está a desenvolver uma arma sónica, que gera um intenso pulso eletromagnético, capaz de destruir redes de comunicação e de fornecimento de energia elétrica. A arma poderá ter um alcance de três mil quilómetros.


Apesar de a arma ainda estar em fase de testes na Academia Chinesa de Tecnologia de Veículos Lançadores, poderá percorrer três mil quilómetros em aproximadamente 25 minutos.

Ao contrário dos mísseis balísticos, a nova arma deverá manter-se dentro da atmosfera terrestre para evitar sistemas de alerta. Ao mesmo tempo usa tecnologia do sigilo ativo para evitar ser detetada por radares da terra, refere Sun Zheng, da Academia Chinesa de Tecnologia de Veículos Lançadores, citado pelo South China Morning Post.

Ainda assim, os especialistas frisam que a utilização da arma invisível não representa riscos para a vida humana. Contudo, as fortes ondas eletromagnéticas produzidas podem “provocar a destruição de dispositivos eletrónicos da rede de informação num raio de dois quilómetros”, refere a revista Tactical Missile Technology, citada pelo jornal chinês.

Segundo os investigadores, uma das principais vantagens desta tecnologia é o facto do inimigo não conseguir saber quando esta está a caminho.

Quando um objeto viaja pelo ar a uma velocidade extremamente elevada, as moléculas de ar são ionizadas pelo calor e formam uma fina camada de plasma sobre a superfície do objeto.

A camada de plasma pode absorver os sinais de radar, embora não todos. Para realizar a ocultação total, a nova arma irá converter o calor ambiental em eletricidade, e irá utilizar essa eletricidade para alimentar vários geradores de plasma localizados em diferentes zonas do corpo do míssil.

Além disso, a arma deverá utilizar explosivos químicos. A explosão química pode comprimir um imã carregado eletricamente, conhecido como “gerador de compressão de fluxo”, que converte a energia de choque em rajadas curtas, porém extremamente potentes, de microondas.

O novo projétil utiliza super condensadores com uma densidade de potência vinte vezes superior à das baterias. Estes condensadores são carregados durante o percurso, convertendo a energia do gerador de calor em eletricidade.

A arma “pode libertar 95% da energia em apenas 10 segundos, permitindo que uma descarga instantânea cause danos por pulso eletromagnético […] A arma de pulso eletromagnético de sigilo ativo, baseada na regeneração de energia, ajusta-se à tendência atual de desenvolvimento da guerra rápida, confronto forte e danos aos sistemas de informação em todas as dimensões”, afirmou a equipa.

https://zap.aeiou.pt/china-arma-invisivel-destruir-redes-434780

 

Há cada vez mais cidades chinesas com cortes de energia — E isso poderá ter consequências globais !

Embora o problema já se tenha começado a sentir em julho, na última semana deixou de atingir apenas as zonas industriais para se estender aos bairros residenciais. População foi desaconselhada a não usar dispositivos com elevado consumo nas horas de maior procura.


A falta de energia na região nordeste da China está a deixar casas sem eletricidade e a ditar a paragem de inúmeras fábricas. A situação está a atingir dimensões tais que alguns estabelecimentos a funcionar com recurso à luz das velas, o que está a contribuir para aumentar as consequências económicas do problema – agravado, em termos sociais, pelo facto de as temperaturas, naquela região, começarem a baixar para os valores típicos do outono naquela região, ou seja, muito baixos.

Desde a última semana, a distribuição de energia tem vindo a ser racionada nas horas de maior procura, com a população — que recorre às redes sociais para apelar ao Governo que resolva a situação — a queixar-se de que os cortes estão a acontecer com mais frequência e a durar mais tempo. A Administração Nacional de Energia já ordenou às empresas de distribuição de carvão e gás natural que assegurem a distribuição de energia suficiente para manter as casas quentes durante o inverno.

Na origem desta crise pode estar, aponta o The Guardian, o limitado fornecimento de carvão e as regras mais restritivas das emissões de carbono, o que poderá prejudicar a componente produtiva das indústrias de várias regiões e constituir, em último caso, um risco para as cadeias de abastecimento globais – numa altura em que o mundo ainda se depara com a falta de microcomponentes necessários para a produção de dispositivos eletrónicos (em Portugal, a AutoEuorpa é o exemplo mais relevante).

