quinta-feira, 31 de março de 2022

Rússia concentra-se na “libertação” do Donbass. Biden não afasta o uso de armas nucleares !


A Rússia considera que já alcançou os objetivos da primeira fase da “operação especial militar”. O próximo passo é “concentrar esforços em alcançar o objetivo principal, a libertação do Donbass”.

Esta sexta-feira, Sergey Rudskoy, um responsável do exército russo, disse que Moscovo vai concentrar os seus esforços na libertação de Donbass, depois de ter alcançado os objetivos da primeira fase da invasão.

Segundo o Diário de Notícias, a declaração parece ser uma admissão das dificuldades que a Rússia tem encontrado no terreno.

“As tarefas principais da primeira fase da operação estão completas”, disse o responsável. “O potencial de combate das Forças Armadas da Ucrânia foi reduzido significativamente, o que nos permite – enfatizo mais uma vez – concentrar os nossos esforços em alcançar o objetivo principal, a libertação do Donbass.”

O Ministério da Defesa russo alega que os separatistas já controlam 93% da região de Lugansk e 54% de Donetsk (que juntas formam Donbass), além da criação de um corredor terrestre que permite ligar essa zona à Crimeia. Tal corredor implicaria, no entanto, o controlo total da cidade de Mariupol.
 
De acordo com as declarações de Rudskoy, Putin tinha duas opções para a operação militar: uma ação limitada no Donbass ou uma generalizada em todo o país. Optou pela segunda opção para impedir que as forças ucranianas pudessem concentrar os seus esforços no Donbass.
Biden poderá usar armas nucleares em “circunstâncias extremas”

O Telegraph avança que o Presidente norte-americano, Joe Biden, poderá usar armas nucleares em “circunstâncias extremas”, mesmo que a Rússia não as utilize primeiro.

A posição de Biden tem vindo a mudar, principalmente após as declarações do Kremlin que admite a utilização de armas nucleares caso a sua existência estiver em risco.

Os EUA permitem o uso de armas nucleares para a defesa no âmbito dos “interesses vitais” do país, “dos seus aliados e parceiros” e em resposta a “ataques estratégicos significativos que não sejam nucleares”. Segundo o Observador, Biden pode usar este tipo de armamento numa potencial ameaça de uso de armas biológicas, químicas e ciberataques.

A Rússia publicou uma doutrina sobre quando usar armas nucleares: caso o país seja atingido um míssil balístico, caso seja empregue uma arma nuclear por parte de um inimigo (independentemente que caia ou não em solo russo), ou qualquer ataque que ameace a existência da Rússia.

Este sábado, o Presidente dos Estados Unidos vai encontrar-se com os ministros dos Negócios Estrangeiros e da Defesa da Ucrânia, Dmitro Kuleba e Oleksii Reznikov, respetivamente, durante a sua visita a Varsóvia.

A Casa Branca anunciou que Biden tem previsto “participar em parte de uma reunião” na capital polaca entre os ministros ucranianos e os secretários de Estado e de Defesa norte-americanos, Antony Blinken e Lloyd Austin, que estão a acompanhar o Presidente na sua viagem.

Biden deverá também encontrar-se com o Presidente polaco, Andrzej Duda, antes de visitar o estádio de futebol PGE Narodowy, que foi convertido num centro de refugiados para cuidar de alguns dos mais de 2,17 milhões de refugiados que fugiram da Ucrânia para a Polónia desde que a guerra começou.
“Operação humanitária” de evacuação de Mariupol

A França, a Turquia e a Grécia vão efetuar “uma operação humanitária” para evacuar “nos próximos dias” a cidade sitiada de Mariupol, no sul da Ucrânia, anunciou o Presidente francês, Emmanuel Macron, na sexta-feira.

“Vamos, em conjunto com a Turquia e a Grécia, lançar uma operação humanitária para retirar todas aquelas e aqueles que desejarem sair de Mariupol”, declarou no final de uma cimeira europeia em Bruxelas, precisando que terá uma reunião sobre esse assunto com o Presidente russo, Vladimir Putin, “dentro de 48 a 72 horas”.

“Espero poder envolver o maior número possível de intervenientes nesta operação”, prosseguiu o Presidente francês, assegurando que estará “em condições” de realizar essa evacuação “nos próximos dias”.

Macron afirmou que as “equipas do Eliseu” falaram hoje com o presidente da câmara de Mariupol, uma “cidade de mais de 400.000 habitantes que atualmente tem apenas 150.000” a viver “em circunstâncias dramáticas”. Mais de 2.000 civis foram mortos em Mariupol, segundo o mais recente balanço divulgado pela autarquia.

De acordo com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, cerca de 100.000 pessoas estão ainda retidas na cidade portuária estratégica do mar de Azov que está cercada pelas tropas russas.

A ofensiva militar lançada na madrugada de 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de dez milhões de pessoas, mais de 3,7 milhões das quais para os países vizinhos, de acordo com os mais recentes dados da ONU – a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

https://zap.aeiou.pt/russia-concentra-libertacao-donbass-469857


Anonymous publicam milhares de documentos secretos do Banco Central da Rússia !


Além de ter divulgado 28 gigabytes de documentos, o grupo de hackers avisou o Presidente russo, Vladimir Putin, que todos os seus segredos serão revelados.

O grupo de hackers Anonymous revelou, este sábado, que publicou 28 gigabytes de documentos que obteve depois de penetrar no sistema de segurança informático do Banco Central da Rússia.

Em conjunto com os 28 gigabytes de documentos, o grupo de hackers advertiu o Presidente russo, Vladimir Putin, num vídeo divulgado, em que diz que todos os seus segredos serão revelados.

“A extorsão de documentos do Banco Central da Rússia (28 gigabytes) foi difundida pelo Anonymous”, escreveu o grupo no Twitter, indicando que espalhou os documentos por vários pontos da internet e que, caso os links sejam censurados, partilhá-los-á noutros novos pontos da internet.

No vídeo, os hackers afirmam que o Presidente russo é “mentiroso, ditador, criminoso de guerra e assassino de crianças”.

Até agora, milhares de civis inocentes morreram, centenas de milhares foram deslocados, hospitais, escolas e abrigos foram bombardeados, crianças perderam as suas famílias e as famílias perderam seus filhos, devido à decisão de Putin ter desencadeado uma “operação especial” na Ucrânia, como o Kremlin a qualifica.

“Vladimir Putin, nenhum segredo é seguro, estamos em todos os lados: no seu palácio, onde come, na sua mesa, no seu quarto”, adverte um pirata informático usando a típica máscara do Anonymous.

E prossegue: “Agora partilhamos milhares de documentos pertencentes ao Banco Central da Rússia”.

Entre os documentos, afirma ainda o pirata informático, estão acordos, correspondência, transferências de dinheiro, segredos comerciais dos oligarcas russos, relatórios económicos que “Putin esconde do público“, diz.

Além disso, constam também “acordos comerciais que Putin assinou com outros países, declarações, informações dos seus apoiantes com cadastro, videoconferências [do presidente russo] e os programas usados” por Putin, revela o hacker pertencente ao Anonymous.

Desde o arranque desta ciberguerra contra o regime de Putin, os Anonymous alegam que já atacaram “2500 sites dos Governos russo e bielorrusso”, bem como “sites de notícias, bancos, hospitais, aeroportos, empresas e grupos de hackers pró-russos”. Tudo pelo “apoio à Ucrânia”, sublinham.

https://zap.aeiou.pt/anonymous-publicam-documentos-russia-469861


Professores russos têm cartilha para justificar a guerra às crianças !


O Ministério da Educação russo deu aos professores ordens para dar aulas, seguindo uma metodologia fornecida, para justificar a invasão à Ucrânia.

Aulas de propaganda que procuram justificar a necessidade da invasão à Ucrânia começaram na segunda-feira na Rússia, escreve o portal The Insider. É pedido aos professores que lecionem aulas quem expliquem às crianças porque é que as autoridades russas estão a realizar uma “operação militar especial” na Ucrânia.

Foram enviados para as escolas dois tipos de apresentações pelo Ministério da Educação russo: uma para jovens e outra para crianças.

Antes destas aulas de propaganda, os professores foram instruídos sobre materiais e orientações metodológicas que devem usar nas suas apresentações.

No dia 28 de fevereiro, Maria Zakharova, diretora do departamento de informação do Ministério dos Negócios Estrangeiros, falou em videoconferência durante uma hora e meia com os professores sobre a sua posição relativamente à Ucrânia.

Zakharova disse aos professores que estes estão “na vanguarda desta guerra de informação” e depois foram avisados de que teriam que discutir a Ucrânia com os alunos como parte das suas aulas de história num futuro próximo, “com o nosso apoio metodológico”.

A governante russa referiu-se à guerra como uma “operação de desmilitarização e manutenção da paz” em Donetsk e Luhansk.

Zakharova sugeriu ainda que os atuais acontecimentos, aos quais as próximas aulas devem ser dedicadas, “começaram há muito tempo, quando as pessoas foram forçadas a jurar fidelidade a [Stepan] Bandera”.

Segundos professores ouvidos pelo The Insider, apenas um docente questionou a necessidade de transmitir estas informações às crianças e jovens.

Numa das cartilhas enviadas, os professores são incitados a responder à pergunta: “Há realmente uma guerra a acontecer na Ucrânia?”. A resposta deverá ser: “Sim, está a acontecer há oito anos, a Ucrânia está a travá-la contra os seus próprios cidadãos que vivem em Donbass”.

Além disso, os professores terão que dizer às crianças, em conversas privadas, que o objetivo da invasão da Ucrânia é “o estabelecimento da paz”.

“No dia 1 de março, que eu saiba, houve outra reunião, à qual não participei. Como resultado disso, todos nós temos que conversar com as crianças e explicar a posição do país em conversas privadas. Quanto às aulas baseadas na metodologia, agora serão realizadas apenas nas escolas que anteriormente recebiam os pedidos”, disse um professor russo sob anonimato.

Em algumas escolas, foi até solicitado aos professores que gravassem secretamente as suas conversas privadas com os alunos.

“Se vou ter estas conversas, vou fazê-lo com um tom neutro, porque vou ter que falar com crianças que em breve farão 17 anos, e dentro de um ano podem encontrar-se em vagões a viajar para oeste, e eu não gostaria de estar envolvido nisso”, disse um professor ao The Insider.

https://zap.aeiou.pt/professores-russos-cartilha-guerra-469740


Península Ibérica é uma “ilha energética” - Costa promete redução significativa do custo da energia !


A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, foi clara ao reconhecer a excecionalidade de Portugal e Espanha.

