Não seria fácil apostar num desfecho para a corrida pela Bwin. A 888, uma empresa cotada na Bolsa de Londres e que gere vários sites de poker e de jogos de casino online, apresentou uma proposta para comprar a rival. Caso se concretize, a aquisição permitirá àquela companhia estender a actividade para as apostas desportivas na Internet, que são o principal negócio da Bwin. Mas esta tem uma outra oferta em cima da mesa.
A administração da 888 emitiu nesta segunda-feira um comunicado em anuncia ter feito uma oferta de compra para a totalidade da Bwin. A transacção proposta é em dinheiro e acções, mas não é revelado o valor oferecido.
A Bwin tem um negócio de maior dimensão do que a 888, tendo facturado 612 milhões de dólares (cerca de 539 milhões de euros) no ano passado, o que significa uma queda anual de 6%. Já o volume de negócios da 888 cresceu 14%, para 455 milhões. Combinadas, as duas empresas tiveram receitas de 1067 milhões.
A 888 afirmou que accionistas representantes de cerca de 59% do capital concordam com a compra e votarão favoravelmente o negócio. A maioria da empresa é detida pelos fundadores. Os fundos familiares criados pelos dois pares de irmãos israelitas que lançaram a 888 no final da década de 1990 detêm hoje 58,8% do capital da empresa, que tem sede em Gibraltar. Há ainda cerca de 7,4% nas mãos de um fundo de investimento.
A oferta pela Bwin vem concorrer com uma proposta conjunta das empresas de jogos GVC (alemã) e Amaya Gaming (canadiana e que no ano passado comprou o popular PokerStars). Também não foi revelado o valor desta proposta, mas a imprensa internacional tem apontado para uma oferta de 1500 milhões de euros.
A Bwin, que também está cotada na Bolsa de Londres e tem igualmente sede em Gibraltar, confirmou ter recebido as propostas. “O conselho de administração e os seus consultores estão a levar a cabo uma análise detalhada das propostas recebidas até à data e farão mais anúncios a devido tempo, não podendo, no entanto, haver certeza de que as propostas vão resultar numa transacção”, escreveu a companhia, num comunicado.
Em 2014, apesar do encolher de receitas totais, o negócio de apostas desportivas da Bwin teve uma subida ligeira, de 1%, representando cerca de 39% da facturação, num ano que foi de Mundial de Futebol. A empresa gere também jogos de casino online, de poker e de bingo, entre outros. A Bwin é parceira ou patrocinadora de várias equipas desportivas. No futebol, tem parcerias com gigantes como o Bayern de Munique e o Real Madrid.
Em Portugal, a Bwin foi obrigada a suspender a actividade em 2012, na sequência de queixas apresentadas pela Santa Casa da Misericórdia, num processo que pôs fim ao patrocínio de provas desportivas, o que incluía a Taça da Liga. A actividade da empresa centra-se hoje em vários países europeus e nos EUA.
Fonte: http://www.publico.pt/economia/noticia/rivais-concorrem-para-comprar-bwin-1696034?frm=ult
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