As empresas chinesas com fábricas nas regiões mais afetadas foram quase obrigadas, nos últimos dias, a suspender as produções, de forma a não ultrapassarem os limites impostos pelo Governo estatal que visavam promover a eficiência. No entanto, economistas e grupos ambientes acreditam que as fábricas já terão ultrapassado os valores estabelecidos para a totalidade do ano de 2021, como resultado da maior procura causada pela paragem a que a pandemia obrigou. No horizonte perspetiva-se também meses complicados face à proximidade do Natal.

A Apple, por exemplo, também deverá ser prejudicada, com a sua empresa fornecedora de componentes Eson Precision Engineering a anunciar, no domingo, que iria reduzir a atividade da sua fábrica em Kunshan, na zona oeste de Shanghai, até quinta-feira, “em linha com as “políticas restritivas do uso de energia impostas pelo governo local”. A empresa esclareceu-se a afirmar que a decisão não deverá ter um “impacto significativo” nas operações, ao passo que a Apple optou, até ao momento, por não comentar.

Para além das consequências económicas e sociais, a situação já teve impactos de índole humanitária. Na cidade de Liaoyang, 23 trabalhadores de uma fábrica foram hospitalizados depois de o sistema de ventilação do complexo ter sido desligado após um corte de energia. Na mesma cidade, há ainda relatos que reportam o declínio da situação desde julho até que na última semana terá atingido um nível severo — com os cortes a expandirem-se desde as zonas industriais para as residenciais.

Em Huludao, os responsáveis locais pediram aos residentes que não usassem dispositivos eletrónicos com grande consumo de energia associado, tais como esquentadores ou micro-ondas, durante as horas de maior procura. A agência Reuters noticiou recentemente que muitos centros comerciais estão também a reduzir o horário de funcionamento.

A crise energética está, assim, a agravar-se num momento-chave em que a economia chinesa está, num contexto pós-pandemia, a dar sinais de abrandamento. Paralelamente, o país depara-se atualmente com uma enorme incerteza relacionada com o futuro da Evergrade, a segunda maior empresa imobiliária do país.

Internacionalmente, a China comprometeu-se com uma redução de 30% na intensidade da sua energia. Algumas autoridades regionais, nos últimos meses, a redobrarem os esforços tendo em vista a redução da emissão dos gases com efeito de estufa, uma vez que apenas dez das 30 regiões conseguiram atingir os objetivos estabelecidos nesta área na primeira metade do ano.

https://zap.aeiou.pt/ha-cada-vez-mais-regioes-chinesas-com-cortes-no-fornecimento-de-energia-e-isso-podera-ter-consequencias-globalmente-434885

 

Rússia acusa Navalny e aliados de extremismo em novo processo !

A Rússia intensificou a campanha contra o opositor do governo Alexei Navalny, abrindo esta terça-feira um novo processo judicial, que poderá levá-lo a cumprir uma pena de prisão de mais uma década.


Navalny cumpre dois anos e meio de prisão por violar a liberdade condicional, situação que afirma ter sido forjada para frustrar as suas ambições políticas. As casas dos seus aliados foram invadidas e a sua liberdade de movimento restringida, com alguns a fugir do país após as suas atividades serem consideradas extremistas, lembrou a agência Reuters.

O Kremlin tem intensificado a sua abordagem dura com os críticos e organizações que consideram uma ameaça à estabilidade do país. Neste novo processo, cujos detalhes foram partilhados pelo Comité de Investigação da Rússia, Navalny é acusado de fundar e liderar um grupo extremista, crime que lhe pode dar até uma década de prisão.

Alguns dos principais aliados de Navalny são acusados no mesmo processo, segundo o comunicado, que carateriza as suas atividades como criminosas.

