Um
juiz retirou esta segunda-feira a acusação de homicídio a uma mulher do
Arizona, nos EUA, que passou 23 anos no ‘corredor da morte’.
Segundo as autoridades , em Dezembro de 1989 a mulher terá vestido a
criança com um fato de cowboy e entregou-a a dois amigos que o iriam
levar a um centro comercial para ver o Pai Natal. Os homens eram James
Styers, que vivia na mesma casa que a mulher e o seu filho, e um amigo
deste, Roger Scott. Os homens levaram o menino para um deserto nos
arredores de Phoenix, onde Styers o matou com tiros na nuca. O móbil do
crime seria um seguro, que Milke receberia pela morte do filho e que
partilharia com Styers. Terá também declarado à polícia que não queria
que o menino crescesse como o ex-marido.
A condenação à morte estava inteiramente suportada no relato que
terá feito ao detective Armando Saldate e ao seu parceiro. Mas os homens
foram posteriormente desacreditados – Saldate está reformado e o
parceiro já morreu – e não havia nem registo nem testemunhas de tal
confissão. Numa série de outras sentenças ficou registado que o
detective mentiu sob juramento e violou os direitos dos suspeitos
durante os interrogatórios.
Ao longo dos anos Debra Milke insistiu na sua inocência e negou que
alguma vez tivesse confessado o crime. Pelo contrário, Scott admitiu o
envolvimento logo no dia seguinte ao assassínio, tendo sido dele que
partiu a acusação que os três teriam planeado a morte da criança para
depois repartir o prémio do seguro. Styers negou sempre essa versão, e
Scott terá acabado por recuar. Os dois homens foram condenados por
homicídio e estão no ‘corredor da morte’, mas nunca testemunharam contra
a mulher.
Fonte: http://www.ionline.pt/artigos/mais/mulher-esteve-23-anos-no-corredor-da-morte-esta-inocente
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