segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Estado Islâmico obtém 75 milhões de euros por mês mas já teve de cortar salários !

O grupo extremista Estado Islâmico arrecada 75 milhões de euros por mês, nos territórios que controla na Síria e no Iraque, mas regista dificuldades financeiras.
De acordo com o IHS, um instituto de análise e monitorização de conflitos com sede em Londres, metade destes rendimentos são obtidos em taxas e confiscações e 43% com o petróleo e gás, atividades debilitadas pelos bombardeamentos da coligação internacional e da Rússia.
O Estado Islâmico (EI) tem dificuldade em equilibrar o orçamento e recentemente terá sido obrigado a baixar os salários dos combatentes e a aumentar o preço de serviços como eletricidade, sublinha o IHS.
O instituto afirma que o grupo extremista sunita procura financiamento alternativo e passou a taxar sistematicamente a população, que procura abandonar o território sob o seu domínio.
O IHS identifica seis fontes de rendimentos do EI: "produção e tráfico de petróleo e gás, taxas sobre atividades comerciais nos territórios que controla, confiscação de terras e propriedades, tráfico de drogas e antiguidades, atividades criminosas como assaltos a bancos ou raptos com pedido de resgates, e empresas públicas".
De acordo com o IHS, o EI não depende de contribuições de particulares ricos, nomeadamente do Golfo, como acontece com a rede terrorista al-Qaeda.
"O EI controla um aparelho estatal (na Síria e no Iraque) e aplica taxas à população, confisca propriedades, cria riqueza com empresas públicas, bem como com o petróleo e gás. Os outros grupos terroristas não têm isto", explicou à agência noticiosa francesa AFP Columb Strack, analista do IHS.
"Ao mesmo tempo, porque gere um Estado, a maior parte deste dinheiro vai para a gestão deste território. Não é como se conseguissem fazer 75 milhões para gastar em armas e bombas", sublinhou.
Ludovico Carlino, um outro analista do IHS, disse que o grupo extremista "cobra uma taxa de 20% sobre todos os serviços", como a eletricidade, as redes telemóveis ou indústria.
A coligação internacional e a Rússia atacam o EI na carteira quando bombardeiam campos petrolíferos e gasíferos, principalmente no leste sírio.
E para Strack "os esforços feitos para atingir as fontes de rendimento do EI estão a começar a compensar", nomeadamente, ao conseguirem reduzir a capacidade de transformar e transformar estas matérias primas. Além disso, os acessos à Turquia são reduzidos, o que obriga o EI a voltar-se para os mercados sírio e iraquiano para vender petróleo.
Strack afirmou que o apogeu do poderio do EI se verificou no verão do ano passado, após a conquista de Mossul, no Iraque. "A partir daí, perderam terreno e começaram a perder dinheiro", indicou.

Fonte: http://www.msn.com/pt-pt/noticias/mundial/estado-isl%C3%A2mico-obt%C3%A9m-75-milh%C3%B5es-de-euros-por-m%C3%AAs-mas-j%C3%A1-teve-de-cortar-sal%C3%A1rios/ar-AAg7uLt?li=AAaYVP2&ocid=SK2MDHP

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