“As atividades ilegais do grupo extremista visavam desacreditar as autoridades do Estado e as suas políticas, desestabilizando a situação nas regiões, criando um clima de protesto entre a população e tentando formar uma opinião pública sobre a necessidade de uma violenta mudança de poder”, bem como “organizar e realizar ações de protesto que se transformam em tumultos em massa”, refere a nota.

O Comité acusa os aliados de Navalny, muitos dos quais no estrangeiro, de continuar com as alegadas atividades ilegais mesmo após o grupo ser classificado como extremista.

Lyubov Sobol, aliada de Navalny, escreveu no Twitter que as acusações são “absurdas”. “Os crimes dos meus colegas: participaram de eleições, investigaram a corrupção de altos funcionários e participaram de protestos pacíficos e escreveram no Twitter…”, relatou.

https://zap.aeiou.pt/russia-navalny-extremismo-processo-434890

 

Dezenas de mulheres abusadas por funcionários da OMS na República Democrática do Congo !

Dezenas de mulheres e meninas foram abusadas sexualmente por voluntários da Organização Mundial de Saúde (OMS) destacados para enfrentar o Ébola na República Democrática do Congo (RDC), entre 2018 e 2020, concluiu um inquérito independente encomendado por aquela entidade.


O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, classificou a situação como “angustiante”, enquanto a diretora regional para África, Matshidiso Moeti, disse que se sente “humilhada, horrorizada e com o coração partido”, noticiou o Guardian. Fontes diplomáticas avançaram que quatro pessoas foram despedidas e duas suspensas.

A comissão responsável pela investigação examinou cerca de 80 casos de jovens e mulheres, com idades entre os 13 e os 43 anos, e identificou 21 funcionários locais e internacionais da OMS entre os abusadores. Segundo o relatório, os abusos resultaram em 29 gestações, com alguns dos perpetradores a insistir que as mulheres abortaram.

A maioria das vítimas era “altamente vulnerável”, maioritariamente mulheres mais jovens, em situações económicas precárias. As conclusões chegam meses após a media ter noticiado que a OMS foi informada sobre abusos ocorridos em 2019, não conseguindo ainda assim impedir o assédio e até mesmo promovendo um dos envolvidos.

A equipa conseguiu obter a identidade de 83 alegados abusadores. As conclusões confirmam relatos de que esses funcionários exigiam sexo em troca de contratos de trabalho, ameaçavam de morte as mulheres que recusassem e, nos casos mais graves, estavam envolvidos em agressões sexuais.

Os abusos na RDC terão ocorrido durante um surto de Ébola nas províncias de Kivu do Norte e Ituri – áreas de instabilidade política e conflito armado, que causaram a morte de 2.280 pessoas em dois anos.

https://zap.aeiou.pt/dezenas-mulheres-abusadas-funcionarios-oms-434875

 

Barack Obama: “Taxem os ricos, como eu,” para financiar proposta de Biden !

Apelo está relacionado com a aprovação de um grande plano legislativo proposto por Joe Biden e que deverá ser negociado nas duas câmaras do Congresso norte-americano ao longo das próximas semanas.


Numa semana decisiva da governação de Joe Biden, um dos seus antecessores — e patrão — no cargo, Barack Obama, veio apelar a uma medida controversa no panorama político e social norte-americana: a subida de impostos para as classes mais altas e para empresas com maiores rendimentos. As declarações foram feitas numa entrevista que o 44.º presidente dos Estados Unidos da América concedeu a um dos mais famosos programas matinais do país, o Good Morning America, e onde sustentou o seu argumento Obama partiu do próprio exemplo.

“Eu acho que eles [os mais ricos] conseguem aguentar [o aumento de impostos]. Nós conseguimos aguentar. Eu incluo-me nesta categoria atualmente“, afirmou. Segundo o The Guardian, a fortuna de Obama está avaliada em 70 milhões de euros, já que, desde que abandonou a Casa Branca, assinou contratos milionários com uma editora para a publicação das suas memórias e com a Netflix, para a produção de uma série de conteúdos.

