O líder socialista venezuelano
Nicolas Maduro expulsou o embaixador da UE no país, dando ao diplomata
72 horas para fazer as malas e partir, depois que Bruxelas impôs sanções
a autoridades venezuelanas, inclusive a membros do parlamento.
A decisão de Maduro de banir Isabel Brilhante Pedrosa ocorre depois que o
Conselho Europeu decidiu aplicar uma série de sanções punitivas a cerca
de uma dúzia de autoridades venezuelanas de alto escalão.
Os 11 venezuelanos que foram atingidos na última repressão incluem o
parlamentar Luis Parra, que substituiu a figura da oposição Juan Guaido
no comando da Assembléia Nacional em janeiro.
"Decidi dar ao embaixador da União Européia em Caracas 72 horas para
deixar nosso país. Chega de colonialismo europeu contra a Venezuela!"
Maduro disse durante um discurso televisionado na segunda-feira.
Visando aqueles que buscam se intrometer nos assuntos da América Latina,
Maduro disse que faria o máximo para proteger a Venezuela de
interferências externas no processo eleitoral.
"Preparem-se, senhores colonialistas, supremacistas e racistas, porque
na Venezuela haverá eleições livres, transparentes e parlamentares com a
participação de milhares de candidatos", afirmou.
Além do chefe da legislatura da Venezuela, um magistrado e um chefe
militar de alto escalão foram alvo de novas sanções, com o Conselho da
UE acusando-os de minar o "funcionamento democrático" do parlamento,
inclusive tirando a imunidade de vários parlamentares.
Maduro revidou, argumentando que os funcionários do legislativo dirigido
pela oposição invocaram a ira da UE depois que "se recusaram a executar
ordens da Embaixada da UE em Caracas" e são cidadãos cumpridores da
lei.
As relações entre Caracas e a Europa há muito se deterioram, já que o
bloco ainda vê Guaido como chefe da Assembléia Nacional, apesar de ele
ter sido deposto como resultado das eleições em janeiro, que o líder da
oposição apoiado pelos EUA denunciou como um golpe parlamentar. " Guaido
agora afirma ser o líder de uma assembléia nacional alternativa - uma
legislatura paralela - apoiada por seus aliados no país e também no
Ocidente.
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