O diploma legislativo que altera o regime do Livro
de Reclamações está a ser preparado. ANACOM, ASAE, ERSE e ERSAR foram
convidados pela secretaria de Estado da Economia a participar no
processo.
"Queremos o projecto-piloto [da
Plataforma Electrónica Única de Reclamações] pronto no Verão", anunciou
Leonardo Mathias. O secretário de Estado Adjunto e da Economia revelou,
em conferência de imprensa após a reunião do Conselho Nacional do
Consumo, que a Agência para a Modernização Administrativa (AMA) vai
desenvolver o sistema, à partida, em conjunto com a Imprensa Nacional –
Casa da Moeda.
A ANACOM, a ASAE, a Entidade Reguladora para os Serviços Energéticos
(ERSE) e a Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR)
foram convidadas a colaborar com a Direcção-Geral do Consumidor e o
parceiro tecnológico na execução desta plataforma. Estas são as
entidades mais representativas do universo de reclamações dos
consumidores nacionais.
Esta plataforma vai "facilitar o acesso dos consumidores, promover o
tratamento das reclamações de forma mais eficaz e mais célere, reduzir a
intervenção humana o que facilita e dá uma resposta mais rápida é
também melhorar a coordenação com as entidades públicas", revelou o
secretário de Estado.
O processo de apresentação de reclamações será "fácil, claro e
célere", adiantou Leonardo Mathias. O consumidor entra na plataforma,
introduz o número de identificação fiscal da entidade da qual pretende
reclamar, discrimina a actividade económica da qual esta faz parte e
apresenta a sua reclamação. A queixa é depois reencaminhada para o
operador/entidade reclamada. "Gostava que houvesse um prazo para a
resposta" a esta reclamação, adiantou o secretário de Estado.
O Livro de Reclamações Electrónico vai existir em conjunto com o
analógico. "O analógico mantém-se vivo, respeitando o que o cidadão
preferir", adiantou Leonardo Mathias.
Ainda que não tenham divulgados os dados finais das reclamações
apresentadas no Livro de Reclamações, em 2014, o secretário de Estado
referiu que se manteve a tendência dos anos anteriores, em que se
verificou um aumento. A ASAE recebeu 130 mil reclamações, a ANACOM
obteve perto de 90 mil e à ERSE e ERSAR chegaram entre cinco a seis mil
queixas.
Fonte: http://www.jornaldenegocios.pt/mercados/detalhe/livro_de_reclamacoes_electronico_avanca_no_verao.html
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