A medida seria um grande contributo para financiar o Build Back Better Act, uma proposta legislativa da Administração Biden destinada a recuperar as principais infraestruturas do país — com obras que, antecipam, os analistas políticos deveriam agradar aos vários quadrantes políticos. No entanto, os republicanos e os principais grupos económicos opõem-se, de forma perentória, ao aumento de impostos — os quais também estão previstos na proposta e que seria, simultaneamente, essenciais para a financiar.

“Estamos a falar de evoluir e gastar dinheiro para providenciar cuidados de saúde às crianças. Fazer com que essa medida permanente para ajudar as famílias que, há algum tempo, precisam de ajuda. Estamos a falar de reconstruir muitos edifícios, pontes, estradas e portos, de forma a torná-los mais resilientes contra as alterações climáticas. Também poderemos investir em formas de energia eficiente que serão precisas para mitigar essas mesmas alterações climáticas”, explicou o antigo presidente.

Contudo, o valor orçamentado do plano — 3.5 biliões de dólares — deverá constituir um entrave para que o pacote seja aprovado, com votos dos dois partidos, nas duas câmaras do Congresso norte-americano. Nancy Pelosi, speaker da Câmara dos Representantes, já anunciou que o valor terá de descer para que seja possível passá-la e implementá-la. Uma votação maioritária seria a única forma que os democratas têm de garantir que o plano não ficaria preso nos meandros legislativos norte-americanos, nomeadamente no filibuster.

Ciente de que entre os representantes democratas no Congresso existe também oposição ao plano, a entrevista de Obama — que continua uma figura extremamente popular e influente no cenário político norte-americano — está a ser como um apelo às próprias tropas que outrora liderou.

“Pedir aos americanos mais ricos, que têm sido incrivelmente beneficiados ao longo das últimas décadas — e que mesmo em contexto de pandemia viram a sua riqueza aumentar consideravelmente —, que paguem uma percentagem um pouco mais alta de impostos para garantirmos uma economia que funciona de forma justa para todos não me parece algo difícil“, esclareceu, à medida que “arremessava” argumentou que expõem o ponto de vista dos democratas mais progressistas

“Acho que qualquer pessoa que finja que é uma dificuldade para os bilionários pagar um pouco mais de impostos para que uma mãe solteira receba abonos ou para que possamos garantir que as nossas comunidades não são invadidas por incêndios ou cheias, fazendo realmente algo para mitigar as alterações climáticas para as próximas gerações — esse argumento é insustentável.”

Numa outra frente, os congressistas democratas também já endereçaram uma carta a Mitch McConnel, líder da minoria republicana no Senado, apelando a que “evite uma crise fabricada” na vida política dos Estados Unidos da América.

https://zap.aeiou.pt/obama-taxem-ricos-ele-financiar-programa-biden-434899

Greta Thunberg acusa líderes mundiais de não cumprirem com as promessas climáticas !

Ativista considera que os anúncios feitos pelos líderes mundiais não passam de bonitas intenções que, na prática, não se traduzem em ações com verdadeiro impacto na luta contra as alterações climáticas.


Greta Thunberg acusou os líderes mundiais de não cumprirem com as promessas destinadas a travar a crise climática, servindo-se de várias declarações recentes feitas por governantes, nomeadamente na Assembleia Geral da ONU, realizada este mês. Num discurso feito na cimeira Youth4Climate, a ativista evocou palavras de Boris Johnson, mas também de Narendra Modi.

Construir Novamente e Melhor [plano de Joe Biden para reconverter as principais infraestruturas dos Estados Unidos da América]. Bla bla bla. Economia verde. Bla bla bla. Neutros em carbono até 2050. Bla bla bla. Isto é tudo o que temos ouvido dos nossos chamados líderes. São palavras que soam bem mas que até agora não levaram a uma ação. As nossas esperanças e ambições afogam-se nas suas promessas vazias” afirmou.

A ativista — responsável por criar a iniciativa da greve climática que tem levado milhares de jovens, em todo o mundo, a faltar às aulas para reclamar mais ação aos seus governos nesta matéria —, ainda assim, reconheceu que é necessário um “diálogo construtivo”, algo que, na sua opinião, difere do que tem vindo a acontecer.

