São várias as empresas dos mais distintos setores que se juntam às sanções à Rússia e deixam de fazer negócio no país. Calcula-se que sejam mais de 320 empresas multinacionais.
Numa união para condenar a guerra na Ucrânia, há quem não se junte à onda de solidariedade: as empresas farmacêuticas, conhecidas como big pharma.
As empresas farmacêuticas mundiais disseram que vão continuar a fabricar e vender os seus produtos na Rússia, escreve o Raw Story.
Os russos precisam de acesso a medicamentos e equipamento médico, sendo que o direito internacional humanitário exige que as empresas farmacêuticas mantenham as cadeias de fornecimento abertas.
“Como uma empresa de saúde, temos um propósito importante, e é por isso que neste momento continuamos a atender pessoas em todos os países em que operamos que dependem de nós para produtos essenciais”, disse Scott Stoffel, vice-presidente divisional da Abbott Laboratories, que fabrica e vende medicamentos na Rússia para oncologia, entre outras condições médicas.
“Continuamos comprometidos em fornecer produtos essenciais de saúde para os necessitados na Ucrânia, Rússia e região, em conformidade com as sanções atuais e adaptando-nos à situação em rápida mudança no terreno”, anunciou, por sua vez, a Johnson & Johnson.
No entanto, nem todos concordam com a posição das empresas farmacêuticas. Jeffrey Sonnenfeld, professor da Yale School of Management, diz que as justificações humanitárias apresentadas são “equivocadas na melhor das hipóteses, cínicas no caso intermédio e total e deploravelmente enganosas” no pior caso.
“Os russos são colocados numa posição trágica de sofrimento imerecido. Se continuarmos a tornar a vida paliativa para eles, continuaremos a apoiar o regime”, atirou Sonnenfeld.
Até agora, a sua resposta à invasão da Ucrânia focou-se principalmente em promessas de doação de medicamentos e vacinas essenciais a pacientes e refugiados ucranianos.
https://zap.aeiou.pt/farmaceuticas-continuam-russia-466949
Nenhum comentário:
Postar um comentário