O ministro do Interior, Bernard
Cazeneuve, anunciou esta terça-feira que as autoridades francesas
abortaram a semana passada os planos de um atentado terrorista na região
de Orleães, no centro do país.
Durante a
operação, foram detidos dois franceses, com 20 e 24 anos, originários
daquela mesma zona e que, segundo os órgãos de comunicação social
locais, previam atacar um quartel, uma gendarmeria (força militar
sobretudo encarregada de funções de polícia no âmbito da população
civil) e uma instalação militar.
O
presidente da câmara da cidade, Olivier Carré, sublinhou hoje ao canal
televisivo BFM TV a necessidade de manter o plano antiterrorista
Vigipirate no nível máximo, e apoiou o estado de emergência decretado
pelo Executivo após os atentados 'jihadistas' de novembro e que
permanece em vigor até 26 de fevereiro.
De acordo com a BFM TV, os
primeiros elementos da investigação indicam que os detidos estavam em
contacto com um homem na Síria, tinham reunido verba para cometer o
atentado e apenas aguardavam por armas para passar à ação.
Segundo
o ministro do Interior, 3.414 pessoas foram afastadas das fronteiras de
França desde o restabelecimento dos controlos, na sequência dos ataques
de 13 de novembro em Paris, "devido ao risco que representam para a
segurança e a ordem pública".
Cazeneuve - que não deu detalhes
sobre as 3.414 rejeições de entrada - recordou que, a 13 de novembro,
quando ataques em vários locais de Paris mataram 130 pessoas, a França
restabeleceu o controlo das fronteiras, como prevê o Código Schengen "em
tais circunstâncias".
Para o governante, os resultados das
medidas tomadas, incluindo o decretar do estado de emergência, "são
importantes", sendo de assinalar que, até à data, "foram realizadas
2.898 pesquisas administrativas", daí resultando a interpelação de 346
pessoas, a colocação de 297 sob custódia policial e a prisão de 51
outras.
Fonte: http://www.jn.pt/PaginaInicial/Mundo/Interior.aspx?content_id=4949516
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