Em Hong Kong, a pressão para o sucesso
começa aos oito meses. É a idade mínima para iniciar cursos que preparam
os bebés para entrevistas nas creches mais conceituadas.
Segundo a BBC,
a lógica é simples: se um bebé entrar numa boa creche terá mais
probabilidades de ter acesso a uma boa escola primária, secundária e,
por fim, a um boa universidade. Os pais querem ter filhos de sucesso.
Surgiram
então empresas dedicadas a treinar bebés para entrevistas para jardins
de infância. Um curso destes, com direito a 12 aulas, pode custar cerca
de 500 euros. É um mundo altamente competitivo. Há creches que fazem
centenas de entrevistas para preencher menos de dez vagas.
Os
entrevistadores de bebés avaliam as suas capacidades motoras, a forma
como interagem com os outros, o grau de confiança ou timidez, a
identificação de formas e cores. Também avaliam o caráter do bebé,
oferecendo-lhe doces no final: se tirar muitos é ganancioso e se recusar
é indelicado. As técnicas são muitas.
Mas há especialistas que
preferem estar mais atentos aos pais do que aos filhos. Os mais
controladores são rejeitados. E o mesmo acontece com os que chegam a
levar um currículo do bebé, contendo as atividades que já fez ou o
lugares onde já passou férias.
A educação das crianças
transformou-se numa enorme pressão e num negócio cada vez mais
diversificado. Há casais que chegam a dormir à porta das creches para
serem os primeiros a fazer a inscrição.
Educadores de infância
ouvidos pela BBC desaconselham estas práticas. Em vez de inscrever os
bebés em cursos para entrevistas, defendem que os pais passem mais tempo
com os seus filhos como a forma mais eficaz e saudável de educar uma
criança.
Fonte: http://www.jn.pt/PaginaInicial/Mundo/Interior.aspx?content_id=4546869&page=-1
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