O primeiro-ministro, António Costa, e o chefe de governo espanhol, Pedro Sánchez, anunciaram esta sexta-feira um acordo dos líderes da União Europeia (UE) para introduzir uma exceção no sistema energético europeu para a Península Ibérica, visando poder baixar preços.

“Conseguimos um acordo importante para a Península Ibérica, […] que será muito benéfico para portugueses e espanhóis: reconhece-se, finalmente, a exceção ibérica, a singularidade ibérica, no que toca à política energética”, anunciou Sánchez, falando numa conferência de imprensa conjunta com o seu homólogo português.

Em concreto, “podemos, a partir de hoje, colocar em prática medidas adicionais, temporárias, e que serão apresentadas à Comissão Europeia por parte dos dois governos”, prevendo-se que o executivo comunitário “confirme com cariz de urgência que respeita a legislação comunitária”, acrescentou Pedro Sánchez, garantindo que tal iniciativa “vai permitir baixar os preços da energia”.

Também intervindo na ocasião, António Costa adiantou que estas medidas “temporárias e excecionais” serão “formalizadas já na próxima semana” junto da Comissão Europeia.

“O objetivo é muito claro: é assegurar que o crescimento que está a ter o crescimento que está a ter o gás não se vai continuar a repercutir no aumento do preço eletricidade e, para isso, vamos adotar medidas para fixar um preço máximo de referência para o gás, a partir do qual todos os outros preços não poderão ultrapassar”, explicou o chefe de Governo português.

Vincando que a Península Ibérica é “um ilha energética”, Costa adiantou que isto permitirá “obter uma redução muito significativa do custo da energia, com grandes poupanças para as famílias e grandes poupanças para as empresas”.

Os chefes de Estado e de Governo da UE estiveram reunidos várias horas numa discussão difícil, com dois intervalos pelo meio, sobre política energética e como fazer face ao aumento brutal de preços, marcada pela insistência espanhola, neste que foi o segundo dia de um Conselho Europeu de dois dias em Bruxelas.

Apesar de fontes de energia renováveis mais baratas terem um peso cada vez maior na fixação dos preços, em períodos de maior procura, é necessário recorrer a outras fontes de energia, nomeadamente o gás.

Na atual configuração do mercado, o gás determina o preço global da eletricidade quando é utilizado, uma vez que todos os produtores recebem o mesmo preço pelo mesmo produto — a eletricidade — quando este entra na rede.

Com o aval dado no Conselho Europeu, Portugal e Espanha poderão controlar os preços ao consumidor, desde que os dois países notifiquem a Comissão Europeia antes de agir e salvaguardem a concorrência europeia.

A decisão surge numa altura de aceso confronto armado na Ucrânia provocado pela invasão russa, tensões geopolíticas essas que têm vindo a afetar o mercado energético europeu, já que a UE importa 90% do gás que consome, sendo a Rússia responsável por cerca de 45% dessas importações, em níveis variáveis entre os Estados-membros.

A Rússia é também responsável por cerca de 25% das importações de petróleo e 45% das importações de carvão da UE.

Em média, na UE, os combustíveis fósseis (como gás e petróleo) têm um peso de 35%, contra 39% das energias renováveis, mas isso não acontece em todos os Estados-membros, dadas as diferenças entre o cabaz energético de cada um dos 27 Estados-membros, com alguns mais dependentes do que outros.

https://zap.aeiou.pt/peninsula-iberica-e-uma-ilha-energetica-469820


FBI tem anúncios “geo-direcionados” para espiões russos descontentes !

FBI / wikimedia
A última operação de contra-espionagem do FBI contra a Rússia dificilmente é discreta — basta estar no sítio certo.

Na sequência da invasão do Presidente russo Vladimir Putin à Ucrânia, o FBI intensificou os seus esforços de recrutamento nos EUA, com o objetivo de atrair russos insatisfeitos ou desiludidos com a guerra.

As pessoas que estão muito próximas da embaixada russa em Washington podem ver os anúncios, que aparecem em russo, no Facebook, Twitter, e Google.

Um jornalista do The Washington Post afirmou que lhe apareceu um anúncio no Facebook enquanto estava ao lado da embaixada russa na Avenida Wisconsin, mas deixou de apareceu no seu feed quando atravessou a rua.

“É uma brilhante estratégia de recrutamento porque penso que há provavelmente muita gente dentro do governo russo que está insatisfeita com a guerra de Putin, e por isso é uma grande oportunidade para ver se alguma dessas pessoas nos poderia ajudar a compreender melhor as intenções de Putin”, sublinhou um antigo agente de contra-informação do FBI.

O anúncio do FBI no Facebook

Muitas plataformas de publicidade permitem aos anunciantes visar anúncios com base na localização. As localizações podem ser tão amplas como um país ou região ou tão pequenas como um raio definido pelo utilizador.

Para anúncios do Facebook, o mínimo é uma milha, embora seja possível encurtar ainda mais, excluindo certos locais através de códigos ZIP ou bairros específicos.

O anúncio no Facebook que aparece na Embaixada Russa mostra Sergey Naryshkin, diretor do Serviço de Informações Externas da Rússia de pé, num auditório ao lado de Putin, com um aspeto austero.

O texto na imagem cita Putin, dizendo: “Fala claramente, Sergey Yevgenyevich”. O anúncio recorda uma série de momentos tensos de uma das reuniões televisivas de Putin no período que antecedeu a guerra, durante os quais ele interrompeu repetidamente Naryshkin e o pressionou a “falar claramente” quando o chefe espião se engasgou com as palavras. No fundo da imagem, o FBI escreveu: “Fala claramente… estamos prontos a ouvir”.

Na parte de cima do anúncio, o FBI pede aos leitores que contactem a agência: “A informação fornecida ao FBI pelo público é o meio mais eficaz de combater as ameaças. Se tiver informações que possam ajudar o FBI, por favor contacte-nos“.

Os anúncios terão provavelmente funcionários de contra-espionagem russos a trabalhar horas extraordinárias para determinar se algum dos espiões ou diplomatas da Rússia visitou o site ou o gabinete do FBI.

https://zap.aeiou.pt/fbi-tem-anuncios-geo-direcionados-para-espioes-russos-descontentes-469800


Satélite mostra que a plataforma de gelo Conger colapsou completamente !

Uma das frentes do Thwaites, o "glaciar do juizo final".
Cientista da NASA diz que o colapso completo de uma plataforma de gelo do tamanho de Roma com temperaturas invulgarmente elevadas é “sinal do que pode estar para vir”.

Uma plataforma de gelo do tamanho de Roma desmoronou-se completamente na Antártida Oriental dentro de dias, de acordo com dados de satélite, depois de registarem temperaturas elevadas, segundo o The Guardian.

A plataforma de gelo Conger, que tinha uma superfície aproximada de 1.200 km2, desmoronou-se a 15 de março, alertaram os cientistas esta sexta-feira.

A Antártida Oriental sofreu temperaturas invulgarmente elevadas na semana passada, com a estação Concordia a atingir uma temperatura recorde de -11,8ºC a 18 de março, mais de 40ºC mais quente do que as normas sazonais.

As plataformas de gelo são extensões de placas de gelo que flutuam sobre o oceano, desempenhando um papel importante na contenção do gelo interior. Sem elas, o gelo interior flui mais rapidamente para o oceano, resultando na subida do nível do mar.

Catherine Colello Walker, cientista terrestre e planetária da NASA e do Instituto Oceanográfico Woods Hole, disse que embora a plataforma de gelo Conger fosse relativamente pequena, “é um dos eventos de colapso mais significativos em qualquer parte da Antártida desde o início dos anos 2000, quando a plataforma de gelo Larsen B se desintegrou”.

“Não terá efeitos devastadores, muito provavelmente, mas é um sinal do que poderá estar para vir”, disse Walker.

A plataforma de gelo Conger tem vindo a diminuir desde meados dos anos 2000, mas apenas gradualmente até ao início de 2020, disse Walker.

A 4 de março deste ano, a plataforma de gelo parecia ter perdido mais de metade da sua superfície em comparação com as medições de janeiro.

Peter Neff, glaciólogo e professor assistente de investigação na Universidade do Minnesota, disse que ver mesmo uma pequena plataforma de gelo cair na Antártida Oriental era uma surpresa.

“Continuamos a tratar a Antártida Oriental como este enorme, alto, seco, frio e imutável cubo de gelo”, disse o docente.

“O entendimento atual sugere em grande parte que não é possível obter as mesmas taxas rápidas de perda de gelo [como na Antártida Ocidental] devido à geometria do gelo e do leito rochoso ali”, acrescentou.

“Este colapso, especialmente se ligado ao calor extremo trazido pelo evento atmosférico do rio em meados de março, conduzirá a investigações adicionais sobre estes processos na região”, alerta também.

Dados de satélite da missão Copernicus Sentinel-1 mostraram que o movimento da plataforma de gelo começou entre 5 e 7 de março, explicou Neff.

“Grande parte da Antártida Oriental é retida por plataformas de gelo de contração, pelo que precisamos de vigiar todas as plataformas de gelo existentes”, explicou Helen Amanda Fricker, professora de glaciologia no Centro Polar Scripps.

“As plataformas de gelo perdem massa como parte do seu comportamento natural, mas o colapso em grande escala de uma plataforma de gelo é um acontecimento bastante invulgar“, concluiu Andrew Mackintosh, da Universidade Monash .

https://zap.aeiou.pt/satelite-mostra-que-a-plataforma-de-gelo-conger-colapsou-completamente-469805


Elon Musk vai criar uma nova bateria para evitar o fim dos carros elétricos !


O fundador do Tesla quer deixar de usar lítio devido à sua escassez, uma vez que a invasão russa da Ucrânia evidenciou a dependência dos países ocidentais.

Elon Musk afirmou estar a trabalhar numa nova bateria que tem como objetivo resolver a atual crise de matérias-primas que afeta a indústria. Uma crise que é inevitável devido à escassez destes materiais na Terra.

O aumento do fabrico de automóveis elétricos fez subir os preços nos mercados internacionais, o que foi ainda mais acelerado pela invasão russa da Ucrânia.

Musk admitiu esta terça-feira — durante a abertura oficial da fábrica da Tesla em Berlim — que é impossível o carro elétrico continuar o seu caminho sem uma mudança na tecnologia das baterias, segundo o El Confidencial.

De acordo com o CEO do SpaceX, são necessárias 300 terawatt-horas de produção de células de bateria para fazer a transição.

Embora o seu plano obviamente negligencie outras soluções mais lógicas e menos poluentes — tais como motores a hidrogénio — Musk tem razão quando diz que é impossível continuar neste caminho de crescimento sem primeiro encontrar uma alternativa sólida às baterias atuais que garanta a produção.

