A Inversion Space quer armazenar os bens em cápsulas, enviá-los para o Espaço e, quando necessário, chutá-los de volta a 25 vezes a velocidade do som.
Mais especificamente, a empresa espera que eventualmente as cápsulas possam levar órgãos humanos artificiais a hospitais antes de serem necessários para procedimentos médicos.
A ideia é retratada num artigo publicado no The New York Times, em que o cofundador da empresa Austin Briggs diz que espera ver os planos concretizados até 2025. Até lá, está planeada uma demonstração com uma cápsula mais pequena até 2023.
Uma vez em órbita, a cápsula poderá navegar para uma estação espacial comercial privada ou permanecer em órbita com painéis solares até ser chamada de volta à Terra, descreve o jornal norte-americano.
As unidades de armazenamento espacial também podem vir a conter unidades hospitalares móveis que podem ser instaladas em qualquer lugar do planeta.
A Inversion Space já garantiu 10 milhões de dólares de capital inicial para financiar o empreendimento.
Para concretizar a ideia, há duas coisas fundamentais que têm de acontecer. Primeiro, os órgãos humanos artificiais têm de se tornar viáveis — algo que ainda não se verifica. E segundo, tornar os voos espaciais radicalmente mais acessíveis.
“O grande obstáculo que todos no setor estão a tentar superar é que, aos custos atuais, simplesmente não há tanta procura para fazer muito no Espaço”, disse Matthew C. Weinzierl, professor da Harvard Business School.
A Inversion disse que projetou as suas cápsulas mais pequenas para caberem em qualquer foguetão comercial para que possam andar à boleia pelo Espaço com frequência e a baixo custo.
O plano da Inversion levanta questões sobre se contribuirá para o congestionamento no Espaço, um problema já existente com as megaconstelações de satélites.
https://zap.aeiou.pt/startup-entregar-orgaos-artificiais-espaco-466285
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