Uma equipa de cientistas chineses criou um dispositivo que utiliza explosivos para destruir satélites inimigos.
A arma pode ser inserida dentro do tubo de escape de um satélite e, ao detonar, cria uma “explosão constante e controlada no tempo“.
O mais surpreendente é que a arma deixa o satélite intacto após a explosão, danificando em apenas o interior da sonda. Segundo o The South China Morning Post, quando a explosão está parcialmente contida, pode ser confundida com um “percalço” do motor.
Apesar de não estar totalmente claro como é que o dispositivo seria inserido num satélite, o método apresenta uma nova forma de incapacitar sondas inimigas sem o uso de lasers ou mísseis. Ambos têm a desvantagem de ser facilmente detetáveis.
A nova arma, descrita num artigo publicado na Electronic Technology & Software Engineering, é o primeiro passo para um futuro em que uma nave espacial envolve a sabotagem de satélites ativos em órbita.
A China tem vindo a aumentar o seu arsenal de armamento anti-satélites, alimentando o receio em Washington de um ataque a uma nave espacial norte-americana em órbita.
O Pentágono já está a liderar esforços para construir o seu próprio arsenal de armas anti-satélites, assim como a Rússia, que também começou a investigar as suas próprias armas espaciais.
Pentágono avisa que China está a reforçar o arsenal militar nuclear
Na quarta-feira, o Pentágono disse acreditar que a China está a acelerar o desenvolvimento do seu arsenal nuclear, tendo já capacidade para lançar mísseis balísticos armados com ogivas nucleares a partir de terra, mar e ar.
“A aceleração da expansão nuclear da China poderá permitir que o país tenha 700 ogivas nucleares até 2027”, revela o relatório anual do Departamento de Defesa dos Estados Unidos sobre as capacidades militares do país asiático.
“É provável que Pequim pretenda adquirir pelo menos 1.000 ogivas nucleares até 2030, o que é mais do que a taxa e o volume estimados em 2020”, pode ler-se no relatório hoje divulgado.
Na edição anterior deste relatório enviado anualmente ao Congresso — e que foi publicado em 1 de setembro de 2020 – o Pentágono estimava que a China teria cerca de 200 ogivas nucleares, mas dizia já acreditar que esse número duplicaria nos 10 anos seguintes.
Com 700 ogivas nucleares em 2027 e 1.000 em 2030, as projeções das autoridades norte-americanas mostram uma forte aceleração das atividades nucleares de Pequim.
“A China provavelmente já estabeleceu uma ‘tríade nuclear’, ou seja, a capacidade de lançar mísseis balísticos nucleares a partir de mar, terra e ar”, revela o documento hoje divulgado pelo Departamento de Estado.
Para chegar a estes números, os autores do relatório basearam-se em declarações de autoridades chinesas nos media oficiais e em imagens de satélite que mostram a construção de um número significativo de silos nucleares.
As projeções incluem mísseis balísticos submarinos e outros lançados por aviões bombardeiros, bem como a “força de mísseis móvel”, que permite o lançamento de mísseis a partir de camiões.
O relatório não sugere a hipótese de um conflito aberto com a China, mas encaixa-se numa narrativa emergente nos EUA sobre o reforço do Exército de Libertação do Povo, como a China chama aos seus serviços militares, com a intenção de desafiar os Estados Unidos em todos os domínios da guerra – ar, terra, mar, espaço e ciberespaço.
O documento alerta para a ameaça crescente do poderio militar chinês, apoiando a tese de necessidade de uma maior presença norte-americana no Indo-Pacífico, em que se insere o plano de Defesa em articulação com o Reino Unido e a Austrália para essa região.
O relatório fala mesmo na existência de uma rede de bases chinesas fora de fronteiras, que “poderá interferir” nas operações militares norte-americanas e apoiar operações da China contra os Estados Unidos.
Recentemente, o Presidente chinês, Xi Jinping, declarou publicamente que a China planeia tornar-se uma potência militar global até 2049.
China acusa EUA de “manipulação”
A China denunciou o que classificou de “manipulação” por parte dos Estados Unidos, após a publicação do relatório do Pentágono. Wang Wenbin, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, acusou os Estados Unidos de tentar “puxar” pela tese da ameaça chinesa.
“O relatório, divulgado pelo Pentágono, como os anteriores, ignora os factos e está cheio de preconceitos”, disse Wang aos jornalistas, criticando Washington por “manipulação”.
https://zap.aeiou.pt/arma-que-explode-satelites-inimigos-442669
A arma pode ser inserida dentro do tubo de escape de um satélite e, ao detonar, cria uma “explosão constante e controlada no tempo“.