“Têm sido 30 anos de bla bla bla e até onde é que isso nos levou? Nós ainda podemos inverter isto, é totalmente possível. Serão é necessárias imediatas e drásticas reduções nas emissões de carbono anuais – o que não acontecerá se continuarmos assim. A intencional ausência de ação dos nossos líderes é uma traição às gerações atuais e futuras” acusou a ativista.

Estas declarações surgem a cerca de um mês da cimeira Cop26, que se realizará a partir de 31 de outubro em Glasgow e que tem como principal objetivo conseguir um consenso por parte dos países participantes em relação, precisamente, à redução das emissões de carbono, de forma a manter o objetivo de redução da temperatura global em 1.5ºC ainda possível.

No entanto, dirigentes da ONU, dos E.U.A e do Reino Unido já vieram avisar que a reunião não será capaz de determinar as soluções necessárias que permitam antecipar o cumprimento de todas as metas previstas no Acordo de Paris.

A cimeira em que Greta Thunberg participou, em Milão, é organizada, segundo o The Guardian, pelo governo italiano, parceiro do governo inglês na organização da Cop 26. Apesar de ter concordado participar na reunião, juntamente com outros ativistas proeminentes, a jovem não se escusou a criticar os propósitos da mesma.

“Eles convidem jovens escolhidos a dedo para participar em reuniões como esta e fingem que nos ouvem. Mas claramente não o fazem. As emissões continuem a aumentar. A ciência não mente.”

A ativista aproveitou ainda a sua intervenção para reforçar a mensagem que tem vindo a divulgar desde que se tornou uma figura de relevo na luta pela consciencialização da luta contra as alterações climáticas. “Não podemos continuar a deixar os detentores do poder decidir o que é politicamente possível. Não podemos continuar a deixar os detentores do poder decidir o que é a esperança. A esperança não é algo passivo. A esperança não é bla bla bla. Esperança é dizer a verdade. Esperança é agir. E a esperança vem sempre das pessoas.”

Na última sexta-feira, os jovens saíram novamente à rua nas suas cidades em mais uma edição da greve climática. Só em Berlim, onde Greta Thunberg discursou, foram mais de 100 mil.

https://zap.aeiou.pt/greta-thunberg-acusa-lideres-nao-cumprirem-promessas-climaticas-434772

 

Cantor R. Kelly declarado culpado por crime organizado e tráfico sexual !

O cantor norte-americano R. Kelly foi esta segunda-feira declarado culpado por crime organizado e tráfico sexual, após um julgamento em Nova Iorque, nos Estados Unidos da América (EUA), que decorreu durante seis semanas, no qual dezenas de pessoas testemunharam.


De acordo com a imprensa local, o júri anunciou o parecer nove horas depois de deliberações, presumindo que a antiga estrela de R&B dos anos de 1990, que apenas reagiu à decisão, poderá passar várias décadas na cadeia.

R.Kelly foi acusado pelo Tribunal Federal do Distrito Leste de Nova Iorque por crimes de crime organizado, coerção e transporte de mulheres e raparigas menores para envolvimento em atividades sexuais ilegais, nos EUA, durante 20 anos, acusações semelhantes às que enfrenta em Chicago, onde esteve preso, desde 2019 até junho passado.

Em 12 de julho de 2019, o cantor norte-americano foi detido em Chicago na sequência de 13 acusações, depois de ter sido acusado de abuso de menores no início daquele ano.

“As acusações incluem pornografia infantil, sedução de uma menor e obstrução à justiça”, dizia o porta-voz do Ministério Público, Joseph Fitzpatrick, na ocasião.

As acusações foram proferidas num tribunal federal do distrito norte de Illinois.

Foi a segunda vez nesse ano que o cantor norte-americano foi detido sob acusações de crimes sexuais. Em fevereiro, foi formalmente acusado de 10 crimes de abuso sexual agravado envolvendo quatro vítimas, três das quais menores à data dos acontecimentos.

À época, R. Kelly declarou-se inocente e foi libertado sob fiança.

https://zap.aeiou.pt/cantor-r-kelly-culpado-trafico-sexual-434663

 

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