Como Musk sublinhou no seu diálogo com os empregados da sua fábrica na Alemanha, ele acredita que “há um potencial interessante no manganês”, um elemento metálico de transição que, ao contrário do lítio, é muito comum na Terra.

Estima-se que haja 1,5 mil milhões de toneladas de manganês no mundo, face aos 73 milhões de toneladas de lítio.

A estimativa é um défice de 5.000 toneladas até 2022, e os peritos dizem que precisaremos de 20 vezes mais, no atual nível de produção, nos próximos 10 anos.

Em 2040 não haverá mais lítio para extrair e, mesmo que reciclássemos todas as baterias de lítio do mundo, enquanto continuássemos a extraí-lo de sais diluídos na terra a um elevado custo de poluição, só chegaríamos a 2100, antes da crise.

Para além da escassez deste e de outros materiais necessários para as baterias, a invasão russa da Ucrânia evidenciou a vulnerabilidade das potências ocidentais na produção de bens de consumo.

O lítio vem em grande parte da China e a Rússia é também um grande produtor. Como o The New York Times indica, a Ucrânia parece ter uma das maiores reservas do metal precioso.

A Rússia também domina a produção de outro metal chave de baterias: o níquel. Uma empresa russa é responsável por 20% da produção mundial de níquel de alta pureza Classe 1, um material fulcral no fabrico de baterias de automóveis elétricos.

Sem este tipo de níquel, não há carros elétricos. Como resultado, a retaliação ocidental contra o país invasor fez subir o preço do níquel nos mercados internacionais: um aumento de mais de 30% só ontem, um novo recorde.

Estima-se que a Rússia tenha 10% de todo o níquel do mundo, um metal que também é bastante escasso, sendo que existem 89 milhões de toneladas.

O efeito da geopolítica sobre estes novos metais que se tornaram o novo petróleo e o combustível fóssil tem-se arrastado de uma crise para outra, desde a segunda metade do século XX, e está agora a ser utilizada por Putin, juntamente com o gás, para exercer pressão sobre a Europa.

Como salienta a analista da indústria automóvel Lauren Fix, “contar com os seus inimigos para lhe fornecer materiais críticos nunca é vantajoso para. Eles têm a capacidade de controlar o preço que paga e podem tornar mais difícil para a obtenção de fornecimentos para cumprir os seus objetivos”.

https://zap.aeiou.pt/elon-musk-vai-criar-uma-nova-bateria-para-evitar-o-fim-dos-carros-eletricos-469784


quarta-feira, 30 de março de 2022

O único porta-aviões russo não está em condições de atacar a Ucrânia !


No início de março, foi publicada uma imagem de um agricultor ucraniano num trator, a rebocar o Admiral Kuznetsov, o único porta-aviões da Marinha russa.

A conta @Sputnik_Not no Twitter, um perfil satírico que faz referência à agência noticiosa estatal russa Sputnik News, publicou uma imagem de um agricultor ucraniano num trator, a rebocar o Almirante Kuznetsov, o único porta-aviões da Marinha russa.

A fotografia não era real e foi apenas uma das várias imagens adulteradas que correram nos meios de comunicação social nas últimas semanas, e que que mostravam ucranianos a rebocar foguetes, jatos, e até mesmo um submarino.

As publicações falsas surgiram, provavelmente, em resposta à notícia real de que um agricultor tinha, de facto, utilizado um trator para “roubar” um tanque russo. E porque não o Admiral Kuznetsov?

“Agricultor ucraniano vai com tudo“, dizia a legenda do tweet de 10 de Março, que mostrava o porta-aviões em segundo plano.

Um agricultor pode não ter rebocado o porta-aviões de guerra russo, mas isso pode ter sido o máximo que ele se moveu em anos.

O porta-aviões da era soviética, que é agora o navio de bandeira da Marinha russa, foi retirado de serviço em 2018, para ser reequipado.

Tem estado a sofrer alterações na 35ª Instalação de Reparação Naval em Murmansk, e o seu regresso ao serviço estava inicialmente previsto para 2020.

Depois começaram os problemas — há quem acredita, na Rússia, que o navio de guerra está amaldiçoado. A verdade é que há mesmo a possibilidade de nunca mais voltar a navegar.

Em novembro de 2018, o Almirante Kuznetsov foi danificado, quando uma grua flutuante de 70 toneladas caiu no convés de voo, matando um trabalhador e ferindo mais quatro.

Ocorreu ainda um incêndio na casa das máquinas, durante um acidente de soldadura em dezembro de 2019, resultando na morte de duas pessoas, enquanto 14 sofreram ferimentos devido ao fogo e à inalação de fumo.

A doca em si, que era vital para as reparações em curso, também foi danificada durante uma falha de energia e atrasou ainda mais o progresso.

Agora, é improvável que o porta-aviões possa sequer começar os ensaios pós-reparação no mar até meados do próximo ano, na melhor das hipóteses.
Problemas de corrupção

Para além de uma série de acidentes, a corrupção na Rússia também contribuiu para a falta de progressos no reequipamento do transportador.

Em março de 2021, Yevgeny Zudin, director-geral do estaleiro nº 10 em Polyarny foi preso sob suspeita de roubo de quarenta e cinco milhões de rublos, que tinham sido atribuídos à reparação do navio de guerra da Frota do Norte da Marinha russa.

O estaleiro nº 10 faz parte do estaleiro Zvezdockha em Severodvinsk, uma subsidiária da United Shipbuilding Corporation.

O estaleiro tinha sido subcontratado pelo centro de reparação naval Zvezdochka, para várias fases do trabalho de limpeza em outubro de 2018.

O trabalho teria sido concluído em julho de 2019, e o estaleiro teria faturado aos militares russos vinte e três mil horas de trabalho de mão de obra, em vez das treze mil horas de trabalho de mão de obra que foram efetivamente realizadas.

Apesar dos problemas com a remodelação, a Rússia continuou empenhada em trazer o transportador de volta ao serviço. Falta-lhe o dinheiro para construir um novo transportador — mas neste momento isso poderia ter sido um melhor investimento.

O Admiral Kuznetsov da Frota da União Soviética é atualmente o maior navio de guerra da Marinha russa e o único porta-aviões.

Se ou quando regressar ao serviço, pode transportar vinte e seis aviões e vinte e quatro helicópteros no convés de voo e no hangar sob o convés.

O navio de bandeira russo desloca 58.000 toneladas. Ao contrário dos porta-aviões da Marinha dos EUA, não utiliza uma catapulta para lançar aviões e, em vez disso, está equipado com uma rampa de saltos de ski.

É um navio convencional, com 200.000 cavalos de potência, e pode atingir uma velocidade de até 30 nós.

Para além da sua asa aérea, o Admiral Kuznetsov está também armado com sistemas de mísseis anti-nave e de defesa aérea. Opera com uma tripulação de 1.300 pessoas, enquanto o grupo aéreo conta com 660 homens.

Devido à dissolução da União Soviética, o porta-aviões ficou parado durante quatro anos até se tornar o porta-aviões da Marinha russa em 1995.

https://zap.aeiou.pt/o-unico-porta-avioes-russo-nao-pode-atacar-a-ucrania-469771


La Palma abalada por crise sísmica !

Pessoas a ver a erupção do Vulcão Cumbre Vieja, em La Palma
Foi registado um conjunto de eventos sísmicos de longa duração na região do vulcão Cumbre Vieja, na ilha de La Palma, desde as 19h01 de quinta-feira. Não se trata de um processo de intrusão magmática, mas sim de libertação de fluidos térmicos causados pelo resfriamento do magma.

Segundo o Instituto Vulcanológico das Canárias, a ilha de La Palma está a ser afetada por uma crise sísmica, tal coo aconteceu em setembro antes de o vulcão Cumbre Vieja ter entrado em erupção.

Desde as 19h01 de quinta-feira, foram registados 46 terramotos em La Palma, 20 dos quais com magnitude igual ou superior a 2 na escala de Richter.

O Observador escreve que a maioria tem origem a uma profundidade entre os sete e os 14 quilómetros. Já os sismos registados no mar têm origem a 30 quilómetros de profundidade.

Para já, crise sísmica não indica a iminência de uma erupção vulcânica. Segundo os especialistas, os tremores de terra parecem estar relacionados com o arrefecimento da câmara magmática que, até novembro, alimentou a erupção do vulcão.

Também não há sinais de que a crise sísmica em La Palma tenha alguma ligação à que também está a afetar a ilha de São Jorge, nos Açores.

Ambos os sistemas vulcânicos são independentes e localizam-se em contextos tectónicos distintos.

O vulcanismo açoriano está relacionado com a interação entre três placas tectónicas, que permite a subida de magma por baixo do arquipélago, enquanto que no caso das Canárias o fenómeno é um hotspot – uma pluma de magma que sobe do manto até à crosta e vai enchendo uma câmara por baixo do cone vulcânico.

A erupção do vulcão Cumbre Vieja foi até agora a mais longa de que há registo em La Palma, com uma duração superior a três meses.

https://zap.aeiou.pt/la-palma-abalada-por-crise-sismica-469636


Rússia quer fim da guerra no dia 9 de Maio !


Data recorda II Guerra Mundial. Exército ucraniano recupera controlo de cidades a leste da capital. 300 pessoas terão morrido no teatro em Mariupol.

A zona a leste de Kiev passou a ser mais dominada pelas forças militares da Ucrânia. De acordo com os serviços de informação britânicos, várias cidades naquela região, perto da capital, e que estavam a ser controladas pela Rússia, estão agora sob domínio ucraniano.

Ao todo, os ucranianos já terão avançado 35 quilómetros para leste de Kiev, conseguindo o controlo devido ao contra-ataque bem organizado e ao recuo das tropas russas, que estarão a passar por dificuldades em vários níveis, entre falta de alimentos, de combustível e de munições.

Os serviços britânicos acreditam que os militares ucranianos vão continuar a derrotar os russos no terreno, a noroeste de Kiev, em direcção ao aeródromo de Hostomel.
 
Mais a sul, os russos tentam vencer na zona de Mykolaiv, cidade fundamental para a tomada de Odessa. Mas a já conhecida resistência ucraniana tem impedido esse domínio.
 
Mariupol; ucranianos na Rússia

O ataque da semana passada ao teatro em Mariupol, onde mais de um milhar de pessoas estaria abrigada, provocou a morte de cerca de 300 pessoas.

A Câmara Municipal de Mariupol cita testemunhas oculares, que relataram esse número de falecimentos, após um bombardeamento.

“Não queremos acreditar neste horror. Até o fim queremos acreditar que todos conseguiram escapar. Mas as palavras daqueles que estavam dentro do prédio no momento desse acto terrorista dizem o contrário”, lamentaram os responsáveis locais.

Entretanto, a provedora de Justiça da Ucrânia denunciou a saída de 402 mil ucranianos, à força, para a Rússia. E podem estar a ser usados como reféns.

