O pai do terceiro terrorista do ataque à
sala de espetáculos Bataclan, em Paris, França, declarou esta
quarta-feira que "teria matado" o filho se soubesse o que ele andava a
planear.
Said
Mohamed-Aggad disse à agência de notícias francesa AFP que só soube
hoje, juntamente com o resto do país, que o seu filho de 23 anos, Foued,
era um dos três atiradores que dispararam sobre os espetadores do
concerto no Bataclan com espingardas automáticas, fazendo 90 mortos no
mais grave dos atentados de 13 de novembro.
"É claro que estou
surpreendido", disse Mohamed-Aggad à imprensa, junto à sua casa, em
Bischheim, um subúrbio da cidade de Estrasburgo, no nordeste de França.
Se
soubesse que o filho planeava participar no ataque jiadista que matou
no total 130 pessoas, Said Mohamed-Aggad disse: "Tê-lo-ia matado eu
mesmo antes disso".
O pai do terrorista afirmou saber que o filho
tinha viajado para a Síria em 2013 com um grupo de jovens da zona de
Estrasburgo "mas não sabia que ele tinha regressado" a França.
"A
última vez que o vi foi há dois anos, quando ele se foi embora. Nem sei o
que dizer, só soube esta manhã. Tenho de me recompor", comentou.
Foued Mohamed-Aggad foi o último dos três atacantes do Bataclan, todos cidadãos franceses, a ser identificado.
Os outros dois - Omar Ismail
Mostefai, de 29 anos, e Samy Amimour, antigo motorista de autocarros de
28 anos - também tinham estado na Síria.
Dois dos atiradores
fizeram-se explodir detonando cintos de explosivos a seguir ao atentado
do Bataclan. O terceiro foi abatido a tiro pela polícia que irrompeu na
sala de espetáculos em cujo interior se encontravam ainda centenas de
pessoas.
Fonte: http://www.jn.pt/PaginaInicial/Mundo/Interior.aspx?content_id=4921977&page=2
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