O piloto Andreas Lubitz, 27, suspeito de ter derrubado propositalmente o avião em que atuava como copiloto, sofreu de depressão grave.
De acordo com as investigações e gravações recuperadas do cockpit, o
piloto do Airbus A320 da companhia Germanwings deliberadamente matou 150
pessoas, possivelmente por causa de transtornos mentais. Andreas teve
um episódio depressivo grave seis anos atrás. Ele havia se afastado de
seu treinamento de piloto por um ano e meio para realizar tratamento
psiquiátrico.
Investigadores encontraram atestados médicos rasgados na casa do
piloto alemão. Os documentos evidenciaram que ele estaria incapacitado
para voar no mesmo dia em que derrubou a aeronave que pilotava após
trancar o piloto para fora do cockpit.
Depressão é uma das principais causas de suicídio.
De acordo com o Dr. Luiz Henrique Carneiro Alves, psiquiatra da Força
Aérea Brasileira (FAB), transtornos mentais são fatores que afastam
pilotos da atividade até que o quadro fique estável. Outros fatores
podem potencializar a depressão grave como transtorno bipolar,
esquizofrenia, uso de drogas e álcool. Segundo ele, o mesmo motivo pode
ter sido a causa do desaparecimento do voo MH307 da Malasya Airlines
No entanto, é um grande desafio diagnosticar a condição sem a
colaboração do paciente, de acordo com o Dr. Luiz. Não é difícil
esconder depressão grave de um médico e os pilotos não costumam admitir
este tipo de condição ou até mesmo o uso de álcool e drogas, que também
são fatores que os excluiriam de voar. As motivações para esconder são
óbvias e podem ir além da perda financeira e status: pilotos amam voar.
No Brasil, a emissão da habilitação para pilotar só ocorre após
inúmeros testes de saúde incluindo avaliações psiquiátricas e
psicotécnicas, mas os testes que podem detectar doenças mentais não são
obrigatórios para a renovação da habilitação.
Fonte: http://hypescience.com/piloto-alemao-que-derrubou-aviao-sofreu-de-depressao-grave/
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