O Governo da Rússia repete esse número, mas assegura que os ucranianos (a maioria vivia em Donetsk e em Lugansk) estão a seguir para solo russo por livre vontade.
Data do fim

O jornal The Kyiv Independent indicou na noite passada que há uma indicação do Kremlin para as tropas russas: a guerra deve acabar no dia 9 de Maio.

No dia 9 de Maio de 1945, na fase final da II Guerra Mundial, o Exército Soviético da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas derrotou oficialmente a Alemanha, já sem Adolf Hitler no comando (cometeu suicídio uma semana antes).

Vladimir Putin estará a tentar repetir essa data, com nova vitória triunfal, desta vez na Ucrânia.

https://zap.aeiou.pt/fim-guerra-maio-469645


Oligarcas russos estão a planear assassinato de Putin e já têm um substituto a postos, acusa a Ucrânia !


Os oligarcas estarão descontentes com a decisão de Putin de continuar com a guerra face às sanções de que têm sido alvo, desejando restabelecer as trocas comerciais com o Ocidente.

Perante o impacto da guerra nas suas finanças pessoais devido às sanções impostas à Rússia e aos mais próximos de Putin, um grupo de oligarcas russos tem alegadamente um plano para “eliminar” o Presidente.

As informações são avançadas pelos serviços de inteligência da Ucrânia, que afirmam que há membros da elite russa que não estão contentes com as decisões de Putin e se opõem à continuação da guerra, defendendo o seu fim e o restabelecimento das trocas comerciais com o Ocidente “o mais cedo possível”.

Face à intransigência de Putin e os aparentes impasses no terreno com a resistência ucraniana a surpreender as forças russas, a página do Facebook das autoridades de Kiev afirma que os oligarcas estão a planear assassinar o líder russo, através de um “envenenamento”, “acidente”, “doença súbita” ou até uma “coincidência”.

Alexander Bortnikov é o favorito para suceder a Putin, segundo a Ucrânia. Bortnikov é actualmente o director da FSB, a agência de inteligência Rússia que sucedeu à agência soviética KGB.

A inteligência ucraniana refere ainda que Bortnikov entrou em discórdia com Putin recentemente. “A razão oficial para a desgraça do líder da FSB — erros fatais na guerra contra a Ucrânia. Foi Bortnikov e o seu departamento que foram responsáveis por analisarem a disposição da população ucraniana e a capacidade do exército ucraniano”, afirma.

Na quarta-feira, Petre Aven, dirigente do maior banco comercial russo, reuniu-se com Alexander Mashkevich, um oligarca bilionário que tem vários negócios na Rússia, em Moscovo. A Ucrânia avança que estes dois magnatas estão “extremamente irritados com a política de Vladimir Putin” e que fazem parte da conspiração para o eliminar.

Não se sabe se estiveram outras personalidades da elite russa na reunião, que terá servido para se discutir qual a melhor forma de se “influenciar” Putin. No entanto, o encontro não terá dado frutos porque o Presidente russo estará “completamente isolado” e terá suspeitas sobre os oligarcas do seu círculo.

Em última caso, poderá haver um “pagamento” para “eliminar fisicamente” o chefe de Estado da Rússia.

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Guerra do gás - Entre ameaças de Putin, Biden desenha com a UE o plano perfeito para os EUA !


As sanções impostas à Rússia por causa da guerra na Ucrânia estão a alimentar uma outra guerra, de tipo diplomático e comercial, em torno do gás natural. E o presidente dos EUA, Joe Biden, está a aproveitar o momento para “roubar” à Rússia o domínio sobre as exportações de gás natural para a Europa.

Biden e a União Europeia (UE) preparam-se para anunciar, nesta semana, um grande plano para redireccionar gás liquefeito dos EUA para a Europa. Esse cenário poderá permitir a imposição de novas sanções à Rússia, nomeadamente para atingir as importações deste combustível, o que seria um golpe fatal para as finanças do Governo de Vladimir Putin.

A UE importa 90% do gás que consome, sendo a Rússia responsável por cerca de 45% dessas importações, o que faz com que seja difícil para muitos países europeus imporem sanções ao regime de Putin no domínio da energia.

Entretanto, Putin já avisou que só vai aceitar o pagamento em rublos de países “inimigos”, ou seja, daqueles que impuserem sanções à Rússia. E esse é mais um motivo de preocupação que acresce à instabilidade que reina em plena crise energética.

No meio deste turbilhão de incertezas, os líderes europeus têm estudado como podem reduzir a dependência do gás russo. Ora, os EUA oferecem-se para ser parte importante da solução.

A Casa Branca e a União Europeia (UE) estarão “perto de um acordo” com vista ao fornecimento de gás dos EUA para a Europa, como avança a agência Bloomberg.

O Conselheiro de Segurança Nacional de Biden, Jake Sullivan, anuncia que esse acordo deve ser anunciado nesta sexta-feira, como cita a mesma agência. Uma outra fonte refere à Bloomberg que os planos passam por “garantir o fornecimento de gás natural americano e de hidrogénio para a Europa”.
“Ponto final” na dependência europeia do gás russo

Sullivan define que está em causa colocar um “ponto final” à dependência europeia do gás russo, notando que Biden e os líderes europeus estão a definir “o roteiro prático de como fazer isso”, incluindo as “medidas” a tomar, como “os EUA podem contribuir” e “o que a Europa tem que fazer”.

“Tem sido um assunto de intensas idas e voltas ao longo dos últimos dias e semanas”, nota ainda Sullivan, prometendo novidades para esta sexta-feira.

“Pode-se esperar que os EUA procurem maneiras de aumentar o fornecimento de GNL [gás natural liqueifeito] para a Europa, não apenas ao longo dos anos, mas também ao longo dos meses”, refere ainda o Conselheiro de Biden.

Mas, para já, não se sabe como é que isso vai ser concretizado e é provável que Biden não consiga comprometer-se com o fornecimento de quantidades específicas de gás. Também não é certo se o acordo com a UE incluirá referências a preços.

Além disso, questiona-se também se os EUA terão capacidade para responder às necessidades europeias. Antes da viagem para a Europa, assessores de Biden reuniram-se com responsáveis de várias empresas petrolíferas nos EUA, incluindo da Exxon Mobil e da Marathon Petroleum, como revela a Bloomberg.

Esses encontros terão servido para avaliar se as petrolíferas norte-americanas estarão preparados para aumentar a produção. Mas também terá sido discutida “a possibilidade de compensar os déficits de produção se a UE decidir juntar-se aos EUA na proibição das importações de petróleo russo“, aponta a Bloomberg.

A concretização desta sanção seria uma forma de isolar ainda mais o regime de Putin do mundo, e seria também um choque financeiro fatal para as finanças da Rússia numa altura em que o país já sente a crise financeira.

Por outro lado, será também uma vitória comercial de Biden contra o tradicional inimigo, desviando uma importante exportação russa para os EUA. E será um óptimo indicador para fortalecer a popularidade do líder norte-americano.

No fim de contas, pode ser o plano perfeito para os EUA, pelo impulso económico que pode garantir para os próximos anos e pela forma como também pode enfraquecer a Rússia, o eterno inimigo.

Bruxelas quer UE com 80% de gás armazenado

A Comissão Europeia (CE) pretende implementar a obrigação mínima de 80% de armazenamento de gás na UE para o próximo Inverno, até início de novembro, para garantir o fornecimento energético. Essa percentagem deverá chegar aos 90% nos anos seguintes.

Esta é a resposta de Bruxelas “às preocupações sobre a continuação dos preços elevados da energia” no espaço comunitário numa altura em que os preços da luz e do gás batem máximos também ‘puxados’ pelas tensões da guerra da Ucrânia.

Os 18 dos 27 Estados-membros que têm instalações subterrâneas de gás devem, assim, assegurar o preenchimento até pelo menos 80% da capacidade até 1 de Novembro de 2022, aumentando para 90% nos anos seguintes, com objetivos intermédios de Fevereiro a Outubro.

Há duas semanas, a CE propôs a eliminação progressiva da dependência de combustíveis fósseis da Rússia antes de 2030, com aposta no gás natural liquefeito (GNL) e nas energias renováveis, estimando reduzir, até final do ano, dois terços de importações de gás russo.

Na altura, o executivo comunitário defendeu ainda a conclusão do mercado interno da energia e a aposta em projectos transfronteiriços, como “as ligações essenciais” entre Portugal, Espanha e França e entre a Bulgária e a Grécia.
UE discute como responder à exigência de Putin

A Alemanha critica, entretanto, o anúncio feito por Putin de que Moscovo deixará de aceitar pagamentos em dólares ou euros pelo fornecimento de gás à UE.

Tal exigência “constitui uma ruptura de contrato”, declara o ministro da Economia alemão, Robert Habeck, numa conferência de imprensa em Berlim, anunciando que os parceiros europeus vão discutir “a forma de responder a esta exigência”.

Putin deu uma semana às autoridades russas para organizarem o novo sistema de pagamento em rublos depois de ter anunciado que a Rússia não aceitará mais pagamentos em dólares ou euros pelo fornecimento de gás à UE.

O presidente russo explicou que se tratava de uma reação ao congelamento de bens da Rússia no Ocidente por causa da sua ofensiva na Ucrânia.

A Alemanha está particularmente dependente do gás russo, que representa cerca de 55% das suas importações de gás. O país está a tentar reduzir rapidamente a sua dependência obtendo outros fornecedores.

Além de acelerar a construção de terminais de GNL, o Governo alemão também assinou um acordo com o Qatar, grande exportador desta matéria-prima, para um “abastecimento a longo prazo”.

https://zap.aeiou.pt/guerra-gas-putin-biden-ue-469374


Anonymous atacaram o Banco Central da Rússia e prometem revelar acordos secretos !


O grupo de hackers Anonymous assegura que conseguiu entrar no sistema informático do Banco Central da Rússia (BCR) e ameaça divulgar “mais de 35 mil ficheiros” com “acordos secretos” nas próximas 48 horas.

A divulgação foi feita no Twitter e a informação ainda não foi oficialmente confirmada, nem se sabe que tipo de ficheiros podem estar em causa.

Este dado surge depois de rumores de que a Governadora do BCR, Elvira Nabiullina, terá tentado demitir-se do cargo no âmbito da invasão da Ucrânia. Vladimir Putin, presidente da Rússia, não terá aceite essa demissão, segundo as especulações.

O BCR foi forçado a tomar medidas drásticas, como aumentar significativamente as taxas de juro e impor controles de capital, para evitar a saída de dinheiro numa altura em que o rublo está altamente desvalorizado

Depois da invasão da Ucrânia, o Anonymous declarou “guerra electrónica” ao “regime criminoso do Kremlin”, começando a atacar vários sites governamentais russos. Mas o grupo de hackers também tem visado a Bielorrússia que é aliada de Putin.