O mais surpreendente é que a arma deixa o satélite intacto após a explosão, danificando em apenas o interior da sonda. Segundo o The South China Morning Post, quando a explosão está parcialmente contida, pode ser confundida com um “percalço” do motor.
Apesar de não estar totalmente claro como é que o dispositivo seria inserido num satélite, o método apresenta uma nova forma de incapacitar sondas inimigas sem o uso de lasers ou mísseis. Ambos têm a desvantagem de ser facilmente detetáveis.
A nova arma, descrita num artigo publicado na Electronic Technology & Software Engineering, é o primeiro passo para um futuro em que uma nave espacial envolve a sabotagem de satélites ativos em órbita.
A China tem vindo a aumentar o seu arsenal de armamento anti-satélites, alimentando o receio em Washington de um ataque a uma nave espacial norte-americana em órbita.
O Pentágono já está a liderar esforços para construir o seu próprio arsenal de armas anti-satélites, assim como a Rússia, que também começou a investigar as suas próprias armas espaciais.
Pentágono avisa que China está a reforçar o arsenal militar nuclear
Na quarta-feira, o Pentágono disse acreditar que a China está a acelerar o desenvolvimento do seu arsenal nuclear, tendo já capacidade para lançar mísseis balísticos armados com ogivas nucleares a partir de terra, mar e ar.
“A aceleração da expansão nuclear da China poderá permitir que o país tenha 700 ogivas nucleares até 2027”, revela o relatório anual do Departamento de Defesa dos Estados Unidos sobre as capacidades militares do país asiático.
“É provável que Pequim pretenda adquirir pelo menos 1.000 ogivas nucleares até 2030, o que é mais do que a taxa e o volume estimados em 2020”, pode ler-se no relatório hoje divulgado.
Na edição anterior deste relatório enviado anualmente ao Congresso — e que foi publicado em 1 de setembro de 2020 – o Pentágono estimava que a China teria cerca de 200 ogivas nucleares, mas dizia já acreditar que esse número duplicaria nos 10 anos seguintes.
Com 700 ogivas nucleares em 2027 e 1.000 em 2030, as projeções das autoridades norte-americanas mostram uma forte aceleração das atividades nucleares de Pequim.
“A China provavelmente já estabeleceu uma ‘tríade nuclear’, ou seja, a capacidade de lançar mísseis balísticos nucleares a partir de mar, terra e ar”, revela o documento hoje divulgado pelo Departamento de Estado.
Para chegar a estes números, os autores do relatório basearam-se em declarações de autoridades chinesas nos media oficiais e em imagens de satélite que mostram a construção de um número significativo de silos nucleares.
As projeções incluem mísseis balísticos submarinos e outros lançados por aviões bombardeiros, bem como a “força de mísseis móvel”, que permite o lançamento de mísseis a partir de camiões.
O relatório não sugere a hipótese de um conflito aberto com a China, mas encaixa-se numa narrativa emergente nos EUA sobre o reforço do Exército de Libertação do Povo, como a China chama aos seus serviços militares, com a intenção de desafiar os Estados Unidos em todos os domínios da guerra – ar, terra, mar, espaço e ciberespaço.
O documento alerta para a ameaça crescente do poderio militar chinês, apoiando a tese de necessidade de uma maior presença norte-americana no Indo-Pacífico, em que se insere o plano de Defesa em articulação com o Reino Unido e a Austrália para essa região.
O relatório fala mesmo na existência de uma rede de bases chinesas fora de fronteiras, que “poderá interferir” nas operações militares norte-americanas e apoiar operações da China contra os Estados Unidos.
Recentemente, o Presidente chinês, Xi Jinping, declarou publicamente que a China planeia tornar-se uma potência militar global até 2049.
China acusa EUA de “manipulação”
A China denunciou o que classificou de “manipulação” por parte dos Estados Unidos, após a publicação do relatório do Pentágono. Wang Wenbin, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, acusou os Estados Unidos de tentar “puxar” pela tese da ameaça chinesa.
“O relatório, divulgado pelo Pentágono, como os anteriores, ignora os factos e está cheio de preconceitos”, disse Wang aos jornalistas, criticando Washington por “manipulação”.
https://zap.aeiou.pt/arma-que-explode-satelites-inimigos-442669
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