Balanço positivo para a competição de Cannes, mesmo se o título final, Macbeth, com Marion Cotillard, foi uma das desilusões.
Marion Cotillard Michael Fassbender, atores de 'Macbeth'
Ao
fim da tarde de hoje, o júri de Cannes, presidido pelos irmãos Coen,
anunciará os prémios. Para além das naturais diferenças de perspetiva
que um palmarés sempre suscita, muitos espetadores do festival farão,
por certo, um balanço positivo - a diversidade (e também a riqueza) de
temas e linguagens prevaleceu sobre algumas desilusões mais ou menos
amargas.
A derradeira dessas desilusões encerrou a apresentação
das dezanove longas-metragens que disputam a Palma de Ouro. De facto, a
nova versão de Macbeth, coprodução Reino Unido/França/EUA assinada pelo
australiano Justin Kurzel, distingue-se tanto pela sofisticação dos
meios como pelo maneirismo da narrativa.
Não seria fácil sustentar
a comparação com outras adaptações da tragédia de William Shakespeare,
incluindo, claro, a que Orson Welles realizou em 1948, assumindo o papel
principal, com Jeanette Nolan como Lady Macbeth. Em todo o caso, o
problema de fundo não estará tanto nesse paralelismo, como no facto de
Kurzel explorar um look mais próximo de uma estética publicitária
(incluindo algumas redundantes imagens em câmara lenta) do que ao
serviço do texto.
Fonte: http://www.dn.pt/inicio/artes/interior.aspx?content_id=4584806
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