Além disso, o grupo tem levado a cabo ataques contra empresas multinacionais que continuam a operar na Rússia, como são os casos da Auchan, da Leroy Merlin e da Decathlon.

Nesta semana, o grupo de hackers anunciou ter acedido a impressoras não seguras, por toda a Rússia, para imprimir “mensagens anti-propaganda sobre a guerra” na Ucrânia, alegando que foram feitas “mais de 100 mil cópias”.

Desde o arranque desta ciberguerra contra o regime de Putin, os Anonymous alegam que já atacaram “2500 sites dos Governos russo e bielorrusso”, bem como “sites de notícias, bancos, hospitais, aeroportos, empresas e grupos de hackers pró-russos”. Tudo pelo “apoio à Ucrânia”, sublinham.

https://zap.aeiou.pt/anonymous-banco-central-russia-469364


Le Pen tenta chegar à esquerda (que está frágil como nunca !


Candidata às eleições presidenciais em França tem apresentado um discurso diferente e até alterou o seu programa eleitoral.

Quando se pensa em Marine Le Pen, pensa-se em direita. Normalmente em extrema-direita. Mas é na esquerda que a candidata às eleições presidenciais tem estado “a pescar”.

De acordo com as sondagens mais recentes, Le Pen está no segundo lugar das preferências dos franceses, entre 17% e 18,5% das intenções de voto, superada apenas pelo presidente actual, Emmanuel Macron, que ronda os 30%.

Le Pen tem estado a reunir mais intenções de voto, nos últimos tempos. Para essa subida terá contribuído a moderação no seu discurso e a mudança de programa eleitoral – para tentar obter votos entre os eleitores de esquerda.

A líder do Rassemblement National já vem tentando suavizar, ou mesmo afastar, a imagem xenófoba, racista e extremista que a Frente Nacional (agora Rassemblement National) – partido fundado pelo seu pai, Jean-Marie Le Pen – criou, ao longo de décadas. E ainda cria, para muitos franceses.

A estratégia tem resultado. A BBC lembra que um estudo da Kantar Public demonstrou que, há dois meses, 40% dos franceses viam Marine como uma candidata da extrema-direita nacionalista e xenófoba; essa percentagem era de 51%, há quatro anos (o partido mudou de nome em 2018).

“É uma evolução espectacular para Marine Le Pen e essa mudança é puxada principalmente pelo eleitorado da esquerda“, analisou Emmanuel Rivière, director internacional de estudos da Kantar Public.

As sugestões sobre imigração e segurança não foram muito alteradas mas, em relação à economia, o panorama é diferente.

O partido defende agora um papel mais relevante do Estado, a melhoria de serviços públicos, quer aumentar os salários dos professores e dos profissionais de saúde, aumentar o poder de compra dos franceses – claramente a “piscar o olho” à esquerda. Noutro patamar, deixou de lado a ideia de a França deixar a União Europeia.

Essas propostas podem subir o número de votos em Le Pen, entre as escolhas dos trabalhadores, do voto dos operários – 39% votaram em Le Pen, nas últimas eleições, há cinco anos.

Até há especialistas que vêem o programa eleitoral de Marine como um programa de esquerda.

E esta aproximação decorre numa altura em que as sondagens apontam para que os partidos de esquerda, juntos, consigam apenas 26% dos votos nas presidenciais.

https://zap.aeiou.pt/le-pen-votos-esquerda-469242


Austrália faz parceria com o Pentágono na defesa do espaço !


Os militares da Austrália olharam mais para cima com um novo “Comando Espacial” e uma parceria com o Pentágono.

O Ministro da Defesa australiano Peter Dutton disse numa conferência da Força Aérea Australiana, esta terça-feira, que o Comando Espacial de Defesa era um passo em direção à própria Força Espacial da nação.

Um “repúdio à restauração do alcance imperial da Rússia”, ao lado da acumulação militar da China tinha reforçado a importância do poder, acrescentou.

“Aqui, no Indo-Pacífico, muitas nações têm sido sujeitas a diferentes formas de coação governamental chinesa”, realçou Dutton, segundo o The Washington Post.

A Força de Defesa Australiana e o Gabinete de Reconhecimento Nacional dos EUA, parte do Departamento de Defesa, empenharam-se em atividades de cooperação via satélite e, juntos, contribuiriam para a prossecução da cobertura global dos EUA em missões de inteligência, explicou ainda.

O Comando Espacial de Defesa Australiano foi anunciado no ano passado, tendo as operações começado esta terça-feira.

Foi acompanhado por um investimento de 5 mil milhões de dólares nas capacidades espaciais da Força de Defesa Australiana, ao longo de uma década, e inclui pessoal do exército, marinha e força aérea, chefiado pelo engenheiro aeroespacial Air Vice-Marshal Cath Roberts.

Roberts disse à Australian Broadcasting, na terça-feira, que o comando iria trabalhar para proteger os bens espaciais da Austrália, tais como os satélites de Internet.

Realçou também o sucesso do lançamento de um teste de mísseis anti-satélite pela Rússia em novembro, e o reboque pela China de um dos seus próprios satélites para uma órbita diferente como exemplos da forma como as capacidades espaciais das nações estavam a mudar.

Em setembro do ano passado, a Austrália juntou-se aos Estados Unidos e ao Reino Unido na parceria de segurança AUKUS.

A Austrália obtém assim tecnologia desenvolvida pelos EUA, para construir pelo menos oito submarinos movidos a energia nuclear. A parceria atraiu críticas por parte da China, que acusou os membros de terem uma “mentalidade da Guerra Fria“.

Este mês, Dutton anunciou uma expansão de 30% do pessoal da Força de Defesa da Austrália e uma nova base submarina que será construída na costa leste do país.

A expansão apenas se vai verificar, após uma próxima votação federal na Austrália, na qual o partido conservador no poder enquadrou a segurança nacional como uma questão eleitoral.

A Austrália anunciou também esta semana 18,5 milhões de dólares em despesas, para apoiar o envolvimento local no setor espacial na Índia.

https://zap.aeiou.pt/australia-faz-parceria-com-o-pentagono-na-defesa-do-espaco-469231


Suspeito da invasão ao Capitólio e procurado pelo FBI recebe asilo na Bielorrússia


Um suspeito do motim no Capitólio, acusado de atacar a polícia durante a insurreição, e procurado pelo FBI, recebeu asilo na Bielorrússia, segundo a imprensa local.

“O cidadão americano Evan Neumann recebeu o estatuto de refugiado na Bielorússia. O documento foi-lhe entregue hoje no Departamento de Cidadania e Migração da Direção de Assuntos Internos do Comité Executivo Regional de Brest”, lê-se numa declaração partilhada pela agência noticiosa estatal bielorrussa BelTA.

“Sinto-me seguro na Bielorrússia. É calmo, eu gosto de estar neste país”, referiu Neumann, segundo o The Daily Beast.

“Hoje estou com sentimentos mistos. Estou contente pela Bielorrússia ter tomado conta de mim. Estou chateado por ter acabado nesta situação, por no meu país natal existirem tais problemas”, acrescentou o suspeito. 

Neumann vendeu a sua casa na Califórnia e fugiu dos Estados Unidos em agosto de 2021, para reaparecer na Bielorrússia em novembro segundo o Insider.

Defendeu a sua fuga para a Bielorússia, afirmando que tinha medo de ser torturado pelo sistema judicial dos Estados Unidos.

“Não tenho esperança no sistema de justiça dos EUA neste momento. Não sou suficientemente forte para resistir à tortura”, contou Neumann, numa emissão da ATN, um órgão de comunicação estatal bielorrusso.

Evan Neumann está na lista dos mais procurados do FBI e enfrenta seis acusações, incluindo agressão a oficiais, obstrução à lei, entrada no Capitólio sem autorização, e conduta violenta, de acordo com documentos de um tribunal federal de Washington.

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quarta-feira, 23 de março de 2022

Sim, os ucranianos podem ganhar a guerra: “Aliás, já estão a ganhar” !


José Manuel Fernandes vê exército russo lento e mal preparado, enquanto o povo ucraniano se transformou num exército de cidadãos livres.

A invasão russa à Ucrânia arrancou no dia 24 de Fevereiro e, praticamente um mês depois, a guerra está longe de terminar. Isso é sinónimo de equilíbrio no confronto entre russos e ucranianos, ao contrário do que a Rússia (e muitos outros países) projectou.

A vitória da Ucrânia, sem ajudas externas, era um cenário quase impensável nos primeiros dias do conflito. Mas agora as expectativas são outras.

José Manuel Fernandes acha que a vitória na guerra pode ser da Ucrânia: “Sinceramente começo mesmo a acreditar que os ucranianos podem ganhar e que, de alguma forma, já estão a ganhar. Aliás, já ganharam neste primeiro mês”.

Na rádio Observador, o jornalista deixou a lista do que o exército russo esperava conseguir ao longo do primeiro mês de guerra, mas não conseguiu: ocupar as principais cidades do Leste e do Sul da Ucrânia, controlar Mariupol, ocupar Odessa e Kharkiv e, “no mínimo”, cercar Kiev.

Nada disto foi alcançado e algumas frentes ucranianas até contra-atacaram e terão avançado no Sul e no Norte do país.

Em Mariupol assiste-se a um “massacre” e a uma “destruição sem nome”. Aquela cidade fulcral no conflito é o palco de um impasse militar: “Ninguém avança. Pode ser muito, muito penoso, tal como aconteceu na I Guerra Mundial, com uma componente forte de guerra de trincheiras”.

Esse impasse militar é a consequência, segundo José Manuel Fernandes, de um mau planeamento russo e do heroísmo ucraniano, que é nestes dias um “povo em armas”.

“Os russos não acreditavam que iria haver muita resistência, até pensavam que iriam ser bem recebidos, como libertadores”, mas não foram.

O exército russo não foi recebido como pensava e não avança porque apresenta várias problemas: lentidão; não estava preparado para o frio e estará a utilizar “botas de ucranianos”; não tem capacidade para repor forças, não tem reservas disponíveis e agora até tentam contar com ajuda de militares chechenos, sírios, que não estão preparados para este conflito; e os bielorrussos “claramente não querem entrar nesta loucura”.

A Ucrânia tem um “povo mobilizado para defender a sua terra e a sua liberdade” e conta com uma inspiração chamada Volodymyr Zelenskyy: “O povo ucraniano está muito inspirado pelo seu presidente e pela mulher do seu presidente. Um presidente que não desertou, correu risco evidente de vida”.

