O candidato democrata à presidência dos Estados Unidos, Joe
Biden, anunciou esta terça-feira que anulará “no primeiro dia” da sua
presidência a decisão tomada pelo republicano Donald Trump de retirar
Washington da Organização Mundial de Saúde (OMS), caso vença o sufrágio.
“Os americanos estão mais seguros quando a América está empenhada em
reforçar a saúde global. No primeiro dia da minha presidência, irei
aderir à OMS e reafirmar a nossa liderança global”, disse o nomeado do
Partido Democrata na corrida à Casa Branca.
A retirada dos Estados Unidos da OMS só entrará em vigor em 6 de julho de 2021,
um ano após a notificação oficial desta terça-feira, permitindo a Joe
Biden anular a decisão se chegar à Casa Branca em janeiro de 2021.
Washington e Nações Unidas confirmaram esta terça-feira a notificação oficial sobre a saída dos Estados Unidos da OMS, acusada pelos norte-americanos de tardar a reagir à pandemia do novo coronavírus.
O Departamento de Estado norte-americano e a própria ONU confirmaram
que a notificação foi entregue na segunda-feira ao secretário-geral das
Nações Unidas, António Guterres, na qualidade de mandatário da OMS.
A saída só será efetiva em 6 de julho de 2021, embora possa ser revertida, tudo dependendo das eleições presidenciais norte-americanas
de 3 de novembro, caso o republicano Donald Trump, recandidato à
presidência, seja derrotado pelo candidato democrata Joe Biden.
Segundo o porta-voz da ONU, Stéphane Dujarric, o secretário-geral das
Nações Unidas, na qualidade de depositário da OMS e de acordo com os
estatutos da organização aprovados em 1946, “vai agora encetar o processo de verificação para apurar se estão reunidas todas as condições para a saída” dos Estados Unidos da OMS.
Em maio, Trump já tinha anunciado
o término do relacionamento entre os Estados Unidos e a Organização
Mundial de Saúde, que acusou de ser inapta na gestão da pandemia de
covid-19.
O Presidente alegou que o organismo não soube responder de forma eficaz
ao seu apelo para introduzir alterações no seu modelo de financiamento,
depois de já ter ameaçado cortar o financiamento norte-americano a esta
organização das Nações Unidas, acusando-a de ser demasiado benevolente
com o Governo chinês.
Trump tinha feito um ultimato à OMS, ameaçando cortar a ligação à organização se não fossem feitas reformas profundas na sua estrutura e no seu modus operandi.
Nessa altura, o chefe de Estado dos Estados Unidos suspendeu temporariamente o financiamento à OMS, no valor que está estimado em cerca de 400 milhões de euros anuais, o que corresponde a 15% do orçamento da organização.
https://zap.aeiou.pt/biden-eua-regressar-oms-334020
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