O sonho nasceu em 2018, e tornou-se realidade em 2019. Há quatro anos, Marshall Mayer tornou-se co-fundador de aventura inusitada com o projeto “Let’s Buy an Island” — Vamos Comprar Uma Ilha — financiado com uma campanha de crowdfunding que já tinha arrecadado 250 mil dólares em Dezembro de 2019.
Assim, o grupo completou a compra da ilha deserta Coffee Caye, perto do Belize, com o objetivo de criar uma nação, escreve a CNN. A ideia é criar o “Principado da Islândia”, com uma bandeira, um hino e um Governo próprios, com o território a reclamar o título do mais novo microestado do mundo, apesar de ainda não ser reconhecido pela comunidade internacional.
Agora, no início de 2022, Mayer vai liderar a excursão inaugural do território, com um grupo de investidores e de turistas intrigados. Atravessar a ilha de uma ponta à outra a pé demora apenas alguns minutos, mas Mayer está empenhado em fazer o grupo de 13 pessoas desfrutar da primeira excursão pedestre.
O território é comprido e fino, com uma forma semelhante à de um grão de café. Esta primeira excursão procura ser o primeiro passo num projeto para promover o turismo na nação.
A ideia inicial para o crowdfunding para a compra de uma ilha surgiu há quase 15 anos, quando Gareth Johnson, que é co-fundador e CEO do projeto, comprou o domínio letsbuyanisland.com, depois de achar que seria divertido comprar uma ilha e criar uma micronação. O conceito reacendeu-se em 2018, quando uma ilha do arquipélago das Filipinas foi posta à venda.
Depois de fazerem uma lista de ilhas nas Filipas, na Malásia, na Irlanda, no Panamá e no Belize, os investidores votaram na Coffee Caye como uma ilha tropical de fácil alcance que podiam comprar imediatamente. O território custou 180 mil dólares mais impostos e compra foi completada em Dezembro de 2019.
Esta é a primeira vez que a compra de uma ilha foi feita com base em campanhas de crowdfunding. Para Johnson, transformar-se a ilha numa micronação é uma experimentação.
“Quem nunca sonhou em fazer o seu próprio país? Particularmente num mundo pós-Trump, pós-Brexit e com covid. Se um grupo de pessoas regulares pode fazer isto funcionar, talvez possa ser uma força pelo bem”, afirma.
Os investidores e os visitantes da ilha tornam-se automaticamente cidadãos da ilha e qualquer pessoa pode apoiar a micronação ao comprar a cidadania ou títulos nobres. Apesar de ter regras específicas, como a proibição dos plásticos de uso único, Coffee Caye ainda obedece às leis do Belize.
A ilha já atraiu investidores de 25 países, com profissões desde motoristas de comboios até CEOs. “As pessoas aderiram mesmo ao conceito. Foi um grande risco de fé que assumimos, mas o nosso objetivo inicial era comprar uma ilha e já o conseguimos. Mas a próxima fase, nunca tivemos planos, porque não sei como é que conseguimos chegar tão longe”, remata Mayer.
https://zap.aeiou.pt/ilha-crowdfunding-mundo-microestado-467012
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