“É um povo que se tornou num exército de cidadãos livres, que é uma coisa muito poderosa. E está mais bem equipado do que muitos especialistas terão pensado”, continuou o jornalista.

A Rússia poderá perder a guerra. Mas fica o aviso: “Os russos não vão desistir facilmente. Não irão embora sem, antes, protagonizarem ataques de enorme brutalidade”.

https://zap.aeiou.pt/ucranianos-podem-ganhar-guerra-469107


Rússia admite usar armas nucleares na Ucrânia em caso de “ameaça existencial” !

O Presidente russo, Vladimir Putin.
Moscovo apenas vai usar armas nucleares na Ucrânia no caso de uma “ameaça existencial” contra a Rússia, disse hoje o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, numa entrevista à CNN Internacional.

“Temos uma doutrina de segurança interna. É pública. Pode ler lá todas as razões para o uso de armas nucleares. E se é uma ameaça existencial ao nosso país, então podem ser usadas no âmbito da nossa doutrina”, afirmou.

A jornalista da CNN Internacional Christiane Amanpour pediu a Dmitry Peskov que dissesse se estava “confiante” ou “convencido” de que o Presidente russo, Vladimir Putin, de quem é muito próximo, não usaria armas nucleares em território ucraniano.

Peskov disse que Putin ainda não atingiu nenhum dos seus objetivos militares na Ucrânia, mas realçou que a “operação militar especial” está a seguir “exatamente de acordo com os planos e os propósitos que foram estabelecidos de antemão”.

“Não foi Putin que arruinou os acordos de Minsk, foi o lado ucraniano”, atirou Peskov.

O Exército russo encontrou uma resistência inesperada das forças de segurança ucranianas desde o início da guerra.

De acordo com o Pentágono, o Exército da Ucrânia, que detém o controlo dos grandes centros urbanos, esteve mesmo em condições nos últimos dias de levar a cabo algumas contra-ofensivas que lhe permitiram, em particular no sul, recuperar terreno às tropas russas.

Especialistas militares acreditam que o Exército russo está a sofrer de problemas logísticos e de comunicação.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou pelo menos 953 mortos e 1.557 feridos entre a população civil, incluindo mais de 180 crianças, e provocou a fuga de mais 10 milhões de pessoas, entre as quais 3,53 milhões para os países vizinhos, indicam os mais recentes dados da ONU.

Segundo as Nações Unidas, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

https://zap.aeiou.pt/russia-admite-usar-armas-nucleares-469027


“Cidade dentro de uma cidade”: Arquitetos revelam plano ambicioso para o Vietname !


Uma das maiores empresas de arquitetura do Reino Unido revelou os planos para uma nova e verdejante “cidade dentro de uma cidade” no Vietname.

O novo distrito de 290 acres será construído em torno de uma longa “espinha” de árvores e vegetação na maior metrópole do país, Ho Chi Minh City, de acordo com os arquitetos da Foster + Partners.

Chamada “A Cidade Global”, o projeto inclui edifícios residenciais altos e baixos, habitações públicas e vilas, para além de escolas, um centro comercial e instalações médicas, segundo a CNN Style.

Rodeada por dois canais, a comunidade inclui cinco bairros diferentes, ligados por um parque central e uma rua principal, bem como uma série de pontes para peões.

Segundo Toby Blunt, sócio principal da Foster + Partners, a firma “herdou” o plano, mas foi incumbida de melhorar “a sua integração na natureza, ao mesmo tempo que aumentava a ligação pedestre entre os diferentes bairros“.

De acordo com a Masterise Homes, uma empresa imobiliária que também trabalha no distrito, o projeto está previsto ser concluído dentro de quatro anos.

O chefe de estúdio da Foster + Partners, Gerard Evenden enfatizou o número de espaços verdes do projeto, incluindo parques, pátios e jardins.

“O desenho procura encontrar um equilíbrio entre biodiversidade e bem-estar humano”, disse o responsável, chamando-lhe “um plano diretor holístico e sustentável para o futuro”.

O desenho do distrito faz referência às tradições arquitetónicas da cidade de Ho Chi Minh, anteriormente conhecida como Saigão, através da utilização de tijolos e madeira, de acordo com um comunicado de imprensa.

A cidade do sudeste é conhecida pela sua vasta mistura de estilos, desde marcos coloniais franceses como a Ópera de Saigão, a blocos de apartamentos modernistas em betão e adições contemporâneas à linha do horizonte, como a Torre Bitexco, inspirada na flor do lótus.

A Foster + Partners, fundada pelo famoso arquiteto britânico Norman Foster, é conhecido por projetos apelativos, incluindo a Torre Hearst em Nova Iorque e 30 St Mary Axe, conhecida como “The Gherkin”, em Londres.

“A Cidade Global” é um dos vários planos futuristas que a firma tem desenvolvido nos últimos anos, com a sua equipa a trabalhar atualmente em vários projetos de planeamento, concebidos para revitalizar áreas urbanas ou criar novas comunidades sustentáveis em cidades densamente povoadas.

A revisão proposta pela Foster + Partner do distrito central de Estocolmo, Slussen, deverá estar concluída até 2025, enquanto que a expansão de South Sabah Al-Ahmad, uma nova cidade que albergará cerca de 280.000 residentes no Kuwait, está programada para abrir em 2040.

Os arquitetos estão também a trabalhar num outro projeto no Vietname: o Centro de Negócios VietinBank de duas torres, nos arredores de Hanói, no norte do país.

https://zap.aeiou.pt/cidade-dentro-de-uma-cidade-arquitetos-revelam-plano-ambicioso-para-o-vietname-468987


Alisher Usmanov, oligarca russo, diz que conseguiu contornar as sanções !


As declarações de um porta-voz de Usmanov à BBC puseram mais uma vez em causa as medidas punitivas contra indivíduos ligados ao regime de Vladimir Putin, temendo-se que a maioria tenha alienado legalmente os seus bens antes de as sanções serem aprovadas.

Muitos dos bens e propriedades de Alisher Usmanov no Reino Unido foram protegidas pelo próprio antes de ser sancionado pelo país, revelou esta terça-feira um porta-voz do oligarca, apontado como o “homem de fachada” de Putin.

As declarações de um porta-voz de Usmanov à BBC puseram mais uma vez em causa as medidas punitivas contra indivíduos ligados ao regime de Vladimir Putin, temendo-se que a maioria tenha alienado legalmente os seus bens antes de as sanções serem aprovadas.

O porta-voz do magnata dos metais — cuja fortuna em Londres está estimada em cerca de 18,4 mil milhões de dólares — explicou que a maioria das suas propriedades no Reino Unido, incluindo uma luxuosa mansão em Londres, “foram há muito transferidas para trusts irrevogáveis”, avança a agência de notícias EFE.

“A partir dessa altura, Usmanov já não as possuía [as propriedades], nem podia geri-las ou negociar a sua venda, só podia utilizá-las para fins de aluguer. Ele retirou-se como beneficiário e doou os direitos do beneficiário à sua família“, disse.

O mesmo aconteceu, segundo a fonte, com um super iate avaliado em quase 600 milhões de dólares que a Alemanha apreendeu pouco depois de a invasão russa da Ucrânia ter começado.

A 3 de março, Londres anunciou que estava a congelar os bens de Usmanov no Reino Unido e a proibi-lo de entrar no país por causa dos seus fortes laços a Putin.

Os peritos acreditam que se o oligarca não for o proprietário legal destes bens, as sanções aprovadas pelo Executivo britânico não afetarão em nada a sua fortuna.

A Rússia lançou a 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou pelo menos 953 mortos e 1.557 feridos entre a população civil, incluindo mais de 180 crianças, e provocou a fuga de mais 10 milhões de pessoas, entre as quais 3,53 milhões para os países vizinhos, indicam os mais recentes dados da ONU.

Segundo as Nações Unidas, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

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Talibãs revertem decisão e mantêm escolas encerradas para raparigas !


Nas redes sociais tornaram-se virais os vídeos das raparigas informadas de que as escolas permanecerão fechadas e que se deviam dirigir para casa.

Menos de uma semana após a Organização das Nações Unidas ter anunciado o estabelecimento de relações formais com o Governo talibã do Afeganistão, o grupo implementou uma nova regra que vem contradizer as promessas de respeito pelos direitos humanos e liberdades individuais feitas em agosto. Poucas horas depois de terem anunciado a reabertura de colégios e escolhas para alunas, a medida foi revertida.

A confirmação foi feita por um representante do grupo à agência France Press, sem que para tal fosse apresentada uma justificação para a decisão. “As escolas para as raparigas adolescentes entre o 7.º e o 12.º anos (correspondente aos 12 aos 18 anos de idades) continuam fechadas”, disse Inamullag Samangani, porta-voz adjunto do Governo dos talibãs.

Perante a antecipação que o regresso das alunas causou, havia equipas de estações de televisão a acompanhar o acontecimento, tendo captado a tristeza e desilusão das raparigas, que foram enviadas para casa. Este era um regresso muito antecipado, mais de sete meses depois do grupo talibã ter chegado ao poder e restringido muitas das liberdades, sobretudo para as mulheres.

Agora permanece a incerteza sobre a a atitude da comunidade internacional, nomeadamente no que respeita às negociações sobre as ajudas a enviar para o país, mas também do reconhecimento do regime que atualmente dirige o país.

Aquando do anúncio da reabertura, o Ministério da Educação realçou que a decisão não tinha que ver com “agradar à comunidade internacional, nem para obter o reconhecimento do mundo”, explicou o porta-voz Aziz Ahmad Rayan. “Estamos a fazer isto como parte da nossa responsabilidade de proporcionar educação e instalações educativas para os nossos estudantes”.

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“Não resta nada, apenas ruínas”: 100 mil pessoas estão presas no cerco apertado a Mariupol, sem água e luz !


O cerco das tropas russas à cidade estratégica de Mariupol é cada vez mais apertado. As autoridades ucranianas denunciam a sabotagem russa a caravanas humanitárias e o corte no fornecimento de água.

Mariupol tenta resistir, mas as tropas russas estão cada vez mais perto de tomarem a cidade. De acordo com as autoridades locais, foram lançadas duas bombas “super-poderosas” sobre a cidade ucraniana esta terça-feira, não tendo ainda sido revelados mais detalhes.

“Não resta nada, apenas ruínas“, afirmou o Presidente ucraniano, Volodimir Zelenskyy, sobre os ataques na cidade durante um discurso perante o Parlamento italiano esta terça-feira.

Zelenskyy também denunciou a captura de uma caravana humanitária que levava alimentos e medicamentos para a cidade. “Todas as nossas tentativas, infelizmente, são reduzidas a nada pelos ocupantes russos. Com bombardeamentos ou terror óbvio”, lamentou.

