The New York Times diz que a participação do então Presidente no plano para se manter no poder é mais direta do que o que se sabia até agora.
O então Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, terá estado diretamente envolvido numa tentativa de usar agências de segurança nacional para confiscar máquinas de voto depois da sua derrota eleitoral em 2020, com uma participação maior do que o que era conhecido até agora.
Segundo o The New York Times, que cita três fontes anónimas, Trump instruiu o seu advogado pessoal, Rudolph Giuliani, a fazer um telefonema ao Departamento de Segurança Interna para pedir se poderia confiscar máquinas de voto em três estados.
O telefonema foi feito ainda antes da invasão do Capitólio, em que apoiantes de Trump tentaram impedir o processo de certificação dos resultados eleitorais e da vitória de Joe Biden.
A resposta que Giuliani recebeu foi que o Departamento não tinha autoridade para confiscar as máquinas.
Antes, Trump tinha perguntado a William Barr, procurador-geral, cargo equivalente ao de ministro da Justiça, se o Departamento de Justiça poderia confiscar as máquinas, mas Barr disse-lhe que não, e havia ainda um plano de ordenar ao Departamento de Defesa que levasse a cabo a ação.
Segundo o jornal diário americano, chegaram mesmo a ser redigidas duas ordens executivas para que o Pentágono e o Departamento de Segurança Interna confiscassem as máquinas.
Já era conhecida a existência de propostas para usar pelo menos três departamentos federais para interferir no processo dos estados para apoiar a tentativa de Trump se manter no poder, mas a pergunta de Trump a Barr e o telefonema ao Departamento de Segurança Interna são informações novas.
“Dão uma perspetiva nova sobre como o antigo Presidente considerou, e de algum modo tentou, que os planos fossem concretizados, o que levaria os EUA para uma situação totalmente nova de ter a autoridade federal a tomar o controlo de sistemas de voto geridos pelos estados devido a alegações sem qualquer base de fraude eleitoral generalizada”, lê-se na New York Times.
Trump continua a dizer que venceu as eleições, apesar de todas as provas em contrário e nada que apoie minimamente a sua alegação.
Nenhum dos 42 processos com supostos indícios de fraude foi dado como credível, incluindo pelo Supremo Tribunal dos EUA e por juízes nomeados pelo próprio Trump.
Ainda no fim de semana, o ex-Presidente declarou, num comício no Texas, que se fosse eleito de novo, poderia perdoar as pessoas acusadas por terem participado na ofensiva ao Capitólio de 6 de Janeiro.
Mais de 700 pessoas que participaram no motim estão a ser acusadas, entre elas 11 por conspiração para sedição.
Os esforços para reverter o resultado eleitoral e de se manter no poder estão a ser investigados pela comissão que analisa o ataque ao Capitólio e por uma procuradora na Georgia.
A procuradora “recebeu informação indicando uma probabilidade razoável de que a administração das eleições do estado da Georgia em 2020, incluindo a eleição do Presidente dos Estados Unidos no estado, tenha sido objeto de possíveis perturbações criminosas“.
https://zap.aeiou.pt/trump-tenta-confiscar-maquinas-de-voto-460511
O então Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, terá estado diretamente envolvido numa tentativa de usar agências de segurança nacional para confiscar máquinas de voto depois da sua derrota eleitoral em 2020, com uma participação maior do que o que era conhecido até agora.
Segundo o The New York Times, que cita três fontes anónimas, Trump instruiu o seu advogado pessoal, Rudolph Giuliani, a fazer um telefonema ao Departamento de Segurança Interna para pedir se poderia confiscar máquinas de voto em três estados.
O telefonema foi feito ainda antes da invasão do Capitólio, em que apoiantes de Trump tentaram impedir o processo de certificação dos resultados eleitorais e da vitória de Joe Biden.
A resposta que Giuliani recebeu foi que o Departamento não tinha autoridade para confiscar as máquinas.
Antes, Trump tinha perguntado a William Barr, procurador-geral, cargo equivalente ao de ministro da Justiça, se o Departamento de Justiça poderia confiscar as máquinas, mas Barr disse-lhe que não, e havia ainda um plano de ordenar ao Departamento de Defesa que levasse a cabo a ação.
Segundo o jornal diário americano, chegaram mesmo a ser redigidas duas ordens executivas para que o Pentágono e o Departamento de Segurança Interna confiscassem as máquinas.
Já era conhecida a existência de propostas para usar pelo menos três departamentos federais para interferir no processo dos estados para apoiar a tentativa de Trump se manter no poder, mas a pergunta de Trump a Barr e o telefonema ao Departamento de Segurança Interna são informações novas.
“Dão uma perspetiva nova sobre como o antigo Presidente considerou, e de algum modo tentou, que os planos fossem concretizados, o que levaria os EUA para uma situação totalmente nova de ter a autoridade federal a tomar o controlo de sistemas de voto geridos pelos estados devido a alegações sem qualquer base de fraude eleitoral generalizada”, lê-se na New York Times.
Trump continua a dizer que venceu as eleições, apesar de todas as provas em contrário e nada que apoie minimamente a sua alegação.
Nenhum dos 42 processos com supostos indícios de fraude foi dado como credível, incluindo pelo Supremo Tribunal dos EUA e por juízes nomeados pelo próprio Trump.
Ainda no fim de semana, o ex-Presidente declarou, num comício no Texas, que se fosse eleito de novo, poderia perdoar as pessoas acusadas por terem participado na ofensiva ao Capitólio de 6 de Janeiro.
Mais de 700 pessoas que participaram no motim estão a ser acusadas, entre elas 11 por conspiração para sedição.
Os esforços para reverter o resultado eleitoral e de se manter no poder estão a ser investigados pela comissão que analisa o ataque ao Capitólio e por uma procuradora na Georgia.
A procuradora “recebeu informação indicando uma probabilidade razoável de que a administração das eleições do estado da Georgia em 2020, incluindo a eleição do Presidente dos Estados Unidos no estado, tenha sido objeto de possíveis perturbações criminosas“.
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