domingo, 22 de março de 2015

Estranho sinal sugere a existência de um planeta habitável a 22 anos luz da Terra

O planeta Gliese 581d provavelmente é um mundo rochoso, com duas vezes o tamanho da Terra.

Acima a representação artística das órbitas planetárias do sistema Gliese 581, comparadas ao nosso próprio sistema solar.

Astrônomos acreditam que misteriosos sinais – anteriormente descartados como sendo explosões estelares – estejam vindo de um planeta como a Terra.

O planeta Gliese 581d possui condições que podem abrigar a vida, e é provável que seja um mundo rochoso, com duas vezes o tamanho da Terra.

Sinais vindos deste planeta foram inicialmente descobertos em 2010, mas no ano passado foram descartados como ruídos de estrelas distantes.

Agora, maiores estudos alegam que a pesquisa de 2014 foi baseada em “análises inadequadas de dados’ e que o Gliese 581d existe sim.

No ano passado, pesquisadores da Universidade Estadual da Pennsylvania disseram que o Gliese 581d – e seu companheiro Gliese 581g – eram simplesmente truques de luz causados por explosões magnéticas de uma estrela local a 22 anos luz de distância da Terra.

Porém, um novo estudo britânico argumenta que o método usado pela equipe da Pennsylvania era somente apropriado para planetas grandes, e que poderia não detectar os pequenos como Gliese 581g.

O estudo, feito pela Universidade Queen Mary, em Londres, e a Universidade de Hertfordshire, alega ter usado um modelo mais preciso sobre dos dados existentes.

“A existência (ou não) do GJ 581d é significativa, porque ele foi o primeiro planeta similar à Terra já descoberto na zona habitável de uma estrela, e é um caso referencial para a técnica Doppler“, disse o autor principal, Dr. Guillem Anglada-Escudé.

“Sempre haverá discussões entre os cientistas sobre as formas que interpretamos os dados, mas estou confiante que o Gliese 581d tem estado na órbita da estrela Gliese 581 o tempo todo… Se a forma com que eles tratam os dados têm sido utilizada corretamente, então alguns dos projetos de procura planetária em vários observatórios com base no solo teriam que ser significativamente revisados, pois todos eles estão almejando detectar até mesmo planetas pequenos. Uma pessoa precisa ter cuidado com estes tipos de alegações.”

Acredita-se que o Gliese 581d seja o primeiro planeta fora de nosso sistema solar na zona habitável de uma estrela, que é a região nem muito quente, nem muito fria para a vida.

Para encontrar o Gliece 581d, os astrônomos da Universidade da Califórnia em Santa Cruz originalmente procuraram por mudanças sutis na luz, causadas pela gravidade e um planeta em órbita, sendo puxado e empurrado pela estrela.

A força do ‘puxão’, eles acreditam, mostrou a ele um planeta que tinha aproximadamente três vezes a massa da Terra.

Na época, a descoberta de planetas similares à Terra ao redor de Gliese 581 capturou a imaginação do público.

O criador de documentários RDF e a rede social Bebo usaram um rádio telescópio na Ucrânia para enviar um facho de informação poderoso naquela direção – 500 mensagens da população na forma de ondas de rádio. E o Ministério da Ciência Australiano organizou para que 20.000 usuários do Twitter enviassem mensagens em direção ao distante sistema solar.

As descobertas de outros exoplanetas foram anteriormente questionadas, mais notavelmente o Alfa Centauro Bb, o mais próximo mundo do tamanho da Terra, o qual é alegado por alguns cientistas ser somente ruído nos dados.

Fonte: http://ovnihoje.com/2015/03/13/estranho-sinal-sugere-a-existencia-de-um-planeta-habitavel-a-22-anos-luz-da-terra/#axzz3V8PRJJ6R

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