Pontífice referiu-se às atrocidades de guerra como eventos que se julgavam no passado e criticou a Rússia, um país apanhado em reivindicações anacrónicas de interesses nacionalistas.
O Papa Francisco admitiu a possibilidade de visitar Kiev e deixou críticas implícitas a Vladimir Putin e ao regime russo face à invasão da Ucrânia pelas forças russas. As declarações do chefe da igreja Católica foram feitas no âmbito da sua viagem a Malta, na qual admitiu estar a refletir sobre o convite que lhe foi endereçado por Volodymyr Zelenskyy, presidente da Ucrânia, e o autarca da capital, para que visite Kiev. Os líderes religiosos ucranianos também se juntaram ao convite.
Aquando da iniciativa, o Vaticano confirmou a recepção de uma carta e adiantou que o Papa estava a rezar pelo povo ucraniano, apesar de não fazer qualquer referência a planos futuros.
O pontífice foi confrontado pelos jornalistas acerca desdes desenvolvimentos a bordo do avião que o levou até Malta. “Sim, está em cima da mesa“, respondeu, sem adiantar mais detalhes. Mais tarde, num discurso onde teceu duras críticas políticas, Francisco tratou de questionar as dinâmicas da guerra. “Desde o leste da Europa, desde a guerra do nascer do Sol, as negras sombras da guerra espalham-se. Pensávamos que a invasão de outros países, combates de rua intensos e ameaças nucleares eram memórias de um passado distante”, começou por dizer.
“No entanto, os ventos frios da guerra, que apenas trazem morte, destruição e ódio no seu rasto, varreram fortemente a vida de muitas pessoas e afetaram-nos a todos”, prosseguiu, citado pelo The Guardian. “Novamente, uma potência, tristemente apanhada em reivindicações anacrónicas de interesses nacionalistas, está a provocar e a fomentar conflitos, enquanto as pessoas comuns sentem a necessidade de construir um novo futuro que ou será partilhado, ou não será de todo”.
Anteriormente, Francisco já havia descrito a guerra na Ucrânia como uma “agressão injustificada“, tendo também denunciado as “atrocidades” que estão a ser cometidas naquele território. Estrategicamente, escolheu não mencionar a Rússia ou atribuir ao país responsabilidades pelo conflito.
Caso a viagem de chefe da igreja Católica se confirme será a terceira de líderes políticos a solo ucraniano desde que a guerra teve início. Os primeiros-ministros da Polónia, República Checa e Eslovénia foram os primeiros a fazê-lo, a 16 de março, com o objetivo de mostrar solidariedade com a população ucraniana. Mais recentemente, Roberta Metsola, presidente do parlamento europeu, também visitou Kiev, onde se reuniu com Zelenskyy e prometeu ajudar a reconstruir o país.
Francisco tem 85 anos e na sua viagem a Malta usou pela primeira vez uma plataforma elevatória para sair do avião que o transportou – tendo permanecido sentado durante algumas partes do seu percurso no papamóvel. O Vaticano anunciou no passado que o também chefe de Estado sofre de dor ciática e inflamações no joelhos, as quais já duram há meses.
https://zap.aeiou.pt/papa-francisco-esta-a-considerar-visitar-kiev-e-deixa-duras-criticas-ao-regime-russo-471119
O Papa Francisco admitiu a possibilidade de visitar Kiev e deixou críticas implícitas a Vladimir Putin e ao regime russo face à invasão da Ucrânia pelas forças russas. As declarações do chefe da igreja Católica foram feitas no âmbito da sua viagem a Malta, na qual admitiu estar a refletir sobre o convite que lhe foi endereçado por Volodymyr Zelenskyy, presidente da Ucrânia, e o autarca da capital, para que visite Kiev. Os líderes religiosos ucranianos também se juntaram ao convite.
Aquando da iniciativa, o Vaticano confirmou a recepção de uma carta e adiantou que o Papa estava a rezar pelo povo ucraniano, apesar de não fazer qualquer referência a planos futuros.
O pontífice foi confrontado pelos jornalistas acerca desdes desenvolvimentos a bordo do avião que o levou até Malta. “Sim, está em cima da mesa“, respondeu, sem adiantar mais detalhes. Mais tarde, num discurso onde teceu duras críticas políticas, Francisco tratou de questionar as dinâmicas da guerra. “Desde o leste da Europa, desde a guerra do nascer do Sol, as negras sombras da guerra espalham-se. Pensávamos que a invasão de outros países, combates de rua intensos e ameaças nucleares eram memórias de um passado distante”, começou por dizer.
“No entanto, os ventos frios da guerra, que apenas trazem morte, destruição e ódio no seu rasto, varreram fortemente a vida de muitas pessoas e afetaram-nos a todos”, prosseguiu, citado pelo The Guardian. “Novamente, uma potência, tristemente apanhada em reivindicações anacrónicas de interesses nacionalistas, está a provocar e a fomentar conflitos, enquanto as pessoas comuns sentem a necessidade de construir um novo futuro que ou será partilhado, ou não será de todo”.
Anteriormente, Francisco já havia descrito a guerra na Ucrânia como uma “agressão injustificada“, tendo também denunciado as “atrocidades” que estão a ser cometidas naquele território. Estrategicamente, escolheu não mencionar a Rússia ou atribuir ao país responsabilidades pelo conflito.
Caso a viagem de chefe da igreja Católica se confirme será a terceira de líderes políticos a solo ucraniano desde que a guerra teve início. Os primeiros-ministros da Polónia, República Checa e Eslovénia foram os primeiros a fazê-lo, a 16 de março, com o objetivo de mostrar solidariedade com a população ucraniana. Mais recentemente, Roberta Metsola, presidente do parlamento europeu, também visitou Kiev, onde se reuniu com Zelenskyy e prometeu ajudar a reconstruir o país.
Francisco tem 85 anos e na sua viagem a Malta usou pela primeira vez uma plataforma elevatória para sair do avião que o transportou – tendo permanecido sentado durante algumas partes do seu percurso no papamóvel. O Vaticano anunciou no passado que o também chefe de Estado sofre de dor ciática e inflamações no joelhos, as quais já duram há meses.
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