O conflito entre a Rússia e a Ucrânia e as consequentes sanções de que Moscovo tem sido alvo têm trazido também muitas dores de cabeça aos oligarcas russos. Oleg Tinkov é um deles, tendo acabado de perder o seu estatuto de bilionário.
Tinkov tornou-se um dos homens mais ricos na Rússia depois de ter registado o seu banco digital Tinkoff na bolsa de Londres. Desde o início da guerra, as ações da empresa caíram mais de 90%, tendo a fortuna de Tinkov também levado um rombo de mais de 5 mil milhões de dólares em menos de um mês, o que levou a que perdesse o seu estatuto de bilionário na terça-feira, revela a Forbes.
A publicação estima que o património de Tinkov caiu agora para os 800 milhões de dólares. Esta queda deve-se à ligação de uma porção significativa da sua fortuna à tomada por parte da Rússia na Capital One. O valor de mercado do Tinkoff Bank caiu de 23 mil milhões de dólares em Novembro para pouco mais de mil milhões agora.
A bolsa russa tem estado fechada, mas as empresas do país que estão cotadas em Londres têm notado uma quebra abrupta no valor das ações, como foi o caso da Lukoil, a maior produtora independente de petróleo do país detida por Vagit Alekperov, cujas ações caíram quase 93%.
Pelo menos 10 russos caíram do grupo restrito de bilionários desde o início do conflito armado e do consequente crash da bolsa russa e do valor do rublo causados pelas sanções económicas impostas pelo Ocidente a Moscovo. Arkady Volozh, CEO do motor de busca russo Yandex, também se inclui neste grupo.
Mesmo com a grande redução da sua fortuna, Tinkov ainda é detentor da coleção de vilas de luxo La Dacha, de chalets de ski nos alpes franceses e de um Dassault Falcon 7X, apesar dos produtos de aviação russos estarem agora banidos do espaço aéreo europeu.
O oligarca já se tinha gabado da sua proximidade a Putin anteriormente, mas foi um dos que se juntou ao coro de vozes da elite russa que se pronunciou publicamente contra a guerra.
Tinkov, que sofre de leucemia, afirma que a sua doença lhe mostrou como a vida humana é frágil e apelou ao fim da “operação especial” na Ucrânia, sublinhando que os países devem gastar dinheiro nas pesquisas para derrotar o cancro e não na guerra.
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