António Guterres, secretário-geral da ONU, apelou esta terça-feira à abertura de corredores humanitários, considerando “moralmente inaceitável, politicamente indefensável e militarmente disparatada” a continuação da guerra.

A vice-primeira-ministra ucraniana, Irina Vereshchuk, também exigiu a abertura de corredores para a saída dos civis da cidade costeira, afirmando que 100 mil pessoas estão presas sem conseguir sair de Mariupol.

No total, ainda estão cerca de 300 mil pessoas na cidade, que está há semanas sob cerco das tropas russas, que na segunda-feira apresentaram um ultimato para a rendição da cidade em troca da abertura dos corredores humanitários, uma proposta que Kiev rejeitou.

A União Europeia acusou a Rússia na terça-feira de estar a usar a água “como uma arma de guerra”, com as forças russas alegadamente a ameaçarem desidratar a população para forçarem a rendição desta cidade estratégica, localizada entre a Crimeia, que foi anexada por Moscovo em 2014, e o território separatista de Donetsk.

“No Dia Mundial da Água, continuamos chocados que uma das muitas táticas hediondas do ataque russo à Ucrânia seja o uso da água como arma de guerra“, realçaram, em comunicado conjunto, o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, e o Comissário Europeu para o Meio Ambiente, Virginijus Sinkevicius.

Segundo estes responsáveis europeus, as tropas estão a “cortar deliberadamente o acesso da população à água potável, utilizando a ameaça de desidratação para forçar a rendição da cidade e negando o acesso às necessidades mais básicas“.

“Cada gota conta. Água potável e saneamento são direitos humanos essenciais”, vincaram, pedindo à Rússia que respeite os corredores humanitários e permita a retirada da população civil “para outras partes da Ucrânia”. Para além da falta de água, há também falhas no fornecimento de electricidade, comida ou medicamentos e problemas nas redes de comunicação.

De acordo com um alto funcionário do Pentágono, a estratégia russa baseia-se agora em “disparos de longo alcance” dirigidos ao centro da cidade. Os residentes que conseguiram fugir descrevem a situação à ONG Human Rights Watch como “um inferno glacial, com ruas cheias de cadáveres e escombros de edifícios destruídos”.

Já a procuradora-geral da Ucrânia, Iryna Venediktova, fala mesmo em “genocídio”. “Os teatros de guerra têm regras, princípios. O que vemos em Mariupol é a total ausência de regras”, revelou à AFP.
“Uma criança de cinco anos gritava: ‘Eu não quero morrer’”

Há cerca de uma semana, um teatro em Mariupol, onde se escondiam centenas de pessoas, foi bombardeado. O número de vítimas mortais ainda é desconhecido.

Mariia Rodionova, uma professora da 27 que sobreviveu ao ataque, relatou à BBC a sua experiência. Mariia deixou os seus dois cães presos à bagagem por volta das 10 da manhã para ir buscar água ao teatro, quando a bomba caiu. O som foi tão arrebatador que a professora achou que tinha rompido o tímpano.

Mariia revela que um homem a tentou proteger dos escombros ao empurrá-la contra uma parede e que viu um outro com o rosto repleto de estilhaços de vidro.

“Só havia escombros, era impossível entrar. Durante duas horas não pude fazer nada. Só fiquei lá. Estava em choque”, revela, afirmando que desde então que nunca mais viu os seus cães.

Mariia conseguiu sair de Mariupol, mas relata que a sua avó, com quem morava, se recusou a abandonar o seu apartamento. “Ela apenas disse: ‘É o meu apartamento, a minha casa. Vou morrer aqui‘”, cita, acrescentando que continua sem saber se avó ainda está viva.

Já o serralheiro Vladyslav, que tinha ido ao teatro procurar alguns amigos que lá estavam abrigados, também sobreviveu ao ataque correndo para a cave, de onde saiu rapidamente depois de saber que o edifício estava a arder.

“Coisas terríveis estavam a acontecer”, conta, lembrando-se de ter visto uma mãe à procura dos filhos entre os escombros. “Uma criança de cinco anos gritava: ‘Eu não quero morrer’. Foi de partir o coração”, lamenta.

https://zap.aeiou.pt/100-mil-pessoas-presas-mariupol-agua-469061


Starlink ajuda os drones da Ucrânia a atingir e destruir tanques russos !


A Internet Starlink do SpaceX está a revelar-se útil para as forças armadas da Ucrânia na luta contra a invasão russa.

Segundo o The Telegraph, a ligação por satélite ajuda a unidade Aerorozvidka (Reconhecimento Aéreo) do exército ucraniano a usar vigilância e atacar drones, para atingir tanques e posições russas.

A meio de falhas de energia e Internet, que se prevê que agravem, a Ucrânia está a recorrer ao sistema Starlink, disponível para algumas das suas comunicações.

Equipas drone no terreno, por vezes em zonas rurais mal conectadas, são capazes de utilizar o Starlink de Elon Musk para as conectar a alvos e inteligência na sua base de dados de campo de batalha.

Podem direcionar os drones para largarem munições anti-tanque sobre as forças russas durante a noite, enquanto as tropas dormem nos seus veículos.  

Os drones mais sofisticados da unidade ucraniana estão ligados através do Starlink, segundo noticiou o The Times of London.

“Se utilizarem um drone com visão térmica à noite, o drone deve ligar-se através do Starlink ao responsável pela artilharia e atingir o alvo”, explicou um oficial da Aerorozvidka ao jornal britânico.

A Aerorozvidka tem vindo a recolher tanques, camiões de comando e veículos que transportam equipamento eletrónico desde o início da invasão, destruindo dezenas de “alvos prioritários”. “Atacamos à noite, quando os russos dormem“, relatou o comandante da unidade, Yaroslav Honchar.

O vice-primeiro-ministro ucraniano, Mykhailo Fedorov, disse que Starlink estava a funcionar bem, em entrevista ao The Washington Post.

“A qualidade da ligação é excelente” referiu Fedorov, através de um tradutor, utilizando uma ligação Starlink a partir de um local não revelado.

“Estamos a utilizar milhares de terminais com novos envios que chegam de dois em dois dias”, informou ao The Post.

Os funcionários russos não estão satisfeitos com a ajuda que a SpaceX presta à Ucrânia. “Quando a Rússia implementa os seus mais altos interesses nacionais no território da Ucrânia, Elon Musk aparece com o seu Starlink, anteriormente declarado como puramente civil”, disse Dmitry Rogozin, diretor-geral da agência espacial russa Roscosmos, ao Russia Today.

“Aqui, vejam, ele escolheu o lado. Nem sequer o censuro pessoalmente. Este é o Ocidente no qual nunca devemos confiar”, acrescenta Rogozin.

Starlink também está a ser utilizado por civis ucranianos, embora não seja claro por quantos. Uma fonte anónima que está “familiarizada com o esforço da Starlink na Ucrânia” comentou que existem mais de 5.000 terminais Starlink no país.

“A agência de Fedorov está a trabalhar para levar os terminais Starlink a regiões onde o acesso à Internet foi cortado”, disse a fonte ao The Post.

“Os sistemas têm sido utilizados em alguns casos para conectar as pessoas quando as redes no país foram sobrecarregadas“, explicou.

A Starlink “tem um total de 98.000 instalações em toda a App Store da Ucrânia e Google Play combinadas”, noticiou o The Wall Street Journal na semana passada. O número de downloads veio da empresa de análise Sensor Tower.

https://zap.aeiou.pt/starlink-ajuda-drone-da-ucrania-a-atingir-e-destruir-tanques-russos-468980


Jamaicanos evitam visita real do Reino Unido - E exigem compensação pela escravatura !


Dezenas de líderes conhecidos na Jamaica, incluindo professores e políticos, estão a exigir um pedido de desculpas e compensações pela escravatura, enquanto o Duque e a Duquesa de Cambridge se preparam para uma viagem à antiga colónia britânica.

O grupo rejeita a visita do Príncipe William e de Kate, parte de uma viagem maior à região das Caraíbas, que coincide com o 60º aniversário da independência da Jamaica e o 70º aniversário da coroação da Rainha Isabel II.

“Não vemos razão para celebrar 70 anos da ascensão da sua avó ao trono britânico porque a sua liderança, e a dos seus antecessores, perpetuaram a maior tragédia de direitos humanos da história da humanidade”, lê-se numa carta publicada este domingo, antes da visita do casal, e assinada por 100 líderes jamaicanos.

A visita real à América Central e Caraíbas que começou no sábado foi ordenada pela rainha, de acordo com o The Washington Post.

A viagem visa reforçar os laços da Grã-Bretanha com os países da Commonwealth, mas está a ter um início complicado, bem como alguns países consideram cortar os laços com a monarquia, como a ilha das Caraíbas oriental de Barbados fez em novembro do ano passado.

A oposição local forçou o casal real a cancelar uma visita a uma quinta de cacau em Belize, que estava planeada para sábado, enquanto a próxima viagem à Jamaica enfureceu alguns que dizem estar ainda à espera de um pedido de desculpas e de compensações pela escravatura.

O legislador jamaicano Mike Henry, que há muito lidera um esforço para obter indemnizações estimadas em mais de 7 biliões de libras, disse à Associated Press que um pedido de desculpas é apenas o primeiro passo para o que descreveu como um “abuso da vida humana e do trabalho”. “Um pedido de desculpas admite realmente que há alguma culpa”, acrescentou.

Centenas de milhares de escravos africanos trabalharam na Jamaica sob mais de 300 anos de domínio britânico e enfrentaram condições terríveis.

Houve variadas revoltas, principalmente com uma mulher chamada “Rainha Ama”, que liderava um grupo de africanos escravizados, conhecidos como os Jamaican Maroons, cuja guerrilha se tornou conhecida e deu cabo das forças britânicas. A “Rainha Ama” continua a ser a única mulher dos oito heróis nacionais da Jamaica.

Durante a sua estadia de dois dias na Jamaica, espera-se que o Príncipe William e Kate celebrem o legado de Bob Marley, um gesto que também tem tem causado discórdia entre alguns jamaicanos.

“Como Rastafari, Bob Marley encarnou a defesa e é reconhecido globalmente pelos princípios dos direitos humanos, igualdade, e repatriação”, declarou a carta daqueles que exigiam um pedido de desculpas.

O grupo disse que estaria a celebrar 60 anos de liberdade da Grã-Bretanha, acrescentando que é triste “que não tenham sido feitos mais progressos, dado o fardo da herança colonial”.

“Não obstante, celebramos as muitas conquistas dos grandes jamaicanos que rejeitaram os conceitos negativos e coloniais e que tiveram êxito, com toda a confiança, contra enormes probabilidades. Também iremos recordar e celebrar os nossos lutadores pela liberdade“, concluem.

https://zap.aeiou.pt/jamaicanos-evitam-visita-real-do-reino-unido-e-exigem-compensacao-pela-escravatura-468978

Finlândia constrói instalação para armazenar resíduos nucleares durante 100.000 anos !


A 420 metros pés abaixo do nível do mar, a Finlândia está a criar um local para armazenar os seus resíduos nucleares durante séculos.

Muitos países na Europa estão a afastar-se da energia nuclear. No início de 2022, a Alemanha encerrou três das suas seis centrais nucleares funcionais, à medida que se focou em formas renováveis de energia a longo prazo.

A França e a Bélgica também anunciaram planos semelhantes para se afastarem da energia nuclear, mas a Finlândia parece estar a seguir outro caminho, enquanto constrói outra central nuclear, segundo a Interesting Engineering.

A Finlândia é um país relativamente pequeno em tamanho e a maioria dos seus 5,5 milhões de residentes reside na parte sul do país.

O país ocupa a 216ª posição em densidade populacional, e com a maioria das suas centrais nucleares localizadas no lado norte do país, o risco para a vida humana devido a um acidente é bastante reduzido.

Com 1.600 MW, o maior reator nuclear do mundo deverá ficar operacional no final deste ano e a Finlândia precisa de manter os resíduos nucleares seguros.

O país tinha iniciado o processo de identificação de potenciais locais de armazenamento a longo prazo dos seus resíduos nucleares, e em 2000 foi selecionada uma ilha em Olkiluoto, ao largo da costa ocidental do país.

A cidade vizinha de Eurajoki não é estranha à energia nuclear, tendo quase todos na cidade um amigo ou um familiar que trabalhou numa das duas centrais nucleares localizadas nas proximidades. Uma terceira está a caminho de se tornar funcional.

A Finlândia utiliza reatores de água a ferver (BWR) para gerar energia, mas para o armazenamento dos resíduos necessita de um local específico, que a empresa construtora do local, Posiva, encontrou debaixo de um leito rochoso.

Nas proximidades encontram-se duas falhas sísmicas que podem tornar-se ativas após a próxima era glacial, mas como a instalação está localizada precisamente entre elas, espera-se que se mantenha inerte à atividade sísmica.

As varas de combustível gastas passam frequentemente décadas a arrefecer numa piscina de água provisória mas, para serem armazenadas, a água será aspirada por robôs numa sala de aço inoxidável, coberta por paredes de betão com 1,3 metros de espessura, informou a Science Magazine.

As varas serão então colocadas em recipientes de ferro fundido, num recipiente de cobre com gás inerte, preenchido entre eles para criar uma atmosfera não reativa.

Os barris de cobre serão enterrados em pavimentos de túnel e enchidos com argila bentonítica, que absorverá água e impedirá que esta chegue ao combustível.

Os túneis serão cobertos com betão, para não serem perturbados durante 100.000 anos, como local de repouso final do combustível nuclear.

Espera-se que o local comece a funcionar até 2024 ou 2025 e permaneça operacional até 2120, para depois ser selado permanentemente.

https://zap.aeiou.pt/finlandia-constroi-instalacao-para-armazenar-residuos-nucleares-durante-100-000-anos-468973


Republicanos separam-se de Trump e adotam postura agressiva contra a Rússia !

O ex-Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump
A guerra da Rússia contra a Ucrânia causou a divisão entre alguns republicanos de topo e o antigo presidente Donald Trump.

O antigo presidente, que proclama que “ninguém tem sido mais duro com Putin” do que ele, chamou “sábio” ao presidente russo pela sua “jogada” contra a Ucrânia.

Mas, segundo a CBS News, muitos republicanos de renome estão a tomar a posição oposta na condenação da invasão.

Primeiro foi o antigo Vice-Presidente Mike Pence, que disse num discurso recente que não havia lugar no GPO para “apologistas de Putin“.

A Senadora Lindsey Graham, da Carolina do Sul, que raramente se desvia da doutrina de Trump, apelou mesmo ao assassinato de Putin.  

O antigo presidente, durante anos, questionou o valor da NATO e das alianças tradicionais de segurança global, ameaçou reter a ajuda à Ucrânia em troca de um favor político, e considerou verdadeira a palavra de Putin, em detrimento da das agências de informação.

Os republicanos estão agora a tentar usar todos os recursos possíveis, sem contar com as tropas dos EUA, para ajudar a parar a guerra na Europa.

“A grande maioria do Partido Republicano, tanto no Congresso como em todo o país, está totalmente de acordo com os ucranianos e apelam ao presidente para tomar medidas o mais rapidamente possível, para ser mais corajoso”, declarou o líder da Minoria do Senado, Mitch McConnell, que cada vez mais se tenta distanciar o Partido Republicano do Trump.

Sem mencionar diretamente Donald Trump, o senador republicano Roy Blunt do Missouri afirmou que está satisfeito com o que vê como o regresso dos Estados Unidos à liderança do panorama mundial.

“Tem havido uma divisão bastante notável entre a visão tradicional republicana pós II Guerra Mundial da nossa liderança no mundo, que é a que eu tenho, e aqueles que queriam seguir uma política mais centrada na retirada, para que outra pessoa preenchesse o nosso papel no mundo, se não o fizéssemos”, explicou Blunt.

“E penso que o que está a acontecer atualmente é que a maioria dos republicanos e, francamente, a maioria dos membros do Senado, mudaram para o que eu veria como uma visão mais internacionalista das nossas responsabilidades. E estou contente por ver isso”, concluiu o senador.

https://zap.aeiou.pt/republicanos-separam-se-de-trump-e-adotam-postura-agressiva-contra-a-russia-468968


Desastres naturais mataram 134 pessoas em Moçambique desde outubro !


Pelo menos 134 pessoas morreram e mais de 760 mil foram afetadas por desastres naturais na atual época das chuvas em Moçambique, segundo o mais recente relatório do Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD) de Moçambique.

O maior número de óbitos foi registado em Nampula (62), seguida da Zambézia (42) e Tete (10), no norte e centro de Moçambique, algumas das províncias mais afetadas por tempestades tropicais e pelo ciclone Gombe, entre 11 e 19 de março, e pela tempestade Ana, em janeiro.

Segundo o INGD, o desabamento de paredes, arrastamento pelas águas, relâmpagos, incêndios e queimadas descontroladas, queda de árvores e eletrocussão, estão entre as principais causas das mortes.

Do total de 762.523 pessoas afetadas, que correspondem a 151.331 famílias, 333 ficaram feridas, em consequência das intempéries que se registam em Moçambique desde outubro.

A atual época das chuvas causou ainda a destruição parcial e total de 135.860 casas e inundação de outras 26.231, além de destruir também 3.843 salas de aulas de construção precária e convencional, afetando 468.116 alunos, 8.304 professores e 1.700 escolas.

Segundo as autoridades, o mau tempo afetou ainda 103 unidades hospitalares, danificou 2.965 postes de energia, 644 casas de culto, 6.300 quilómetros de estrada, 19 pontes, entre outras infraestruturas.

As regiões norte e centro de Moçambique estiveram, entre 11 e 19 de março, sob chuvas intensas causadas pelo ciclone Gombe e pela depressão tropical que lhe sucedeu.

O ciclone Gombe provocou 59 mortos e 82 feridos, sobretudo na província de Nampula, a norte, em muitos casos devido ao desabamento de casas construídas com material tradicional (argila e caniço), segundo dados oficiais.

Moçambique enfrenta anualmente várias tempestades durante a época ciclónica e chuvosa, que decorre entre outubro e abril.

https://zap.aeiou.pt/desastres-naturais-mataram-134-pessoas-desde-outubro-em-mocambique-468964


Cosmonautas russos usam cores da bandeira ucraniana - Rússia ridiculariza situação !


Três cosmonautas embarcaram na Estação Espacial Internacional a 18 de março com fatos de voo amarelo brilhante e azul.

Em resposta a quem comparou a escolha da roupa ao apoio do trio russo à Ucrânia, a agência espacial russa não só negou como ridicularizou essa interpretação.

“Por vezes o amarelo é apenas amarelo“, disse o serviço de imprensa de Roscosmos no seu canal Telegram, segundo a Reuters.

Os três cosmonautas, Oleg Artemyev, Denis Matveev e Sergey Korsakov, acostaram a sua nave espacial Soyuz MS-21 na estação espacial, e juntaram-se a sete tripulantes já a bordo, na passada sexta-feira.

No sábado, a agência espacial russa divulgou uma declaração a citar Artemyev em resposta a perguntas sobre a escolha da cor da bandeira ucraniana.

“Não há necessidade de procurar quaisquer sinais ou símbolos escondidos no nosso uniforme. Uma cor é simplesmente uma cor. Não está, de forma alguma, ligada à Ucrânia. Caso contrário, teríamos de reconhecer os seus direitos no sol amarelo e no céu azul”, disse Artemyev, segundo noticiou o The Guardian.

“Hoje em dia, apesar de estarmos no espaço, estamos juntos ao nosso presidente e ao nosso povo!”, lia-se ainda na declaração.

O diretor-geral da Roscosmos, Dmitry Rogozin, terá ido ainda mais longe, afirmando que os cosmonautas não tinham qualquer simpatia pelos nacionalistas ucranianos, informou a Reuters.

Mesmo assim, na sexta-feira, Artemyev explicou a escolha da cor por uma razão diferente, dizendo que a equipa optou pelo amarelo brilhante porque havia tanto desse material em armazém, “que foi por isso que tivemos de usar amarelo”.

A bandeira ucraniana sempre incluiu o amarelo, mas tem mudado ao longo dos anos, sendo que a Ucrânia adotou a primeira bandeira nacional em 1848.

Os revolucionários, que queriam que as entidades ocidentais do país fossem libertadas do domínio austro-húngaro, escolheram as cores com base no brasão de Lviv — a maior cidade da Ucrânia Ocidental, de acordo com a Britannica.

O brasão mostrava um leão dourado sobre um escudo azul e, na altura, a bandeira mostrava riscas horizontais de amarelo sobre o azul.

Em janeiro de 1918, a República da Ucrânia declarou a sua independência e, mais tarde nesse ano, a república adotou uma nova bandeira, com riscas invertidas para simbolizar “céus azuis sobre campos de trigo dourados“.

A bandeira passou por outras alterações, em 1949, mostrando a bandeira vermelha da União Soviética com uma faixa horizontal azul claro no fundo.

Assim que a Ucrânia declarou a sua independência da União Soviética, o país trouxe de volta a bandeira azul e amarela nacionalista, a 28 de janeiro de 1992.

https://zap.aeiou.pt/cosmonautas-russos-usaram-cores-da-bandeira-ucraniana-russia-ridiculariza-situacao-468952


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